Bases Filosóficas Para Uma Reflexão Sobre ética E Serviço Social
Pesquisas Acadêmicas: Bases Filosóficas Para Uma Reflexão Sobre ética E Serviço Social. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicosPor: VagnerLeite • 15/8/2013 • 983 Palavras (4 Páginas) • 2.088 Visualizações
Dentro do contexto do senso comum é fácil confundirmos os conceitos de ética e moral, moral e moralismo. A moral refere-se a proibições e obrigações, ou seja, caso a pessoa tenha alguma atitude contrária às normas impostas pela sociedade trata-se de um individuo imoral.
A diferença existente entre dever e liberdade pode ser explicada pelos pensamentos filosóficos, no caso do pensamento conservador o dever refere-se a obediência à norma institucionalizada e a liberdade é algo que exclui proibições. No entanto, a moral é o conjunto dos valores legitimados pela tradição e pelos costumes. Sua função é moralizar toda sociedade, adequar seus princípios e normas.
A compreensão desses valores podem ser encarados como uma atitude de conformismo sob uma norma que é repressiva diante de uma lei considerada como moral.
Outra forma de se justificar o conflito entre os termos proibição e liberdade, é a compreensão de que a norma deve garantir os limites para liberdade individual, trata-se de uma ética individualista que se baseia que a convivência social é uma privação da liberdade, que faz com que exista um conflito entre o direito natural à liberdade. Porém, o acesso total a liberdade pode indicar a negação absoluta ao dever a não aceitação da responsabilidade no ato moral.
Dois pólos que determinam o comportamento moral é o subjetivo, ou seja, as motivações pessoais ou as expectativas ou os desejos e o objetivo que é as condições materiais da existência.
Para Heller, a fé é o “afeto do preconceito” ele acredita que através dela existe uma moralização dos problemas sociais.
A ética é um espaço da filosofia, que busca: um saber inteiro, ida até as raízes e o questionamento sobre o significado dos valores. Nesse contexto, a filosofia implica na relação existente entre ela e a política, ou seja, entre a elaboração intelectual e a prática social.
A história recente da sociedade brasileira, polarizada pela luta dos setores democráticos contra a ditadura e, em seguida, pela consolidação das liberdades políticas, propiciou uma rica experiência para todos os sujeitos sociais. Valores e práticas até então secundarizados (a defesa dos direitos civis, o reconhecimento positivo das peculiaridades individuais e sociais, o respeito à diversidade, etc.) adquiriram novos estatutos, adensando o elenco de reivindicações da cidadania. Particularmente para as categorias profissionais, esta experiência ressituou as questões do seu compromisso ético-político e da avaliação da qualidade dos seus serviços.
Nestas décadas, o Serviço Social experimentou no Brasil um profundo processo de renovação. Na intercorrência de mudanças ocorridas na sociedade brasileira com o próprio acúmulo profissional, o Serviço Social se desenvolveu teórica e praticamente, laicizou-se, diferenciou-se e, na entrada dos anos noventa, apresenta-se como profissão reconhecida academicamente e legitimada socialmente.
A dinâmica deste processo - que conduziu à consolidação profissional do Serviço Social - materializou-se em conquistas teóricas e ganhos práticos que se revelaram diversamente no universo profissional. No plano da reflexão e da normatização ética, o Código de Ética Profissional de 1986 foi uma expressão daquelas conquistas e ganhos, através de dois procedimentos: negação da base filosófica tradicional, nitidamente conservadora, que norteava a "ética da neutralidade", e afirmação de um novo perfil do técnico, não mais um agente subalterno e apenas executivo, mas um profissional competente teórica, técnica e politicamente.
A revisão do texto de 1986 processou-se em dois
...