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Apologia De Sócrates

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Por:   •  26/11/2014  •  1.135 Palavras (5 Páginas)  •  578 Visualizações

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O texto tem início com uma introdução sobre o estilo de discurso de Sócrates, que é coloquial, mesma utilizada em sua defesa, seguido de um rol de suas atividades do dia a dia e outros aspectos de sua vida. Ainda em sua abertura, Sócrates afirma estar com a verdade, e de muito lhe impressiona o poder de persuasão de seus acusadores, que utilizam de discursos aprimorados em nomes e verbos para convencer o povo, usando o mesmo no tribunal, e dizendo não ser um orador, utiliza linguagem comum para que todos possam entender o que quer dizer.

Os acusadores mais antigos usando de sua arte retórica persuadiram os jovens contra Sócrates, afirmando que ele estuda os fenômenos celestes e de ter uma razão mais fraca. A outra classe eram os acusadores recentes que o acusavam de acreditar em deuses estranhos a sociedade, e persuadir a juventude para o mesmo comportamento.

Meleto que era um poeta de segunda ordem, acusa Sócrates de fazer pesquisas sem descrição do que existe na terra e no céu, de fazer prevalecer a razão mais fraca e de ensinar as pessoas o mesmo comportamento. Declarando falsas as acusações, defende-se citando a comédia de Aristófanes, em que o personagem Sócrates dizia poder andar sobre o ar, o que não contribuiu muito para a sua má reputação.

Sócrates denomina-se estudioso de uma ciência, a qual diz talvez ser a ciência humana, e deve a verdade a esta, por isso faz a sua defesa. Para testemunhar sua ciência relata um ocorrido interessante que o acontecera; seu amigo Querefante um dia foi consultar os astros para saber se havia alguém mais sábio do que Sócrates, os oráculos responderam que não, então Sócrates procurou entender o que queriam dizer os deuses a respeito de sua sabedoria, para isso fez pesquisas para saber se havia alguém mais sábio do que ele, falando com poetas, artesãos e políticos descobriu que muitos fingem ser sábios mas não são, por isso ganhou vários inimigos, que são um grupo de acusadores. Sócrates conclui que ele é sábio por saber que a sabedoria não provém dele mesmo, mas dos deuses. E é nessa humildade em reconhecer que a sabedoria não é dele que o fez ser sábio.

"O mais sábio dentre vós, homens, é quem, como Sócrates, compreendeu que sua sabedoria é verdadeiramente desprovida do mínimo valor."

Meleto acusa Sócrates de corromper a juventude fazendo-a acreditar em deuses estranhos ao povo, ele porém nega a acusação e afirma que o acusador nunca se preocupou com a juventude, o réu pergunta quem pode tornar os jovens melhores, Meleto afirma que todos podem, exceto o réu. Sócrates faz uma equiparação a cavalos, se todos os que o montam os tornam melhores, ou apenas os viciam, apenas um pode domá-los os outros apenas o tornam piores.

Sócrates afirma não corromper a juventude e se corrompe não é por vontade própria. Meleto o acusa de falar que o sol é pedra e a lua é terra, mas esta é uma teoria de Anaxágoras, Meleto se contradiz, e afirma que o réu não acredita em deus algum, mas antes afirmou que o mesmo acreditava em demônios, como pode alguém acreditar em demônios e não em deuses, já que os demônios são filhos bastardos dos deuses. Os argumentos de Meleto são destruídos por suas próprias palavras; Sócrates afirma que se for condenado não é por causa destas acusações, mas pela inimizade adquirida com os falsos sábios, e por causa dos boatos a seu respeito.

Sócrates responde a uma possível pergunta do povo, se não se envergonha de se dedicar a uma ocupação que pode levá-lo a morte; ele diz que não, e não tem medo da morte, pois, ela não é conhecida e talvez seja o maior bem que possa acontecer ao humano. O réu praticamente já sabia de sua condenação, pois não era lucro para a sociedade deixá-lo a solta para alienar mais jovens, e se o fizessem a proposta de deixá-lo ir, mas que ele não filosofasse mais, ele não aceitaria, pois o que ele esta fazendo é uma vontade dos deuses.

O réu afirma que os atenienses perderiam mais com a

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