Análise do quadro "Quarto em Arles"

IFRN – Instituto de educação, ciência e tecnológica

Aluno: Bruno Rocha Moura, 2M1

Disciplina: Filosofia

Análise do quadro “Quarto em Arles”

O quadro “Quarto em Arles”, pintado por Vincent Van Gogh, um pintor pós-impressionista holandês, é uma pintura de um quarto de uma pensão que ele alugou enquanto estava na cidade de Arles, França, em 1889. Além dessa obra, houveram mais três desse mesmo quadro, todas pintadas em seus últimos anos de vida. O quarto, embora real, é uma reflexo da percepção de Van Gogh e transformado de acordo. Além de daltônico, Vincent era esquizofrênico, portanto a sua visão da realidade, assim como de outras pessoas, é diferente da nossa.

        Ao analisar o quadro, podemos reparar que muitos dos elementos estão em pares. Dois travesseiros, duas cadeiras, duas portas, dois jarros, dois quadros. A interpretação mais aceita é que ele estava à espera de um amigo, Paul Gauguin, outro grande pintor, mas também há a possibilidade de que ele está “à procura do amor”, uma vez que Van Gogh foi recusado por várias mulheres ao decorrer de sua vida amorosa. Além disso há outras possibilidades, inclusive que os objetos em dobro estão representado o espaço que ficaria o seu irmão (De quem herdou o nome) que nasceu morto e que é um peso que Van Gogh teve que carregar.

        A emoção que o quadro transmite é de tranquilidade, mas também pode ser solidão. Van Gogh sempre foi um homem muito solitário durante toda sua vida, e suas obras refletem isso. A pintura não obedece a perspectiva tradicional, as paredes são tortas, o chão parece ser inclinado, quadros pendem, objetos parecem estar flutuando. Tudo isso pode ser um reflexo do caos que Van Gogh está lidando nos últimos anos de sua vida.

O quadro também passa a sensação de que o mesmo está a flutuar. As paredes estão em tons de azul claro e as portas em azul-escuro, as cadeiras, a mesa e a cama e as molduras dos quadros estão em tons de amarelo, a janela é verde e os vidros apresentam um tom de verde mais claro assim como os assentos das cadeiras. Todo o quadro está em sintonia, exceto o cobertor vermelho que chama mais atenção pela sua cor, contrastando com a cor predominante das paredes e das portas. A tela é dividida em tons quentes (amarelo e vermelho) e frios (azul e verde).