Discurso Do Método - Resumo
Trabalho Escolar: Discurso Do Método - Resumo. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicosPor: Nayork • 6/8/2013 • 1.581 Palavras (7 Páginas) • 1.211 Visualizações
Primeira parte - Encontram-se diversas considerações atinentes às ciências. Nesta parte do Discurso, Descartes fez um balanço, um inventário de seu débito com o colégio e os professores, bem como com os livros que teve oportunidade de ler. Feito esse balanço, esse inventário crítico, especialmente em relação à teologia, à filosofia, à história e às ciências fundadas na filosofia, Descartes liberta-se dos preceptores, abandona o estudo das letras e passa a procurar apenas a ciência que poderia encontrar nele mesmo ou no grande livro do mundo.
Segunda parte - Nesta parte estão as principais regras do método. Fica patente a prevenção, a desconfiança, em relação a tudo o que nos foi ensinado e que aprendemos à nossa revelia, antes de dispor do pleno uso de nossa razão. Suposição que já revela a essência do cartesianismo, a crença em uma razão intemporal, que seria possível restaurar em sua pureza e integridade, desde que dela fosse excluído tudo o que se deve ao ensino, à leitura, à educação. Confiando apenas na razão, na sua razão, individual e intemporal, Descartes acrescenta que, em relação a todas as opiniões que até então admitira o melhor que podia fazer era rejeitá-las, embora viesse a readmiti-las posteriormente, ou outras melhores, ou as mesmas, desde que "ajustadas ao nível da razão".
Descartes foi levado a verificar que "o costume e o exemplo nos persuadem mais do que um conhecimento certo". Método, como o leitor deve saber, significa, etimologicamente, caminho. Seguir um método corresponde, pois, a caminhar em direção determinada, quer dizer, com a consciência do fim a que se quer chegar.
Com tais preocupações procurou um método que, incluindo as vantagens da lógica, da geometria e da álgebra, evitasse, ao mesmo tempo, os seus inconvenientes. Formula, então, as famosas quatro regras fundamentais, que deverão desdobrar-se e multiplicar-se nas Regras para a direção do Engenho.
Primeira regra: evitar a prevenção e a precipitação, só aceitando como verdadeiras as coisas conhecidas de modo evidente como tais e não admitir no juízo senão o que se apresentasse clara e distintamente, excluindo qualquer dúvida.
Segunda regra: dividir cada dificuldade em tantas parcelas quanto seja possível e quantas sejam necessárias para resolvê-las.
Terceira: Conduzir em ordem os pensamentos, começando pelos mais simples e mais fáceis de conhecer, a fim de ascender, pouco a pouco, por degraus, até o conhecimento dos mais compostos, supondo uma ordem mesmo entre aqueles que não precedem naturalmente uns aos outros.
Quarta: fazer sempre inventários tão completos e revistas tão gerais que se fique certo de nada ter omitido.
Aqui ele constitui o preceito metodológico básico – é que só se considere verdadeiro o que for evidente, ou seja, o que for intuível com clareza e precisão. Mas a ampliação da área do conhecimento nem sempre oferece um panorama permeável à intuição, e, consequentemente, adequado à pronta aplicação do preceito da evidência. Eis por que Descartes propõe outros preceitos metodológicos complementares ou preparatórios da evidência: o preceito da análise (dividir cada uma das dificuldades que se apresentem em tantas parcelas quantas sejam necessárias para serem resolvidas), o da síntese (conduzir com ordem os pensamentos, começando dos objetos mais simples e mais fáceis de serem conhecidos, para depois tentar gradativamente o conhecimento dos mais complexos) e o do enumeração (realizar enumerações de modo a verificar que nada foi omitido). Tais preceitos representam a submissão a exigências estritamente racionais. E justamente o que Descartes prescreve como recurso para a construção da ciência e também para a sabedoria de vida é seguir os imperativos da razão, que, a exemplo de sua manifestação matemática, opera por intuições e por análises.
Na primeira regra, está enunciado o que, para Descartes, é o critério da verdade, a clareza e a distinção das ideias. Essa expressão é repetida ao longo de toda obra de Descartes, como uma das teses fundamentais de sua teoria do conhecimento.
A razão cartesiana é a matemática que, no plano do pensamento, e sem sair do pensamento, extrai, ou deduz, as ideias umas das outras, com a certeza de que, sendo essas idéias claras e distintas e achando-se dispostas em ordem contínua e ininterrupta, devem necessariamente corresponder à ordem em que se acham dispostas as próprias coisas.
Ainda na Segunda parte do discurso, Descartes nos diz que, de todos os que procuraram a verdade científica, só os matemáticos encontraram a verdade científica, só os matemáticos encontraram, ou formularam, algumas demonstrações, ou seja, conseguiram demonstrar alguma coisa, com razões certas e evidentes.
Terceira parte - Nesta parte estão algumas das regras da Moral que tirou desse método. Descartes parte da dúvida chamada metódica, porque ela é proposta como uma via para se chegar à certeza e não é dúvida sistemática, sem outro fim que o próprio duvidar, como para os céticos. Argumenta que tais idéias em geral são incertas e instáveis, sujeitas à imperfeição dos sentidos. Algumas, porém, se apresentam ao espírito com nitidez e estabilidade, e ocorrem a todas as pessoas da mesma maneira, independentes das experiências dos sentidos, e isto significa que residem na mente de todas as pessoas e são inatas.
Na Terceira parte acham-se formuladas as máximas fundamentais do que Descartes chamou de "moral provisória", pois a moral que se poderia chamar de definitiva, jamais foi enunciada de forma sistemática, achando-se dispersa no texto sobre "As paixões da alma". São as seguintes máximas dessa moral provisória: primeira – "...obedecer às leis e aos costumes do meu país, conservando constantemente a religião na qual Deus me deu graça de ser instituído desde a infância...". A Segunda máxima recomenda ser firme e resoluto quanto pudesse e não estando em nosso poder discernir as opiniões mais verdadeiras, devemos seguir as mais prováveis. A terceira
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