Crítica Filosófica A Metamorfose
Por: juliabarsz • 6/4/2020 • Dissertação • 1.283 Palavras (6 Páginas) • 169 Visualizações
EEFMT PROFESSORA DAGMAR RIBAS TRINDADE
TRABALHO DE FILOSOFIA
TEMA: A METAMORFOSE
Nome: Camilla Fernandes Nº07
Nome: Claudia Helen Nº08
Nome: Juan Macaulay Nº17
Nome: Julia Barbosa Nº18
Barueri 2019
Respostas:
1. Nessa passagem do livro, após as tentativas de retirar a mobília por parte da mãe e da irmã de Gregor Samsa e a imposição do inseto para evitar a retirada de um quadro de parede, a mãe passa mal e o Sr. Samsa chega em um estado de irritação e de explosão iminente em direção ao famigerado inseto o qual seu filho havia se tornado. Posteriormente a um período de indecisão do pai, ele começa a lançar maçãs em direção ao inseto, a qual uma delas acaba por penetrar no dorso de Gregor causando uma dor e paralisação imediata, impedindo-o de uma vez por todas de realizar movimentos mais coordenados e de alcançar o teto e as paredes como antes gostava de fazer. Dessa forma, já afetado pela restrição do quarto, Gregor demonstrou-se ainda mais angustiado e entediado pelas atuais condições ainda mais precárias os quais culminariam, entre outros fatores, em sua morte posteriormente na narrativa.
A visão filosófica da passagem pode ser depreendida como o ser humano tender a "cortar suas asas", representativas de sua liberdade, na vida moderna, vivendo dessa maneira a chamada "dasman", termo designado por Heidegger para uma vida inautêntica. Pois de acordo com a concepção existencialista, o ser humano está condenado a ser livre e que não há sentido no mundo a não ser o que damos a ele, definidos como Absurdo, por isso as limitações impostas a Gregor podem ser entendidas como metáforas para nossa própria existência, na qual não há conhecimento de sua razão ou finalidade, mas a qual frequentemente transformamos em uma angústia imensurável devido a recusa da compreensão da necessidade de realização de nossas próprias escolhas e da autenticidade que por esse pensamento é proporcionada.
2. Há na passagem I um apego de Gregor ao seu trabalho, tal prisão o causava uma prisão que era o comodismo. O personagem se via pendurado em algo infeliz, mas estava apegado como uma obrigação sem fim.
Ao segundo trecho há uma oposição comportamental de Gregor, ou seja, havia ocorrido sua metamorfose em relação ao seu trabalho. É retratado pelas palavras do gerente a incapacidade do protagonista de exercer suas funções. A fala do superior mostra o quão para ele Gregor era uma peça substituível, é notório em seu discurso que quem teria um prejuízo seria o funcionário não o meio de produção com sua ausência.
A coligação de ambas passagens é retratada pela diferença no quadro de vida do personagem. Algo que Gregor se cobrava teve de ir cobra-lo.
3. O segundo capítulo do livro retrata a dificuldade nas relações familiares do personagem Gregor Samsa. No início da obra sua família ainda demonstrava uma tentativa de ajudá-lo a lidar com toda situação, porém com o passar do tempo uma das obrigações de Gregor, que era arcar com as despesas de sua família, deixa de ser cumprida e desencadeia uma insatisfação em seus parentes que passam a ter responsabilidades antes suprimidas pelo trabalho de Gregor. Ainda nesse capitulo podemos observar o cotidiano da personagem que se torna isolado e rejeitado, mas também tenta lidar com o pesado fardo de ter se tornado um inseto monstruoso. Entretanto, na medida que podemos ver a frieza de sua família diante de tal conflituosa situação, fica claro a alusão a uma sociedade capitalista que ao passar a ter uma independência econômica, começa a desprezar Gregor.
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