Direitos Humanos
Trabalho Escolar: Direitos Humanos. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicosPor: kamilaoliveira • 17/11/2013 • 272 Palavras (2 Páginas) • 323 Visualizações
Diz um provérbio erudito, que a sabedoria “reina”, mas “não governa”. Quem governa é a ação, a phronêsis platônica; a Prudência aristotélica, o agir deliberado, refletido.
Prudência é a ação ponderada, discutida, examinada, enfim, deliberada. Sim, o Estagirita (Aristóteles é da cidade de Estagira) desenvolveu o conceito de phronêsis legado por Platão e concebeu uma importantíssima teoria geral da ação, uma hermenêutica da existência humana enquanto agente no mundo e sobre o mundo. A phronêsis/Prudência – recta ratio agibilium – é virtude opinativa da alma: “daí que a Prudentia seja considerada a mãe (genitrix virtutum) e a guia (auriga virtutum) das virtudes”, diz Jean Lauand (FE-USP): “a virtude que realiza as demais”.
A ação prudente é cautelosa, sim. Mas, ao contrário do que pensa o senso comum, Prudência não é morosidade, aliás, não admite perda de tempo. É rápida e certeira pois, o kairós (o tempo, do grego, no sentido de agir bem, no momento certo) é inerente à virtude da Prudência. “Nem antes nem depois”, como Odisseu (Ulisses) orienta a seu filho Telêmaco, na Odisséia Homérica.
Tendo examinado cuidadosa e cautelosamente a questão que se apresente, ao Prudente urge agir de imediato. Mas examina, delibera. Alertando para a importância do kairós adequado à ação justa, o Pensador francês Pierre Aubenque afirma: “Não há justiça, se a decisão é tardia. O momento, o tempo, que permite que a justiça ocorra, é determinado pela Prudência”. Renomado estudioso dessa doutrina em Tomás de Aquino, o prof. Dr. Jean Lauand também atesta: “Na verdade, a prudentia, enquanto virtude da decisão, é a própria base da justiça e a iurisprudentia nada mais é do que a prudentia do ius”.
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