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Corpo, saudê, desigualdade social e gênero.

Por:   •  19/3/2017  •  Trabalho acadêmico  •  1.132 Palavras (5 Páginas)  •  908 Visualizações

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Maura Pereira Da Mota Ra 1134292

Educação Física Bacharelado

Filosofia e Sociologia Aplicada à Saúde

Tutor Precensial:

Prof.ª---------------------------------------------

Atividade Portfólio

CENTRO UNIVERSITARIO CLARETIANO

Ji-Parana

12-03-2017

Corpo, saude, desigualdade social egenero.

A imagem corporal é a imagem tridimensional que todos têm de si mesmo. Neste aspecto tridimensional temos os aspectos psicológicos, sociológicos e fisiológicos. Primeiramente, é necessário ressaltar que a imagem corporal começa a se formar desde o nascimento.

 A experiência visual possui papel de suma importancia na formação da imagem corporal. Para Schilder (1935, p. 36) “o desenvolvimento do esquema corporal também ocorre paralelamente ao desenvolvimento sensório motor”. Ao longo do desenvolvimento psíquico, o movimento leva a uma melhor orientação em relação a nosso corpo. Não sabemos muito a respeito do corpo, a não ser que o movamos. Os seres humanos são cercados e cerceados por suas imagens corporais. Uma das razões da transformação e do uso de roupas é o desejo de superar a rigidez da imagem corporal, que pode ser transformada através de pinturas, jóias e etc. O corpo também pode ser modificado como um todo.

 Podemos fazer orifícios no corpo ou inserir nele pedaços de metal ou madeira, como ocorria com os povos primitivos. Também podemos tentar tentar modificar a imagem corporal de modo menos agressivo, através de todo tipo de ginástica. Elaboramos nossa imagem corporal de acordo com as experiências adquiridas através de ações e atitudes, como também por palavras ou atos dirigidos ao nosso corpo.

a partir da obra de Schilder, é necessário ressaltar que uma discussão da imagem corporal como entidade isolada é necessariamente incompleta. Um corpo é sempre a expressão de uma personalidade, e está inserido em um mundo. Mesmo uma resposta preliminar ao problema do corpo não pode ser dada, a menos que tentemos uma resposta preliminar sobre a personalidade e o mundo. Ou seja, para um estudo da imagem corporal, qualquer pesquisador deverá relevar os aspectos psicológicos, fisiológicos e sociológicos da imagem corporal; ou seja, a sua tridimensionalidade.

A Saúde não representa a mesma coisa para todas as pessoas. Dependerá da época, do lugar, da classe social. Dependerá de valores individuais, dependerá de concepções científicas, religiosas, filosóficas. O mesmo, aliás, pode ser dito das doenças. Aquilo que é considerado doença varia muito.

Como sabemos  as doenças  transmissíveis  acompanha a Humanidade a longo tempo podemos citar como exemplo a varíola do faraó Ramsés V, baseado em diferentes conceitos do que vem a ser a doença e a saúde a Humanidade  tem se empenhado em enfrentar essas ameaças. Na concepção mágico-religiosa  a doença era sinal de desobediência ao mandamento divino, a enfermidade proclamava o pecado, quase sempre em forma visível, como no caso da lepra uma doença contagiosa em contato de corpos ou seja, aos olhos do cristianismo, era também considerada uma doença pecaminosa, sendo assim os leprosos eram encaminhados ao leprosário, que na realidade era um depósito de doentes, pois não iam somente os leprosos, mas sim  varias pessoas com as mais variadas doenças.

Em outras culturas era o xamã, o feiticeiro tribal, quem se encarregava de expulsar, mediante rituais, os maus espíritos que se tinham apoderado da pessoa, causando doença. Já na  medicina grega eles cultuavam, além da divindade da medicina, Asclepius, ou Aesculapius (que é mencionado como figura histórica na Ilíada), duas outras deusas, Higieia, a Saúde, e Panacea, a Cura . Para os gregos, a cura  era obtida pelo uso de plantas e de métodos naturais, e não apenas por procedimentos ritualísticos.

Hipócrates de Cós (460-377 a.C) tinha uma visao bem diferente e racional da medicina mágico-religiosa decrita acima. Postulou a existência de quatro fluidos (humores) principais no corpo: bile amarela, bile negra, fleuma e sangue. Desta forma, a saúde era baseada no equilíbrio desses elementos. Já Galeno (129-199) relatou que a doença  estaria dentro do próprio homem, em sua constituição física ou em hábitos de vida que levassem ao desequilíbrio. O suíço Paracelsus (1493-1541) passou  a administrar aos doentes pequenas doses de mercurio porque ele acreditava que as doenças eramprovocadas por agentes externos ao organismo.

Com o avanço da ciencia no final do seculo XIX e com o uso do microscopio descobrirao  a existência de microorganismos causadores de doença e possibilitando a introdução de soros e vacinas  agora as doenças poderiam ser prevenidas e curadas, mas ainda não havia  um conceito universalmente aceito do que é saúde. Apos a segunda Guerra foi criado a Organização das Nações Unidas (ONU) e a Organização Mundial da Saúde (OMS),  que tem como conceito: “Saúde é o estado do mais completo bem-estar físico, mental e social e não apenas a ausência de enfermidade”. Para chegar ao atual consenso sobre saúde, foram necessários vários séculos de experiências e atitudes baseadas em crendices que muitas vezes resultavam  em desastres contra a dignidade das pessoas.

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