Diferentes tipos de estado e a ordem de sua criação
Projeto de pesquisa: Diferentes tipos de estado e a ordem de sua criação. Pesquise 861.000+ trabalhos acadêmicosPor: AdrianaFilipa • 5/2/2015 • Projeto de pesquisa • 4.583 Palavras (19 Páginas) • 274 Visualizações
O Príncipe , Maquiavel Resumo
Capítulo 1: Os vários tipos de Estado, e como são instituídos
Apresenta dois tipos de principados o hereditário e o adquirido, e aponta quais são as duas formas de como o governante chega ao poder uma pela virtude e outra pela fortuna.
Capítulo 2: As monarquias hereditárias
Maquiavel, fala que a dificuldade de se manter um Estado novo é maior do que a de se manter um Estado hereditário, pois quanto a este último, o povo já está acostumado com a soberania de uma família, de uma linhagem.
Se um Príncipe conquista determinado Estado e tenta mudar seus costumes, corre o risco de o povo revoltar-se contra ele, o que pode gerar conspirações apoiadas pela grande massa o povo. Deste modo, o Príncipe respeitando a cultura local, se manterá no poder; a menos que, como diz Maquiavel, uma força excepcional o derrube, porém, se tal fato ocorrer, poderá reconquistá-lo na primeira oportunidade oferecida pelo usurpador.
Maquiavel ainda fala que na medida em que o soberano não ofende seus súditos e não mostra motivos para o povo odiá-lo, estes o quererão bem, e mais:
"[...] qualquer alteração na ordem das coisas prepara sempre o caminho para outras mudanças, mas num longo reinado os motivos e as lembranças das inovações vão sendo esquecidos."
Quando o povo vive do seu modo, com seus costumes e sendo respeitado pelo monarca, este se acomoda de tal forma que as lembranças, os desejos de mudanças vão sendo postos em esquecimento.
Capítulo 3: As monarquias mistas
Maquiavel mostra que o povo tem sempre o desejo de mudança, desejo de melhoria; as pessoas, segundo Maquiavel, mudam com grande facilidade de governantes esperando tal mudança, que, no pensar de Maquiavel, é sempre para pior.
Para ele, o Príncipe sempre precisará do favor dos habitantes de um território para poder dominá-lo. A imposição do novo governo ou provocações vindas dos soldados do monarca, ou outros motivos, podem gerar injúrias no povo, gerando, assim, inimigos para o Príncipe que são as pessoas ofendidas com a ocupação do seu território.
"[...] depois de conquistado uma segunda vez, os territórios rebeldes não voltam a ser perdidos com a mesma facilidade. A própria rebelião faz com que o monarca se sinta inclinado a fortalecer sua posição punindo os rebeldes, desmascarando os suspeitos, revigorando seus pontos fracos."
Quando se é conquistado um território de mesma região e língua, é mais fácil de dominá-lo do que se não os fosse, ainda mais se este povo não estiver habituado com a liberdade. O novo Príncipe deve extinguir toda a linhagem de seus antigos governantes, mas não pode deixar que haja divergência de costumes; deve também o Príncipe fazer a manutenção das leis e dos tributos.
Ao se conquistar uma província com língua, leis e costumes diferentes, um dos meios mais seguros, segundo Maquiavel, é que o monarca vá pessoalmente habitá-lo. Estando o soberano presente, os distúrbios serão logo percebidos e rapidamente corrigidos. . Outra forma seria de se estabelecer colônias em um ou dois lugares estratégicos na província, tomando as casas das pessoas que vivem neste local por ser uma pequena parte da população, em nada representarão perigo ao monarca. A grande maioria da população também não fará mal ao Príncipe , ao contrário, se sentirá grata pelo fato de o monarca os deixar em paz e não quererão ofender o soberano.
Disse Maquiavel: Note-se que é preciso tratar bem os homens ou então aniquilá-los. Eles se vingarão de pequenas injurias, mas não poderão vingar-se de agressões graves; por isso, só podemos injuriar alguém se não temermos sua vingança.
O Príncipe de um território estrangeiro deve liderar e defender seus vizinhos mais francos e procurar debilitar os mais poderosos. Não há dificuldade para se conquistar um território onde movidos pela inveja dos que tinham o poder os habitantes menos poderosos apoiam o invasor; porém deve-se ter cuidado para que estes não adquiram poder e autoridade em demasia.
Disse Maquiavel: ... as guerras não podem se evitadas e que, quando adiadas, só trazem benefícios para o inimigo. . A guerra é inevitável, então, quando se tem a oportunidade de enfrentar o inimigo, deve-se enfrentá-lo, quanto mais se adia uma batalha, mais o inimigo fica preparado, portanto, adiar uma guerra só traz sempre prejuízos ao monarca.
Capítulo 4: Por que o reino de Dario, ocupado por Alexandre, não se rebelou contra os sucessores deste, após a sua morte
Sempre os reinos foram governados de duas formas: por um Príncipe e seus assistentes; ou por um Príncipe e vários barões, esses barões são ligados ao Príncipe por laços de natural afeição. Estes que estão de junto ao Príncipe, são os nobres, os prestigiados; mas dentre esses sempre há quem aspire por inovações. Estes podem abrir caminho para um invasor tomar o poder, facilitando sua vitória, vê-se assim que depois não bastará aniquilar apenas família do Príncipe, mas também os nobres que estarão sempre prontos a liderar novas revoluções.
Capítulo 5: O modo de governar as cidades ou Estados que antes de conquistados tinham suas próprias leis
Ao se dominar um Estado acostumado com a liberdade, e com suas próprias leis, Maquiavel mostra três formas e mantê-lo: primeira, arruinando-o; segunda, habitando-o (ver Capítulo III); terceira, permitindo-lhe que viva seguindo suas próprias leis, pondo-lhe tributos e pondo ali um governo de poucas pessoas que sejam mantidas amigas.
"[...] a cidade habituada à liberdade pode ser dominada mais facilmente por meio dos seus cidadãos do que de qualquer outra, desde se queira preservá-la."
Quem se torna o senhor de uma cidade livre, e não aniquila, pode esperar ser destruído por ela, pois sempre haverá motivo para rebelião em nome da liberdade perdida e das suas eventuais tradições, que nem o curso do tempo nem os benefícios conseguem apagar.
Por isso se diz que é melhor respeitar os costumes do território conquistado, ou então, destruí-lo. Sempre estarão na mente do povo seus antigos costumes, e, mais cedo ou mais tarde estes se revoltarão contra o que está sendo imposto, e não haverá benefício ou tempo, como disse Maquiavel, que os faça esquecer, ainda mais se o povo estiver junto.
Quando
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