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Comparação Entre O Livro ‘'A Visão Filosófica Do Mundo'' E A Filosofia De René Descarte

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Por:   •  14/3/2015  •  456 Palavras (2 Páginas)  •  517 Visualizações

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Comparação entre o livro ‘’A visão filosófica do mundo’’

E a filosofia de René Descarte

O filosofo contemporâneo Scheler inicia o seu livro, ‘’A visão filosófica do mundo’’, citando uma frase de Platão, a qual afirma que qualquer sujeito que faz parte da massa jamais poderá ser um filósofo. Essa afirmação pode parecer bizarra e irreal, mas se pararmos para analisar percebe-se que faz todo sentido. Platão quis dizer que o homem toma como base suas tradições religiosas e culturais para a formação da sua visão de mundo e convicções.

Isso acontece com todos nós. De certa forma todos os nossos costumes e tudo aquilo que acreditamos é algo hereditário. Boa parte da sabedoria da massa é adquirida por senso comum, ou seja, são noções comumente. Isso explica o porquê de Platão afirmar que um cidadão da massa nunca poderá ser um filósofo. A filosofia é fundamentada na razão, busca verdades inquestionáveis e estas não podem ser baseadas em visões de mundo que foram formadas por senso comum, que não há comprovações e que não podem ser questionadas, apenas aceitas porque a sociedade ao redor já impõe como verdade absoluta.

Scheler alerta que devemos desconfiar de todas essas noções adquiridas através do senso comum, devemos duvidar de tudo aquilo que não veio por meio de um conhecimento científico, fundamentável e inteligível. Essa é a grande semelhança entre o que Scheler tenta transmitir no seu texto e a filosofia de Descarte. Descarte considerava absolutamente falso, tudo aquilo que poderia gerar qualquer dúvida. Ele buscava a certeza inquestionável, livre de qualquer noção comumente, duvidava de tudo, inclusive de sua própria existência.

E é justamente no grau máximo da dúvida que Descartes encontra a sua primeira verdade inquestionável, enquanto duvido de tudo não posso duvidar que esteja duvidando, eu sou algo que duvida, sou algo que pensa na dúvida, sou algo que existe por pensar, se penso, logo existo.

Na seqüência o filósofo busca fundamentar outras verdades através da verdade da existência por pensar. Nosso pensamento é imperfeito, mas somente pode ter sido criado por um ser perfeito que é Deus. Deus sendo perfeito não pode querer nos enganar em relação às nossas sensações e se as nossas sensações também são verdadeiras, o mundo exterior existe e é conforme nós o sentimos e intuímos.

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