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A identidade cultural da pós Modernidade (Globalização)

Por:   •  22/11/2016  •  Resenha  •  1.058 Palavras (5 Páginas)  •  972 Visualizações

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Globalização

No final do século XX, ocorre uma mudança em relação às identidades nacionais culturais referente ao surgimento da globalização, sendo este um termo que se refere à conexão entre comunidades e organizações em suas novas maneiras de convivência em relação à espaço-tempo, tornando o mundo, de maneira geral, interligado. A globalização se trata de um afastamento dos ideais sociológicos, que se estrutura como um sistema com muitas marcações, substituindo-o por muita visão inovadora de como a vida social está baseada ao longo do tempo e do espaço. Essas novas características de tempo-espaço podem ser consideradas como uma das perspectivas mais importantes da globalização, tendo um grande efeito sobre as identidades culturais.

A globalização não é considerado como um fenômeno recente pois sempre foi composta por diversas dimensões, sempre sendo algo compartilhado por diversos outros países no qual já possui uma longe existência. Para David Held, essa ideia pode ser afirmada quando se chega a conclusão de que as nações nunca foram autônomas e tão independentes que não precisassem uma das outras ou pudessem se dar ao "luxo" de seguirem por si próprias. Ao analisar isso, podemos afirmar também que por o capitalismo ser uma característica da economia mundial e não dos estados-nação, sendo inegável que este processo de globalização fragiliza os estados-nação, não só na capacidade de implementar políticas relacionadas ao mercado, mas também em determinadas formas estruturais relativas à questão social, concluindo que a tendência à independência nacional quanto a globalização são características que se encontram enraizadas na modernidade, que foi onde "explodiu" a globalização.

Ao nos deparamos com essas questões, podemos reparar essas tendências contraditórias no interior do entendimento da globalização. Apesar disso, o aumento da integração global entre o mundo tem sido cada vez maior conforme o passar dos anos, fazendo com que a frequência e os laços entre várias nações acelere.

A identidade cultural, por conta desses aspectos da globalização, sofre uma série de consequências. Podemos apresentar três delas:

I. Por conta da globalização, da sua resultante situação do "pós-moderno global" e do crescimento da homogeneização cultural, ou seja, desenvolvimento da cultura, as identidades nacionais estão fatalmente se desfazendo.

II. As identidades nacionais e outras identidades particulares acabam sendo reforçadas por conta da resistência à globalização.

III. As identidades nacionais se encontram em decadência, com isso, as novas identidades, híbridas, estão tomando o seu lugar.

- Compressão espaço-tempo e identidade

A compressão (controle) de espaço-tempo se dá pela aceleração dos processos globais, de maneira que temos a impressão do mundo estar reduzido e as distâncias mais curtas, fazendo com que diversos eventos tenham um impacto imediato em pessoas e lugares situados em lugares completamente distintos e distantes. Para podermos reforçar sobre o impacto causado pela globalização, é importante lembrar que o tempo e o espaço são dois fatores que são considerados como coordenadas básicas de todos os sistemas de representação, ou seja, a escrita, o desenho, a fotografia ou qualquer outro que esteja simbolizando na telecomunicação ou na arte -.

Estes meios de representação, em sua totalidade, devem transpassar seu objeto em dimensões espaciais e temporais. Seguindo esta lógica, vemos que a narrativa transpassa os eventos em uma sequência temporal, ou seja, tendo começo-meio-fim. Já os sistemas visuais transpassam objetos que são tridimensionais em duas dimensões, e assim segue em outros setores representativos. Além dessas inúmeras formas de exibição, temos também as diferentes épocas culturais nas quais possuem distintos formatos de combinação nessas coordenadas espaço-tempo.

Para Stuart Hall, a identidade está envolvida de maneira profunda no processo da representação, de modo que os moldes entre espaço-tempo dentro de diferentes sistemas têm efeitos profundos diante da forma

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