DESAFIOS SOCIAIS CONTEMPORANEOS
Por: HortensiaBusana • 31/5/2016 • Trabalho acadêmico • 1.028 Palavras (5 Páginas) • 571 Visualizações
FURB – UNIVERSIDADE REGIONAL DE BLUMENAU
CCT – CENTRO DE CIÊNCIAS TECNOLÓGICAS
DEQ – DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA QUÍMICA
PROFESSOR: OKLINGER MANTOVANELLI JUNIOR
DISCIPLINA: DESAFIOS SOCIAIS CONTEMPORANEOS
TURMA: 3º SEMESTRE
A ARTE DA PERSUASÃO
BRUNA LUIZA DA COSTA
HORTÊNSIA APARECIDA BUSANA
BLUMENAU
2015
INTRODUÇÃO
Persuasão significa aconselhar alguém até que a mesma concorde, acreditando e/ou fazendo algo, é uma forma de comunicação feita através de argumentos lógicos ou simbólicos.
De acordo com Ari Lima (2015),
“A persuasão lida com a vontade das pessoas. Ela se estabelece através de uma comunicação suave e elegante. A pessoa persuadida age de acordo com a vontade do persuasor, mesmo que seu intelecto não esteja convencido da verdade ou da importância do assunto”.
PERSUASÃO
As ideias sofistas não devem estar tão presentes no mundo atual, a educação teria de ser voltada a verdade, assim não haveria tantas pessoas manipuladoras, que convencem os outros com suas mentiras que parecem verdades.
Os sofistas tinham como objetivo (Platão, Prot. 319a apud Markus Figueira da Silva): “Ensinar a arte da política e empreender fazer dos homens bons cidadãos”.
Markus Figueira da Silva (2004, p.324) vê a persuasão na política como “convencimento e persuasão como falácia e hipocrisia.” Utilizando a retórica em seus discursos, políticos, são exemplos fortes e atuais de persuasão, fazendo desta arte não só um ensinamento filosófico, mas uma forma de manipular e coibir a verdade.
A ARTE DA PERSUASÃO NA HISTÓRIA
Um exemplo histórico de sofista persuasivo foi Hitler, um homem carismático e convencido a manipular os cidadãos, dominou um país e amedrontou o mundo, utilizando a arte da persuasão a seu favor, tornando-a algo ruim, perante a ética e a moral social.
Figura 1 – Hitler em um comício nazista.
[pic 1]
Fonte: Google Imagens, 2015.
A ARTE DA PERSUASÃO NA POLÍTICA
Pode-se citar também o atual presidente dos Estados Unidos da América, Barak Obama, o primeiro presidente negro que, apesar do resistente preconceito racial, foi eleito de forma direta. Utilizando em seus comícios, sempre lotados, a persuasão, convencendo e manipulando todo o país para suas crenças e dialetos.
Figura 2 - Obama discursa para estudantes em Largo, Maryland.
[pic 2]
Fonte: Último Segundo, 2012.
A ARTE DA PERSUASÃO NA DOMINAÇÃO
Podemos perceber a persuasão numa forma de dominação, a tradicional. De acordo com Weber (1956, p. 551-58) a dominação tradicional “Obedece-se à pessoa em virtude de sua dignidade própria, santificada pela tradição: por fidelidade.” Existente, por exemplo, em cargos que são passados de pai para filho, mas nem sempre o filho quer ou está apto para aquela função, e assim ele é persuadido, convencido, por uma espécie de fidelidade que ele tem que ter com sua família e bens.
Segundo Ari Lima (2015)
“A persuasão é um conceito e uma forma específica de comunicação. Mas também pode ser entendida como uma ferramenta que nos possibilita realizar determinadas tarefas. Se pretendermos motivar pessoas a executar ações de bom grado e entusiasticamente, ela é a ferramenta mais eficaz, pois apenas convencer as pessoas da importância e da necessidade destas ações não é suficiente para estimulá-las. E preciso persuadi-las.”
A dominação tradicional pode ser facilmente interpretada na reportagem abaixo, Figura 3, sendo o filho sucessor do pai, e a continua dinastia imposto na empresa. Pode-se identificar também a arte da persuasão, no momento em que “batalhas legais” são envolvidas no âmbito empresarial.
Figura 3 – Reportagem por Felipe Gugelmin
[pic 3]
Fonte: TecMundo
CONCLUSÃO
Pode-se concluir que a arte da persuasão é um desafio social contemporâneo e histórico, estudado por muitos filósofos e vivenciado há séculos.
Sua arte é utilizada para manipular as pessoas de uma forma ruim, enganosa ou de forma boa, imperceptível. Nas escolas a persuasão não é estudada como conceito filosófico, mas sim imposta, moldando os alunos para serem líderes, políticos, dominadores em geral, manipulando-os desde pequenos, convencendo de acordo com o melhor para a fundação e a sociedade. Com isso pode-se perceber cada vez mais suas consequências.
Segundo Jeannière, (1994, p. 49-50) apud Luiz Carlos Santana(2012):
“A linguagem não é somente um instrumento ‘retórico’, cujo manejo técnico, nos discursos públicos, garante a vantagem para um orador hábil: ela é o instrumento graças ao qual o sujeito exprime juízos. […]Dizer que a linguagem é um instrumento significa que a linguagem não é simples expressão exterior, posterior, de um pensamento que se desenrolou inteiramente na interioridade do sujeito; ela também não consiste simplesmente em indicar objetos nomeando-os, já que, designado um objeto, podemos acrescentar que ele é belo. Não basta também classificar os objetos em categorias, não basta poder enumerar o que é belo; é preciso saber ainda o que é o Belo. Falar não consiste em por palavras sobre o que já sabemos; podemos definir a beleza? A linguagem é o instrumento necessário do pensamento.”
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