Artigo sobre Luminol
Por: JKSahoSilva • 12/6/2015 • Artigo • 1.485 Palavras (6 Páginas) • 728 Visualizações
O uso do luminol nas investigações de crime contra a vida com vestígios sanguíneos e os erros que ele pode causar ao entrar em contato com materiais contendo ferro.
Jéssica Kimie Saho Silva
Introdução
Segundo YAMADA; SCHLICHTING (2013, p. 2) “O Luminol (5-amino-2,3-diidroftalazina-1,4-diona), na sua fórmula molecular C8H7O3N3, é uma substancia sólida (em pó) que possui em sua composição nitrogênio, oxigênio, hidrogênio e carbono”. As autoras explicam que: Ao misturar o pó de luminol com um líquido contendo peróxido de hidrogênio (H2O2), forma-se um reagente muito utilizado pelos laboratórios forenses por suas propriedades quimioluminescentes e sua eficiência em detectar tecidos biológicos, como o sêmen e o sangue, por exemplo, pois ao entrar em contato com esses tecidos ele produz uma luz azul indicando de vestígios deixados por criminosos nos locais dos crimes. (2013, p. 2).
“Este produto apresenta algumas limitações, pois ele reage com o ferro e essa substância pode estar contida em outros materiais domésticos ou industriais, podendo assim dar um resultado falso sobre as investigações. Outro ponto negativo sobre o luminol é quanto a sua toxidade, mas ainda não há grandes quantidades de estudo e também não há muito conhecimento sobre esse malefício. Ainda se tem poucos relatos sobre pesquisas realizadas em animais teste de laboratórios e quase nenhuma sobre seus efeitos em seres humanos, mas sim, apenas algumas subjeções obtidas a partir de experimentos com animas (cobaias de laboratório)”.
Materiais e Métodos
Este artigo constitui –se de uma revisão de outros artigos escritos por autores especializados , foram utilizados dois artigos, utilizando como palavra chave: luminol e erros . O primeiro artigo foi escrito pela acadêmica do curso de graduação em Farmácia da Faculdade de Ingá e também pela Professora Mestre do curso de Farmácia da Faculdade de Ingá, Denise Satie Yamada e Carmen Lúcia Ruiz Schlicthing, respectivamente. O segundo artigo foi escrito pela Química Aluna de Pós – Graduação e Química Forense, Pela Universidade Católica de Goiás/IFAR , Ananza Vidotto e pelo Biólogo, Doutor em Biologia Animal pela Universidade de Brasília – UnB Professor do IFAR/PUC – GO, Paulo Roberto Queiroz.
Desenvolvimento
Obtenção e ação do luminol
“O luminol é um produto químico em pó feito de nitrogênio, hidrogênio, oxigênio e carbono. O pó de luminol é misturado com um líquido contendo peróxido de hidrogênio, ou perborato de sódio em água deionizada e um hidróxido ou carbono de sódio, formando um reagente muito conhecido e utilizado pelos laboratórios forenses por suas propriedades quimioluminescentes e é popular pela imediata emissão de luz azul ao entrar em contato com o sangue. Ele foi sintetizado pela primeira vez pelo químico alemão Albrecht, em 1923 e foi o primeiro composto a ser utilizado para a identificação de manchas e de sangue, no início do século XX. Atualmente, um dos principais métodos para a sua obtenção é por meio da reação da hidrazina com o ácido 3-nitroftálico, mediante aquecimento, com a posterior redução do grupamento nitro do 5-nitroftalhidrazina para a formação do produto final”. (Yamada , Schlichting, 2013, página 2).
“O luminol é utilizado na rotina forense como um teste provável ou de orientação para a pesquisa de sangue.
Segundo as pesquisas reliazadas por Yamada e Schlichting: “ O luminescentes é eficaz para detectar sangue, mesmo depois de lavado diversas vezes ao fato de que, presente nas hemácias, está a hemoglobina que contém íons de ferro em seu grupo heme e agem com o catalisador necessário para desencadear a reação quimioliminescente do luminou. Quando ainda se encontra dentro do organismo, a hemoglobina premance protegida pelos eritrócitos que possuem mecanismos (enzimáticos e não enzimáticos) para evitar sua desnaturação , mantendo os íons ferro na forma Fe²+. Ao deixar o corpo, o sangue passa a estar exposto a uma série de processos de degradação, passando por hemólises e reações de oxirredição catalisadas em um primeiro momento por enzimas de sua própria estrutura celular e, também, por aquelas presentes em microrganismos que se encontram no ambiente. Sob tais condições ocorre então a degradação da porção polipeptídica da hemoglobina, e a oxidação do íon ferroso ( Fe²+) passa a acontecer defomar espontânea, com a conversão da hemoglobina e meta hemoglobina, e em meio alcalino, este íon passa a coordenar – se com grupos hidroxila em substituição ao O2, que anteriormente ligava – se ao Fe²+. Esse novo grupo prostético heme composto por íons férricos em que as moléculas de oxigênio estão sendo substituídas por hidroxilas é chamado de hematina (ferro protoporfirina) e o ciclo catalítico da reação liminol/sangue é iniciado e finalizado por ele: ao borrifar o reagente sobre uma mancha de sangue, os grupamentos heme férricos (Fe³+) perdem mais um elétron e vão para um novo estado de oxidação, formando dessa forma intermediários instáveis contendo Fe4+, que então catalisma sua oxidação, produzindo assim a luminescência, enquanto são reduzidos novamente a Fe³+. Existem algumas outras proposições para descrever o mecanismo, no entanto está ainda permanece como mais aceita atualmente”. ( Yamada, Schlichting, 2013, páginas 2 e 3 ).
Muito utilizado nas investigações forenses o luminol é a substancia mais sensível na visualização de manchas sanguíneas nos locais de crimes contra a vida.
A sensibilidade do luminol é imensa, ele detecta sangue em um proporção de uma parte em um milhão. Sua eficiência em diferentes estudos, demonstra detecção de materiais em superfícies mesmo quando submetido a até dez lavagens.
“No entanto, ele apresenta limitações, como baixa especificidade, podendo apresentar resultados falsos positivos, interagindo com íons metálicos, como ferro, cromo ou cobalto, que catalisam a reação e desencadeiam a emissão de luz pelo reagente, além de outros tipos de agentes oxidantes fortes que também reagem com o composto e geram a emissão de luz.” (Yamada e Schlichting, 2013, página 3). O luminol necessita de refrigeração por ser um composto lábil, o que o torna difícil de uso em locais dos crimes, pois sua solução deve ser preparada no momento em que for utilizada, pois pode comprometer os resultados.
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