Cultura - Antropologia
Por: mylyy • 21/10/2016 • Resenha • 946 Palavras (4 Páginas) • 423 Visualizações
UNIVERSIDADE FEDERAL DA BAHIA / ESCOLA DE ADMINISTRAÇÃO
DISCIPLINA: ADM 233 – Estudos Antropológicos das Organizações
Profa: Rosana de Freitas Boullosa
Aluna: Milena da Cruz Santana
Pensata 1.
Texto lido: Antropologia para quem não vai ser antropólogo
SANTOS, Rafael José dos. In: Antropologia para quem não vai ser antropólogo - Porto Alegre: Tomo Editorial, 2005.
Páginas utilizadas: 11-36. Cap. I: O que é, como surgiu? 1. O que é Antropologia. 2. Como surgiu? Um pouco de história. 3. Evolucionismo Social e Positivismo. Meio e Raça. 4. Etnocentrismo.
O livro Antropologia para quem não vai ser antropólogo apresenta, de modo claro e com uma abordagem leve, ou seja, com pouca recorrência a termos mais específicos do campo da Antropologia, a história dessa ciência, suas principais influências teóricas, e conceitos fundamentais. Apresenta ainda a importância dessa área no tocante as suas contribuições às outras áreas do conhecimento.
A antropologia é uma ciência que nos oferece ferramentas de analise para quase, senão todas as dimensões do homem inserido em seu espaço social, em sua cultura. O autor menciona no texto algumas áreas na qual já se produziu algumas teses em Antropologia: família, cidadania, ONGS, ecologia, movimentos sociais, Igreja [...]. Enfim, inúmeros objetos de estudo fazem parte do “objeto de estudo” dessa ciência. Podemos enxergar já a inúmera contribuição que a Antropologia pode oferecer a outras áreas do conhecimento.
Os primeiros antropólogos, cientistas que buscavam o conhecimento das sociedades “exóticas” não coletavam seus dados de modo direto. Eles se baseavam em informações enviadas por missionários, mercadores, militares, aventureiros, tomando-se como base a Literatura Etnográfica.
No fim do século XIX, surge o Evolucionismo Social. O Evolucionismo que tinha como principais expoentes Darwin e Lamarck, onde o primeiro defendia a idéia de que a evolução das espécies baseava-se em um processo de seleção natural, enquanto que Lamarck dizia que as adaptações dos organismos ao meio ambiente provocavam mudanças evolutivas. Essas, além de outras teorias influenciaram de modo direito, alguns pensadores, dentre estes antropólogos, como foi o caso de Henry Lewis Morgan que elaborou uma teoria sobre a evolução cultural do homem em três etapas: selvageria, barbárie e civilização. Outro pensador influenciado pelo Evolucionismo foi o escocês James Frazer que elaborou um modelo evolutivo do pensamento que passava por três fases: magia, religião e ciência.
Além do Evolucionismo, outra esfera da ciência social que influenciou a Antropologia foi o Positivismo. Aqui defende-se que as sociedades evoluem, assim como as espécies passam por um processo de evolução. O termo "positivo" surgiu pela primeira vez na obra "Apelo aos Conservadores", de 1855, onde Comte descreve o significado da Lei dos Três Estados, ou seja, as etapas pela qual o ser humano passou (e passa) em relação as suas concepções e valorizações da vida: Teológico Metafísico ou Abstrato e Positivo.
Apesar da influencia exercida sob a Antropologia, essas teorias tornaram-se co o passar do tempo, insuficientes para dar respostas às muitas questões complexa dos seres humanos. [...] “Nos dias de hoje sabemos e descobrimos isso através da própria antropologia- que as explicações sobrenaturais, filosóficas e cientificas não mantém entre si uma relação de “evolução”. Trata-se, na verdade, de explicações diferentes, que dependem, entre outras coisas, dos contextos culturais” [...].
A Antropologia, assim como outras áreas das Ciências Sociais, vem seu inicio de formação, recebe influencia do determinismo geográfico e biológico, que disseminaram, muitas vezes, falsas preposições acerca das culturas em geral. O determinismo geográfico é a concepção segundo a qual o meio ambiente define ou influencia a fisiologia e psicologia humana e dessa forma será possível explicar a sua história. Já o determinismo biológico, em termos gerais, atribui as características físicas e psicológicas dos seres humanos à sua etnia, nacionalidade ou grupo social ao qual pertence.
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