Crise Econômica 2008
Casos: Crise Econômica 2008. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicosPor: larissazevedo • 25/3/2014 • 1.830 Palavras (8 Páginas) • 426 Visualizações
A CRISE MUNDIAL
O ano de 2008 foi marcado pelo agravamento da crise financeira mundial, iniciada em 2007 a partir de
problemas enfrentados pelo sistema financeiro americano em seu mercado de hipotecas imobiliárias.
Em meados de 2008 o colapso do sistema de crédito interbancário americano espalhou-se por todo o
sistema financeiro internacional, desencadeando uma crise econômica internacional. Como
conseqüência, várias economias mundiais entraram em recessão, com impactos profundos no nível de
atividade econômica dos países exportadores.
O processo recessivo mundial impactou de forma dramática as economias dos países desenvolvidos a
partir do terceiro trimestre de 2008. Embora já ocorresse uma queda verificável na demanda interna
nesses países desde 2007, foi pela repentina redução nas suas exportações de produtos industrializados
de alto valor agregado que se conflagrou a contração de suas demandas internas.
Economias especializadas na produção de bens de capital, aí inclusos Japão, China, Alemanha, Taiwan e
Estados Unidos, foram as mais
afetadas pela redução nos
gastos com investimentos dos
países desenvolvidos e em
desenvolvimento. O impacto
no Produto Interno Bruto
desses países foi traumático,
projetando para 2009
reduções significativas nas
economias da maior parte dos
países desenvolvidos. O Banco
Mundial projeta uma queda no
PIB global de 2,9% em 2009,
ante o crescimento de 1,9%
ocorrido em 2008. Para os países desenvolvidos (OECD), a estimativa de queda é de 4,2% neste ano,
enquanto para os países em desenvolvimento em geral espera-se um crescimento de 1,2%.
Para o Brasil é estimada uma redução de 1,1% no PIB em 2009, frente ao crescimento de 5,1%
experimentado em 2008, maior que a contração média das economias da América Latina e Caribe
durante o ano de 2009, cuja previsão será atingir -2,2% do PIB da região.
As conseqüências da crise atual são, entretanto, mais graves do que apenas aquelas refletidas através
do declínio do PIB. Os preços das Commodities não-petrolíferas caíram mais de 30%, reordenando as
posições mundiais em termos de comércio exterior, além de derrubar as inflações domésticas em todo
mundo. Novas pressões fiscais afetam os governos, enquanto um número crescente de países vivencia
déficit em sua balança de pagamentos.
Em termos de comércio internacional, um estudo feito pela Organização Mundial de Comércio prevê
para 2009 uma queda de 9% no volume global de exportações, a maior contração desde a Segunda
Guerra Mundial. Para os países desenvolvidos a queda esperada deverá ser ainda maior, chegando a
10%. Dados da mesma fonte demonstram a velocidade da queda no nível de exportações mundiais,
iniciado no terceiro trimestre de 2008 e agravado a partir de outubro daquele ano. Essa queda é mais
acentuada do que as observadas em contrações economicas passadas, devido à conjunção de três
fatores: a velocidade de disseminação da crise pelo mundo, a crescente participação dos processos de
supply chain no total de comércio internacional e a repentina escassez de financiamentos. No caso do
crescimento do supply chain, a cadeia de bens intermediários cruza diversas fronteiras antes de integrar
o produto final, onde uma redução na demanda resulta num efeito multiplicado na medida das
exportações consolidadas. Com relação à recuperação dos níveis de crédito, este foi o principal alvo das
medidas imediatas tomadas pelos governos dos países desenvolvidos e instituições multilaterais.
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Exportações Mundiais Trimestrais - Crescimento Relativo
2005 a 2009 (WTO)2007-T1 2007-T2 2007-T3 2007-T4 2008-T1 2008-T2 2008-T3 2008-T4 2009-T1
Mundo 100 107 110 120 121 133 129 106 81
Estados Unidos 100 107 107 115 117 127 122 110 91
Alemanha 100 103 106 116 121 130 121 99 83
China 100 117 132 135 121 143 162 141 97
Itália 100 107 103 116 114 130 117 98 77
Japão 100 102 109 118 120 120 123 106 72
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