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Capitalismo Uma Historia De Amor

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Por:   •  23/10/2014  •  1.243 Palavras (5 Páginas)  •  611 Visualizações

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Resenha crítica do filme Capitalismo: uma história de amor

O filme de Michael Moore é um vídeo - documentário - que nos mostra bem claro como o capitalismo é capaz de alienar e congelar o pensamento e a ideologia das pessoas. Nos mostra também como ele conseguiu criar uma bolha de ilusão nos Estados Unidos, que a partir da Segunda Guerra Mundial, sobre os escombros de outras grandes potências como o Japão, Alemanha e Inglaterra, cujo parque industrial se encontrava totalmente destruído, funda uma Classe Média Burguesa baseada nos ideais da liberdade, uma classe média próspera e feliz.

E foi exatamente esse modelo, de “Capitalismo dos Sonhos’’ que os Estados Unidos exportaram esse tempo todo para o resto do mundo, como se fosse à sociedade ideal, perfeito e possível de ser atingida por todos”. Moore apresenta uma análise crítica e algumas vezes bem sarcástica da economia americana, desde a sua independência até os dias atuais e aborda ainda uma discussão histórica entre o Capitalismo e a Democracia Popular. Mostra bem claro o uso das propagandas comerciais, que Moore utiliza como respaldo para explorar o tema da última “Crise Econômica Mundial’’, que começou nos Estados Unidos através das Corretoras Imobiliárias”. Consegue fazer também uma abordagem histórica – linear, mostrando que a história muda com o passar do tempo, às vezes bem mais rápido do que se deseja e espera. Ele usa isso para comparar logo no inicio o Império Romano ao Império Norte Americano reacionário, e foca principalmente a “Crise Financeira de 2008” que assolou e desesperou muitos países do mundo.

A principal causa dessa crise foi à falta de liquidez bancária, ou seja, para cada dólar emprestado, os bancos deveriam ter um dólar em “Cash Money”, o que não ocorreu. Todos os bancos emprestaram mais do que podiam e acabou indo a falência total. A crise do sistema, que se iniciou, e como já citado pelo estouro da bolha imobiliária nos Estados Unidos, o que gerou não só a quebra de vários bancos, mas também a quebra de inúmeras financiadoras, o que jogou a classe média numa situação de penúria digna dos chamados países de “Terceiro Mundo”. E foi exatamente o que levou famílias inteiras totalmente iludidas por peças de marketing mentirosas, que pregavam ideias mirabolantes, a investir no Cassino chamado “Bolsa de Valores”; Como já se previa a consequência dessa loucura e idiotice foi tremenda e dolorosa, todas as famílias que tinham investido perderam tudo, e viram suas vidas serem destruídas em questão de dias. Pessoas comuns foram expulsas de suas casas como bandidos e passaram a sentir na pele a crueldade do Sistema Capitalista. O que fica claro no documentário de Moore, é o envolvimento do Governo com as grandes corporações, e principalmente o uso das propagandas eleitorais e dos discursos políticos, o que evidencia as contradições entre o discurso e a prática dos políticos no senado americano. Sem falar nos acordos vantajosos que são fechados entre políticos e grandes empresas. E sem esquecer também dos Juízes, como é o caso “PA Chile CARE”, onde o Juiz Conter fechou o “Centro de Assistência ao Menor” pelo valor de 50 milhões de dólares, o que foi um valor muito alto. No início dessa bagunça toda, surge uma Revolução Popular Operária Americana em que as famílias resistem aos despejos judiciais em suas casas, onde a massa popular decepcionada protesta contra o fechamento de grandes e pequenas fábricas.

Um forte exemplo disso é a General Motors GM Americana, que no Brasil é conhecida como Chevrolet; Uma empresa que depois de muitos anos de dedicação e trabalho (com exploração dos trabalhadores) para chegar ao topo e ser o que era, é atingida de cheio pela crise econômica e se vê obrigada a demitir todos os seus empregados e fechar as portas literalmente.

O sistema econômico mais feroz já criado pelo homem vem cobrar o que lhe foi prometido, o que lhe foi acordado, e assim poder levar a tão sonhada “Fatia da Torta” da classe media americana, que já não existe mais, porque a torta toda se encontra nas mãos de apenas 1% da população, os mais ricos do país.

No começo do desenvolvimento do sistema capitalista, quando este se apresentava de forma amigável e como solução de todos os problemas existentes, foi prometida a classe média americana que essa tortinha iria crescer e crescer, e cada um teria direito e acesso ao seu pedaço de torta. Barack Obama retomou esse discurso insano e louco na sua candidatura e tentativa de ganhar as eleições para Presidente dos Estados Unidos; Ele prometeu e afirmava firmemente que cada americano teria o seu ‘‘pedaço de torta’’, no qual foi taxado pela oposição (os republicanos) de ‘‘Socialista’’, o que foi um insulto para todos os movimentos e partidos de esquerda (realmente de esquerda) de todo o mundo. A oposição para combater Obama, usou um dos mais velhos e mentirosos discursos, prometeu que ninguém iria mexer na torta de ninguém, que a ‘‘propriedade privada’’ e a liberdade estariam garantidos na América do Norte. Não era bem isso que a ‘‘Antiga Classe média’’, e atual ‘‘Classe Trabalhadora Pobre’ ’queria, os mais atingidos pela Crise econômica; Principalmente os proprietários de imóveis que tiveram suas vidas afetadas diretamente, e que tiveram suas casas hipotecadas, e os operários que tiveram suas fabricas fechadas, sem receber nada pelo tempo de trabalho, ou melhor, de exploração, sem os seus direitos trabalhistas. Enquanto os ‘‘Bancos da Wall Street’’ foram ressarcidos de todas as perdas na crise, através de transferências vultosas de dinheiros oriundos do Governo Americano, no qual foi usado para pagar polpudos bônus aos seus executivos. E os capitalistas que mais defenderam e defendem a liberdade sem a intervenção governamental, foram os que mais receberam ajuda do governo. Outra realidade, que ficou bem clara, foi à situação dos pilotos de avião, que usam vale refeição, porque o salário que recebem é miserável devido ao que exercem. As greves gerais se tornam necessárias e os operários, ou melhor, toda a ‘‘Classe Trabalhadora’’ não devem ter medo de lutar por seus direitos pelo que é seu e não da burguesia, e como cita Michael Moore no filme... ‘‘O Sistema Capitalista realmente é um Sistema de dar e retirar... Mais de retirar do que dar! Michael Moore conseguiu mostrar em seu documentário elementos reais e ficcionais ao mesmo tempo, uma historia do passado e da atualidade, e conseguiu deixar bem claro quem são os mocinhos e quem são os vilões da historia. E vemos que realmente o Capitalismo é como uma Historia de Amor, que começou de forma linda, inocente, acabando em uma tragédia cheia de mentiras, abuso excessivo e traição. O que levou ao atual estado econômico que os Estados Unidos se encontram, foi o desinteresse total do povo, manipulado e alienado pelo Sistema Capitalista. As pessoas veem suas vidas cada vez mais dependentes e miseráveis, tudo isso por causa de um sistema corrompido pela grande margem de lucro. Moore consegue deixar bem claro quais são as problemáticas que o Sistema Capitalista trouxe aos estados Unidos, e também as consequências que trouxe para o resto do mundo, tendo em conta o grande Poderio Econômico Norte Americano. Sendo assim ainda vemos pelo mundo sinais e reflexos da crise norte americano que não chegou ao fim e que está levando muitos países a ruína econômica e essa historia ainda não terminou, e está muito longe de terminar.

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