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A Vida De Francis Bacon

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Por:   •  4/11/2014  •  1.674 Palavras (7 Páginas)  •  488 Visualizações

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A VIDA DE FRANCIS BACON

Filósofo, Político, Lorde

FORMAÇÃO

Sir Francis Bacon nasceu em Londres, em 22 de janeiro de 1561, na esquina da rua Villiers com a rua Strand, na propriedade York House. Era o filho mais novo de Sir Nicholas Bacon e Anna Cook, ambos integrantes da elite londrina. O pai ocupava o cargo de Lorde Guardião do Selo Real, função geralmente de um sacerdote ou jurista muito culto. O guardião era incumbido da redação dos escritos da corte, e tinha sob sua custódia o selo ou instrumento de imprimir o sinal do Rei sobre o lacre de autenticação dos documentos reais. Sua mãe era intelectual puritana, lingüista e teóloga, que o vigiava quanto às amizades e leituras, sem, no entanto conseguir que fosse um puritano como ela desejava.

Desde cedo, sua educação orientou-o para a vida política, sua crítica ao pensamento Aristotélico iniciou-se quando ingressou no Trinity College, em Cambridge, a tão conhecida instituição que mais produziu vencedores do Prêmio Nobel do que qualquer outra universidade do mundo (82 no total), e ali, por três anos cursou a Escolástica, disciplina que pretendia conciliar a fé cristã com um sistema de pensamento racional, especialmente o da filosofia grega. Após exposto às obras dos antigos pensadores, Bacon sentiu que havia um impedimento ao pensamento independente e à aquisição de novas ideias sobre a natureza. Ele acreditava que para melhorar a qualidade da vida humana, o avanço da ciência não deveria depender de textos antigos.

Após sua formação, através das ligações de seu pai, Francis foi enviado à França, como membro da comitiva do embaixador inglês Sir Amyas Paulet, e viveu em Paris de 1576 a 1579. Só retornou a Inglaterra aos 18 anos, devido à morte do pai.

Bacon cursou Direito com seu irmão mais velho, Anthony, na Gray's Inn, uma tradicional escola de Direito, ainda em funcionamento, e passou a exercer a profissão como meio de sobrevivência, pois o pai pouco lhe deixou como herança, já que esta teve de ser dividida entre os irmãos.

PERÍODO ELISABETANO

A Londres de Bacon

Francis Bacon viveu sua vida entre a contemplação filosófica e a agitação da vida política. Ele acreditava que a dedicação exagerada aos estudos, sem uma finalidade prática, era pura vaidade acadêmica e que os estudos não poderiam ser um fim em si mesmo. Esse tipo de pensamento, muito se deve ao período em que Francis Bacon viveu. Conhecido como A Era de Ouro da Inglaterra, o período Elizabetano foi uma das épocas mais fascinantes da História. Chamado assim devido à monarca que dirigia o país, Elizabete I, aquele era um momento áureo para a Inglaterra, a potência mundial da época. Eram dias de rápida transformação em todos os setores da sociedade, o comércio marítimo influenciava a moda, o transporte, com o uso das carruagens, a arquitetura, costumes como o uso dos garfos, trazidos da Itália e o uso do tabaco, trazido da Índia e da América.

A novidade renascentista não foi tanto a ressurreição da sabedoria antiga, mas sua ampliação e aprofundamento com a criação de novas ciências e disciplinas, de uma nova visão de mundo e do homem e de um novo conceito de ensino e educação.

Foi um breve período de paz nas batalhas entre protestantes e católicos e as batalhas entre o parlamento e a monarquia que engolfaram o século XVII, que propiciou o desenvolvimento das Artes e da Literatura.

O Renascimento estava em pleno andamento, Shakespeare estava ocupado, criando suas peças, a imprensa surgia, a arte florescia e o país estava em paz. Bacon captou a transformação que a mente humana passava e por isso, tornou-se a primeira grande figura desse período. As fantasias que cercam a reputação de Bacon são tão curiosas quanto o próprio personagem. É considerado o fundador da ciência experimental moderna, o pai da filosofia moderna e o iniciador do método indutivo.

CARREIRA POLÍTICA

Em 1584, com 23 anos, tornou-se membro do Parlamento, representado Dorset. Nessa época, Francis Bacon já possuía fama e prestígio, era um orador habilidoso. Graças às suas ligações e influências, em 1591 foi nomeado conselheiro da Rainha, tornando-se amigo de Robert Devereux, conde de Essex, favorito da rainha, no qual Bacon via um jovem promissor. Ofereceu-lhe amigavelmente conselhos de sua experiência e Essex em troca, tentou, sem sucesso, que ele fosse indicado para a vaga de advogado geral do reino.

Em 1593 conseguiu um assento no Parlamento por Middlesex e, por sua atuação destacada no Parlamento, foi convidado para Conselheiro da Coroa.

Nessa mesma época, em 1597, publica sua primeira obra, Essayes (“Ensaios”).

Em 1598 seu protetor, o Conde de Essex, falhou em uma expedição para captura de galeões espanhóis carregados de tesouros. Bacon trabalhou para que fosse enviado para a Irlanda com a missão de pacificar uma revolta. As coisas não correram melhores para Essex na Irlanda e ele retornou a Londres sem permissão.

Em meados de 1600, Bacon entrou para o conselho de sábios da Rainha, tomando parte no julgamento informal de seu patrono. Conde Essex compreendeu sua posição sem ressentimentos e depois de absolvido continuou seu amigo.

Em 1601 o conde foi proibido de entrar no Palácio. Passou então a dialogar contrariamente à rainha e, sabendo que seria preso, reuniu 200 homens que comandava e organizou um atentado para seqüestrar a soberana, de modo a forçá-la a demitir os inimigos que ele tinha na corte. Com o fracasso da rebelião, Essex e os outros líderes do atentado foram presos, e Bacon recebeu da Rainha a incumbência de preparar as provas legais para assegurar a condenação por traição no julgamento do Conde. Bacon, que nada sabia do golpe, encarou Essex como um traidor e preparou o relatório oficial dos acontecimentos.

Uma vez que eram notoriamente amigos, a incumbência recebida talvez tivesse o objetivo de também incriminar Bacon, se a recusasse. O Conde Essex foi condenado à morte e executado no mesmo ano. Francis afirmava que “um homem honesto prefere Deus a seu Rei; seu rei a seu amigo”. Teria assim apenas cumprido seu dever.

A carreira de Bacon progrediu somente após 1603, quando então Jaime I assume o trono, após a morte de Elizabete.

Com a ajuda do primo Robert Cecil, conde de Salisbury e Ministro Chefe da Coroa, Bacon foi feito cavaleiro pelo rei Jaime I no mesmo ano que este subiu ao trono.

No ano seguinte

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