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Resenha Crítica Do Livro Apologia De Sócrates

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Por:   •  3/12/2013  •  2.716 Palavras (11 Páginas)  •  11.824 Visualizações

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Apologia de Sócrates

Apologia de Sócrates retrata um discurso de auto defesa de Sócrates, em seu julgamento 399 a.C., perante um tribunal popular, onde este foi acusado de cometer crimes de negação da existência dos deuses do Estado, querer introduzir novas divindades e corrupção da juventude. O livro fora documentado por Platão, seu discípulo, em observância que Sócrates mesmo, não deixou nada escrito.

Platão (428/7-348/7 a.C.)

Nasceu em Atenas, por volta de 428/7, membro de uma aristocrática e ilustre família, descendia dos antigos reis de Atenas. Foi filósofo e matemático do período clássico, da Grécia Antiga, tendo sido autor de diversos diálogos filosóficos e instituidor da Academia em Atenas. Lutou na Guerra do Peloponeso entre 409 e 404, e a admiração por Sócrates, que conheceu em algum momento desse período, foi decisiva em sua vida.

O seu verdadeiro nome era Arístocles, mas devido à sua constituição física recebeu o hipocorístico de Platão. Freqüentou com assiduidade os ginásios, obtendo prêmios por duas vezes nos Jogos Istímicos. Começou por seguir as lições de Crátilo, discípulo de Heraclito, e as de Hermógenes, discípulo de Parménides. Em princípio, por tradição familiar deveria seguir a vida política, contudo, a experiência do governo dos trinta tiranos que governaram Atenas por imposição de Esparta (404-403 a.C.), e da qual fazia parte dois dos seus tios Crístias e Cármides, distanciaram no desta opção de vida, pelo menos do modo como a política era exercida. O fato que mais o marcou foi a influência que sobre ele exerceu Sócrates, tendo-se feito seu discípulo por volta de 408, quando contava vinte anos. Nele encontrou o mestre, que veio a homenagear na sua obra, fazendo-o interlocutor principal da quase totalidade dos seus diálogos.

Após a morte de Sócrates, em 399 a.C., Platão realizou inúmeras viagens, travando contato com importantes filósofos e escolas de pensamento suas contemporâneas. Desiludido com a dificuldade de colocar em prática suas idéias filosóficas, Platão não mais saiu de Atenas. Durante o ultimo período da sua vida continuou a dirigir a Academia, e escreveu o Timeu, O Crítias e As Leis, que não chegou a acabar falecendo por volta de 347.

Resenha:

Sócrates se apresenta ao tribunal que o está julgando, falando a respeito do que está sendo acusado, garantindo que tudo o que discorreram sobre ele não é verdadeiro; em seguida discursa sobre o modo como irá defender se das acusações. Não esperem dele um bom orador, pois dirá a verdade de maneira espontânea. Fala inicialmente, daqueles que o acusaram há muito tempo, culpando-o de ser especulador das coisas celestes, investigador das subterrâneas e aquele que torna mais forte a razão mais fraca; e que muitos daqueles que o acusam não estão lá afim de que ele possa refutá-los, porém ele mesmo irá defender-se, tentando eliminar da mente deles em pouco tempo a má opinião que possuem dele todo este tempo; a partir de então, começa a se defender obedecendo à lei.

A ata da acusação consistia: “Sócrates comete crime, investigando indiscretamente as coisas terrenas e as celestes, e tornando mais forte a razão mais débil, e ensinando os outros”. Tenta convencê-los de que não fez isto, como falaram e que os ensinamentos que proferiu não foram por dinheiro, comparando aos outros mestres de sua época, os quais davam ensinamentos trocando por mina, moeda da época.

Fala da origem das calúnias atribuídas a ele pela sabedoria humana que possuía, conferida pela pitonisa de delfos como a maior de todas as sabedorias e, a partir daí começou a questionar-se sobre sua sabedoria, pesquisando entre os de sua época a respeito da sabedoria deles, fazendo alguns questionamentos e analisando o que respondiam, concluindo que não eram tão sábios quanto pareciam e que os que tinham mais reputação eram mais desprovidos e, ao contrário, os outros considerados ineptos, eram homens mais capazes, quanto à sabedoria. Com isso foi angariando o ódio destes que pesquisava quanto as suas sabedorias e, responde a ele mesmo que preferia ficar como achava que devia ser: nem sábio, nem ignorante. Vê-se logo que passou uma grande parte de seu tempo investigando sobre a sabedoria.

Arenga a respeito dos jovens que gostavam de ouvi lo, examina os homens, até mesmo os imitando, observando também os outros e encontrando grande quantidade daqueles que acreditam saber de alguma coisa, mas pouco ou nada sabem. As pessoas examinadas encolerizaram-se contra os jovens e contra Sócrates, chamando-o de perfidíssimo, que corrompe os jovens.

A partir de então, vem à origem e toda calúnia contra Sócrates. O objetivo dele era eliminar do tribunal que o estava julgando, tudo aquilo que há muito tempo falava sobre ele e mostrar que estava dizendo a verdade. Havendo se defendido desses seus primeiros acusadores, parte para defesa contra Meleto e os demais acusadores, cujo ato de acusação era: “Sócrates comete crime corrompendo a juventude e não considerando como deuses aqueles em que todo o povo acredita, porém outras divindades novas”.

Interroga Meleto sobre quem exatamente está corrompendo os jovens, e se ele está realmente preocupado com isto. Era pertinente e permitido pela lei que o acusado e acusador se interrogassem mutuamente. Interroga também Meleto quanto ao fato de ele, Sócrates, ter causado algum dano aos jovens, voluntariamente ou involuntariamente, onde Meleto responde que voluntariamente e, Sócrates o desmente, falando que não era preciso que Meleto o levasse ao tribunal por isso, e sim deveria apenas instruí-lo a não fazer como estava fazendo, porém este preferiu o outro lado, que foi o do castigo.

Interroga-o também com relação à segunda parte da acusação, quanto a Sócrates não acreditar nos deuses deles e sim em outros deuses. Sócrates novamente faz um exame em Meleto contra esta acusação, afim de que ele explique realmente, como e de que forma Sócrates não acredita nos deuses.

Após esses interrogatórios a Meleto, Sócrates, tentando provar sua inocência ao tribunal, fala da questão do ódio em demasia que há contra ele e que se for condenado, não será por causa de Meleto e dos demais acusadores, mas por causa da calúnia e insídia do povo e, que ainda muitos homens serão derrotados por isto, ele não será o ultimo. Fala também, da questão do medo da morte e que ele não a teme, que a morte pode ser o maior de todos os bens, apesar de todos a temerem, como se soubessem, com toda certeza que

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