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Agostinho

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Por:   •  16/3/2014  •  569 Palavras (3 Páginas)  •  1.681 Visualizações

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Santo Agostinho

Santo Agostinho (século III) transformou a ideia de purificação da alma da filosofia de Platão na ideia da necessidade de elevação ascética para se compreender os desígnios de Deus. Também a ideia da imortalidade da alma, presente em Platão, foi retrabalhada por Agostinho na perspectiva cristã.

Mas a ética agostiniana destaca-se por outro conceito. Ao tentar explicar como pode existir o mal se tudo vem de Deus – e Deus é bondade infinita - Santo Agostinho introduziu a ideia de liberdade com livre-arbítrio, isto é, a noção de que cada indivíduo pode escolher livremente entre aproximar-se de Deus ou afastar-se Dele. O afastamento de Deus é que seria o mal, de acordo com Agostinho.

Com a noção de livre-arbítrio, de uma escolha individual, ele acentuou o papel da subjetividade humana nas coisas do mundo. O livre-arbítrio é o meio pelo qual o homem realiza a sua liberdade, mas, de acordo com a concepção cristã, cada indivíduo pode usar bem ou mal esse livre-arbítrio. É no mau uso do livre-arbítrio que estaria a origem de todo o mal.

Por outro lado, o conceito de livre-arbítrio esvaziou a noção grega de liberdade como possibilidade de realização plena dos indivíduos em seu meio social.

Em outras palavras, diminuiu a importância da dimensão social da liberdade, e esta passou a ter um caráter mais pessoal, subjetivo, individualista.

Santo Agostinho trás para a sua época um pensamento politico novo, contudo com traços já conhecidos na filosofia Platônica. Contudo, a função politica para Santo Agostinho não deve se limitar a resolver problemas de cunho material. Como o ser humano é um todo, ela deve ser esforçar para proporcionar aos cidadãos da pátria terrena condições para a prática do culto ao Deus verdadeiro. Do contrário nunca atingirá com autenticidade a concórdia social. Vemos também que a ética agostiniana se fundamenta no amor de Deus. Ela encontra sua verdadeira razão de ser na prática do preceito evangélico“Amar a Deus sobre todas as coisas e ao próximo como a si mesmo”.

O pensamento Agostiniano acerca da politica está permeado e fundamentado na transcendência do ser humano. Ele se articula com a Teologia sobra a qual deposita suas esperanças, pois a politica, como função especifica da Cidade Terrestre é importante enquanto atividade que promove a pax romana temporalis e ao mesmo tempo prepara para a Cidade Celeste. O exercício do poder politico em Santo Agostinho embora tenha valor relativo, como, aliás, todo o mundo criado, desempenha um papel importante na sociedade terrestre como meio que garante o bem comum e a segurança dos cidadãos. Estes cidadãos devem trabalhar para viverem tranquilos sobre uma ordem. Evidentemente que esta tranquilidade da ordem à qual se refere Agostinho também aparece na Cidade Celeste, que só será uma realidade quando o exercício da função politica for fundado no verdadeiro Amor na Caritas, como denomina o próprio Santo Agostinho. Sendo, porém, uma instituição exercida por homens marcados pelo pecado, a politica para ser com autenticidade e justiça, necessita da graça de Cristo. Santo Agostinho enfatiza que só haverá convivência justa nas organizações sociais quando Cristo for o alicerce e o centro inspirando e ao mesmo tempo dirigindo as ações humanas.

Para Santo Agostinho

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