CARROS EUROPEUS
Tese: CARROS EUROPEUS. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicosPor: ppbp12345 • 30/11/2014 • Tese • 1.916 Palavras (8 Páginas) • 310 Visualizações
AS VANGUARDAS EUROPEIAS
A palavra vanguarda vem do francês avant-garde, que significa “o que marcha na frente”.Artística ou politicamente, se chama de vanguarda aos grupos ou correntes que apresentam uma proposta ou práticas inovadoras.
Os movimentos da vanguarda, que surgiram primeiramente na Europa, carregavam consigo fortes traços de liberdade criadora e um desejo radical de romper com o passado.
Os principais movimentos da Vanguarda europeia que influenciaram diretamente a proposta do movimento moderno no Brasil, foram:
O CUBISMO
Foi um movimento que teve início na França, em 1907, com o quadro “Les Mademoiselles d’ Avignon, do espanhol Pablo Picasso e do poeta francês Apollinaire.
Os pintores cubistas opõem-se à objetividade e à linearidade da arte renascentista e da realista. Buscando novas experiências, eles procuram decompor os objetos representados em diferentes planos geométricos.
Na literatura, essas técnicas da pintura correspondem à fragmentação da realidade, à superposição e simultaneidade de planos – por exemplo – reunir assuntos aparentemente sem nexo, misturar assuntos, espaços e tempos diferentes.
Assim, a literatura cubista apresenta características como o ilogismo, humor, instantaneísmo, simultaneidade e linguagem predominantemente nominal.
hípica
Saltos records
Cavalos da Penha
Correm jóqueis de Higienópolis
Os magnatas
As meninas
E a orquestra toca
Chá
Na sala de cocktails
Este poema de Oswald de Andrade pode nos remeter diretamente a certos traços do movimento cubista como a fragmentação da realidade que nos lembram os flashes cinematográficos.
O FUTURISMO
Em 1909, no jornal parisiense Le Figaro, o italiano Tommasio Marinetti publica O Manifesto Futurista, que surpreende os meios culturais europeus pelo caráter violento e radical de suas propostas.
Eis algumas das propostas que demonstram esse caráter extremamente radical do movimento futurismo:
Manifesto do Futurismo
● Nós queremos cantar o amor ao perigo, o hábito da energia e da temeridade.
● A coragem, a audácia, a rebelião serão elementos essenciais de nossa poesia.
● A literatura exaltou até hoje a imobilidade pensativa, o êxtase, o sono. Nós queremos exaltar o movimento agressivo, a insônia febril, o passo de corrida, o salto mortal, o bofetão e o soco.
● Não há mais beleza, a não ser na luta. Nenhuma obra que não tenha um caráter agressivo pode ser uma obra-prima. A poesia deve ser concebida como um violento assalto contra as forças desconhecidas, para obrigá-las a prostrar-se diante do homem.
● Nós estamos no promontório extremo dos séculos!... Por que haveríamos de olhar para trás, se queremos arrombar as misteriosas portas do Impossível? O Tempo e o Espaço morreram ontem. Nós já estamos vivendo no absoluto, pois já criamos a eterna velocidade onipresente.
● Nós queremos glorificar a guerra - única higiene do mundo - o militarismo, o patriotismo, o gesto destruidor dos libertários, as belas ideias pelas quais se morre e o desprezo pela mulher.
● Nós queremos destruir os museus, as bibliotecas, as academia de toda natureza, e combater o moralismo, o feminismo e toda vileza oportunista e utilitária.
Na literatura esse manifesto propôs uma verdadeira revolução literária. Entre elas destacam-se:
* a destruição da sintaxe e a disposição de palavras em liberdade
* a abolição dos adjetivos e dos advérbios
* emprego do substantivo duplo
* a abolição da pontuação, que poderia ser substituída por sinais matemáticos.
As propostas técnicas do futurismo italiano tiveram adeptos na literatura brasileira e podem ser encontrados na maior parte da produção dos escritores da década de 1920.
Observe alguns procedimentos futuristas no poema de Mário de Andrade.
Ode ao burguês
Eu insulto o burguês! O burguês-níquel,
o burguês-burguês!
A digestão bem-feita de São Paulo!
O homem-curva! o homem-nádegas!
O homem que sendo francês, brasileiro, italiano,
é sempre um cauteloso pouco-a-pouco!
Ódio e insulto! Ódio e raiva! Ódio e mais ódio!
Morte ao burguês de giolhos,
cheirando religião e que não crê em Deus!
Ódio vermelho! Ódio fecundo! Ódio cíclico!
Ódio fundamento, sem perdão!
Fora! Fu! Fora o bom burgês!...
O DADAÍSMO
Criado a partir do clima de instabilidade, medo e revolta provocado pela guerra, o movimento dada pretendia ser uma resposta à nítida decadência da civilização representada pelo conflito.
Daí provém a irreverência, o deboche, a agressividade e o ilogismo dos textos e manifestações dadaístas.
Os dadás entendiam que, com a Europa banhada em sangue, o cultivo da arte não passava de hipocrisia e presunção. Por isso, adotaram a postura de ridicularizá-la, agredi-la e destruí-la.
Na literatura, o Dadaísmo caracteriza-se pela agressividade, pela improvisação, pela desordem, pela rejeição de qualquer tipo de racionalização e equilíbrio e pela invenção de palavras com base na exploração apenas de seu significante.
Die Schlacht (A Batalha)
"Berr... bum, bumbum, bum...
Ssi... bum, papapa bum, bumm
Zazzau... Dum,
...