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Resumo "O Discurso da Servidão Voluntária"

Por:   •  4/8/2016  •  Seminário  •  495 Palavras (2 Páginas)  •  2.416 Visualizações

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RESUMO:

   La Boétie começa sua obra indignando-se pelo fato do povo estar subordinado a um só indivíduo, e relatando o fato de que esse poder que exerce sobre o povo é ilegítimo, indigna-se também pelo fato da quantidade, visto que ele até entende quatro ou cinco pessoas se curvarem por covardia, mas milhares ou milhões são surpreendentes já que segundo o autor não é preciso o povo se defender ou combater o dito tirano, mas basta recusá-lo para que ele seja destruído. Então o autor começa com a tese de que não é o tirano que oprime o povo, mas é o povo que se deixa ser oprimido, chega até a acreditar que pela liberdade ser natural e consequentemente fácil, o povo escolhe pelo mais difícil.

   O autor então fala que é preferível um república a uma monarquia, visto que na monarquia o rei faz justiça e administração de acordo com sua própria vontade, e que, os herdeiros desse cargo são de mesma ideologia ou até pior por considerar a população como sua herança, posse, assim, trata com se fosse outra herança qualquer. La Boétie fala das formas de chegar ao poder, segundo ele o tirano pode chegar através da eleição do próprio povo, pelo uso da religião como argumento ou com o uso da violência, mas que independente de como se chega a forma de se governar é a mesma. Quando se chega ao poder através do povo, esse indivídua usa de atividades de entretenimento para agradar, manipular e alienar o povo para que este não tenha condições de pensar sobre o governo do tirano, o autor usa o exemplo de um povo que sempre viveu em liberdade, alegando que se alguém propusesse a ter propriedade sobre eles, esse povo seria contra e lutaria por seus ideais até a morte. Quando se chega ao poder alegando ser alguém relacionado com a crença do povo, consegue o esperado por conta, na maioria da vezes, pela ajuda da instituição da própria religião. Quando usa da violência, o maior exemplo histórico são os militares, mas todos que chegam dessa forma tornam como principal característica a censura e o uso da violência como justiça própria.

   Em seguida, fala-se do fato de que as sementes do bem que são colocadas em nós são tão pequenas que são facilmente ultrapassadas por outras, e que, parte da culpa do povo não querer lutar pelo direito natural da liberdade é a educação que lhes é concebida, assim a primeira razão da servidão voluntária é o hábito, as crianças nascem já sendo polidas e moldadas de acordo com a realidade que os pais e a sociedade vive, se tornando um argumento para não lutar pela liberdade. A segunda razão para a servidão é de que, sob a tirania os homens se tornam covardes, com a perda da liberdade perde-se a valentia, não mostrando nenhum sinal de ousadia e vão cumprir um castigo como se fosse uma obrigação.

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