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KANT: CRITICISMO E DEONTOLOGIA

Por:   •  7/12/2018  •  Trabalho acadêmico  •  1.875 Palavras (8 Páginas)  •  847 Visualizações

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UEMG – UNIVERSIDADE DO ESTADO DE MINAS GERAIS

UNIDADE FRUTAL

DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS SOCIAIS APLICADAS - CURSO DIREITO

IMMANUEL KANT: CRITICISMO E DEONTOLOGIA

ALLAN LUIZ VIGORITO SILVA

CAROLINE CAYRES DOS SANTOS

DIEGO FRANCO AZAMBUJA BARCELOS

LUCAS MATEUS PIMENTA DA SILVA

Trabalho apresentado ao Programa Graduação da Universidade do Estado de Minas gerais como exigência parcial para nota da disciplina de Filosofia.

2º período, noturno.

Professora: Rozaine Aparecida Fontes Tomaz.

Frutal/MG

2018

INTRODUÇÃO

Immanuel Kant filósofo Alemão nasceu no ano de 1724 em Königsberg, na Prússia Oriental, então Império Alemão. Em 1740, ingressou na universidade como estudante de Teologia, se aprofundando no estudo da filosofia racionalista. Em 1754, retornou a universidade e após concluir os estudos foi nomeado docente-livre. Lecionou Filosofia Moral, Lógica e Metafísica. Publicou diversas obras na área das Ciências Naturais e da Física. Finalmente, em 1770, Immanuel Kant ocupou a cátedra de Lógica e Metafísica na Universidade, cargo que exerceu até o fim de sua vida. Sua morte foi em 1804.

O filósofo passou por duas fases, a primeira denominada período pré-crítico que marcava uma época racionalista e empirista, além da ligação com a ciência de Newton, seguindo caminhos paralelos, buscando fundamentar a ciência newtoniana, por outro lado no período do criticismo, ele se baseou no ceticismo de Hume que criticava a metafisica e o conhecimento somente por meio da razão. (GIROTTI, 2008)

  1. Fase pré-crítica e crítica

Girotti (2008, p. 114) afirma que a fase pré-crítica se estendeu de 1746 a 1770, Kant fica entre a ciência e a metafísica, “uma vez que Kant acredita na necessidade de empregar princípios metafísicos à ciência (problema do método), ao mesmo tempo em que instiga problemas de ordem metafísica, esboçando nela mesma uma filosofia”. Sendo assim, ele acreditava na filosofia dogmática.

O criticismo de Kant surgiu a partir da crítica ao empirismo e ao racionalismo, sendo que o primeiro acreditava que o conhecimento era fruto das sensações, o homem nasce como uma tábula rasa, o segundo acreditava que o conhecimento provinha da razão, onde se trabalhava com categorias inatas, denominadas a priori. (BITTAR E ALMEIDA, 2015)

Bittar e Almeida (2015, p. 355) afirmam que a tarefa filosófica era em torno do conhecimento humano, assim diferenciou a vontade de conhecimento e de sentimento. "O conhecimento só é possível para Kant na medida em que interagem condições materiais de conhecimento advindas da experiência (o que os sentidos percebem) com condições formais de conhecimento (o que a razão faz com que os sentidos percebam)"

Sendo assim, Kant foi influenciado por Hume, acreditando que o conhecimento se inicia a partir da experiência, porém, é necessário o conhecimento cientifico, precisa-se saber a função do processo do conhecimento, colocando em primeiro plano o sujeito e não o objeto.

  1. As duas formas de conhecimento: a priori e a posteriori

Para Bittar e Almeida (2015, p. 359) o conhecimento a priori é:

A priori é tudo aquilo que é válido independentemente de qualquer condição ou imposição derivada da experiência. Trata-se de um imperativo categórico, e não de um imperativo hipotético, pois, efetivamente, o que há é que o primeiro não tem em vista senão a realização da máxima que prescreve.

        Também chamado de juízos analíticos, é o conhecimento que não carece de experiência e não trazem um conhecimento novo, é por meio dele que os sujeitos apresentam os fenômenos.

        Para Ferreira (2012) o tipo de juízo a posteriori ou sintético é aquele adquirido através da experiência, portanto contingente e particular.

  1. Idealismo Transcendental

A crítica de Kant é baseada na “briga” entre o empirismo e o realismo, ele uni as duas formas de pensamento, sendo que nenhuma era satisfatória para explicar a ciência, criando a teoria dos juízos.

São três teorias dos juízos segundo Silveira (2002):

  • Juízos analíticos: o predicado não altera o sujeito, eles são verdadeiros em virtude do significado de seus termos, eles não dependem da experiência, são a priori, eles são importantes, porém, não são considerados um verdadeiro avanço de conhecimento, sabendo que não diz nada além do que o conceito.
  • Juízos sintéticos a posteriori: este é particular e empírico, não é universal e o predicado não está contido no sujeito, mas relacionando-se por uma síntese, não servindo para a ciência.
  • Juízos sintéticos a priori: “Este são necessários e universais como os juízos analíticos, mas efetivamente ampliam o conhecimento.” (p. 38). Neste, o predicado não é extraído do sujeito, mas pela experiência se forma algo novo, esse novo deve ser construído através da repetição da experiência.

  1. Ética

Kant acreditava que a ética e a felicidade humana não poderiam ser alcançadas através da empiria, da razão e da ciência. Com isso, Kant tenta buscar a solução para o problema da moral e da ética não na experiência, mas na criação de uma lei que fundamentaria a pratica moral, e para isso, ele se utiliza do imperativo categórico, que é a universalização de um princípio, uma ação humana movida pelo dever e que deveria ser pensada como uma lei universal (BITTAR E ALMEIDA, 2005)

Kant dizia que o imperativo categórico se fundamentaria na própria razão humana, sendo uma lei a priori e que é valida por si só, sem nenhum outro objetivo, diferentemente do imperativo hipotético, que seria uma ação com a finalidade de conseguir outras coisas (prazer, felicidade...) e atingir outros objetivos, assim sendo, o imperativo categórico nortearia a ação, que passa a ser uma ação moral, pois não é uma ação que visa à realização de outros objetivos, mas sim a realização do dever pelo dever (BITTAR E ALMEIDA, 2005)

O homem quando age moralmente, de acordo com Kant, age pelo dever de ser ético, sem outros propósitos, e sem a intenção de atingir a felicidade, pois essa não serve de preceito para agir moralmente. Contudo, o sistema ético kantiano é criticado por ser abstrato demais (BITTAR E ALMEIDA, 2015)

  1. Direito e moral

O direito e a moral para Kant é como se fosse um sistema de duas partes, elas se relacionam à exterioridade e a interioridade. (BITTAR, 2015)

A moral para Kant interessa a lei moral da sociedade e não do indivíduo, sendo assim o indivíduo comporta-se de acordo com o imperativo categórico que é através da premissa que ele se comporta de da forma que se transforme em uma lei universal, fazendo com que todas as ações humanas sejam derivadas dessa lei. (BOREGAS E RÊGO, 2016)

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