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Análise da primeira e segunda meditação metafísica

Por:   •  26/6/2017  •  Trabalho acadêmico  •  593 Palavras (3 Páginas)  •  274 Visualizações

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UNIVERSIDADE DE RIBEIRÃO PRETO

SERVIÇO SOCIAL

VICTOR GUILHERME SILVA DE FRANCESCHI BARBOSA

827.718/ 1ª ETAPA

Tarefa 1

RIBEIRÃO PRETO

2017

VICTOR GUILHERME SILVA DE FRANCESCHI BARBOSA

Tarefa 1

Trabalho apresentado à UNAERP, como       requisito parcial de avaliação na Disciplina de Estudos Filosóficos.

                                                                Prof. Me.: Carlos G. M. Cherri

2017

RIBEIRÃO PRETO

Análise da primeira e segunda meditação metafísica

Quando Descartes relaciona, em sua Segunda Meditação, o que a cera é, inicialmente, descrevendo características como o cheiro e o sabor, com o que ela passa a ser após ter sido exposta ao fogo e ao seu calor, ele “constrói” um vínculo, uma conexão, uma espécie de ponte para que se torne mais claro e evidente o nosso entender sobre as coisas.

A princípio, Descartes usa a cera como exemplo, mas seu discurso vai muito além dessa simples substância. Ele afirma e comprova que absolutamente tudo se encontra em constante estado de modificação, porém, sua essência, permanece a mesma. Outro exemplo desse pensamento é a água: sabemos que uma nuvem é constituída de água que, antes de se formar no céu, sofre mudanças físicas associadas ao calor recebido e torna-se vapor, vindo a se resfriar posteriormente, tornando-se as gotículas presentes na formação da nuvem. Em breve resumo, a água passa por diversas mudanças (água – vapor – gotículas de água), mas ela não deixa de ser água em nenhum momento, apenas muda sua forma. Isso se aplica a inúmeros exemplos possíveis para comparação com o exemplo dado por Descartes, utilizando a cera.

Podemos afirmar que para conhecer determinada coisa de forma verdadeira necessitasse que ocorra o desapego do que os sentidos podem nos apresentar e/ou fazer sentir. Único meio válido para levar o ser humano ao conhecimento é o pensamento.

Em sua Primeira Meditação, Descartes nos leva a duvidar inteiramente dos sentidos, visto que eles podem nos enganar e este engano, provém, segundo o próprio em sua Segunda Meditação, de um Deus enganador. O que lhe faz ter certeza das coisas é sua capacidade de pensar, de duvidar, de refletir, de negar. Como havia duvidado de todos os sentidos, não poderia usá-los para provar sua existência. Logo, utilizou sua capacidade de pensar e/ou ter pensamentos para justificar sua existência, visto que só poderia confiar naquilo que ele mesmo produzia em sua cabeça conscientemente, ou seja, existia porque pensava.

“Todavia, há muito que tenho no meu espírito certa opinião de que há um Deus que tudo pode e por quem fui criado e produzido tal como sou. Ora, quem me poderá assegurar que esse Deus não tenha feito com que não haja nenhuma terra, nenhum céu, nenhum corpo extenso, nenhuma figura, nenhuma grandeza, nenhum lugar e que, não obstante, eu tenha os sentimentos de todas essas coisas e que tudo isso não me pareça existir de maneira diferente daquela que vejo?”

(DESCARTES, Meditações, p86)

Descartes acaba por chegar, assim, à primeira (Se eu penso, eu sou. Se eu sou, eu existo. E existo enquanto estiver pensando) e segunda verdade (Eu sou uma coisa que pensa). Ao finalizar sua Segunda Meditação, chega à terceira verdade: o espírito é mais fácil de conhecer do que o corpo. “reconheço, com evidência que nada há que me seja mais fácil de conhecer do que meu espírito” (DESCARTES, Meditações, p.98)

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