EDUCAÇÃO INFORMAL
Por: JULIANABR • 17/9/2015 • Resenha • 991 Palavras (4 Páginas) • 810 Visualizações
Educação Informal
A FAMILIA
O homem ao contrário dos animais precisa da socialização para sobreviver e segue os modelos sociais e a educação dos grupos a que pertence. Aprende desde o nascimento até a morte.
Esse aprendizado em boa parte não é intencional, vai se construindo com a convivência. É uma educação informal, que não é organizada e sim casual e empírica.
Essa educação (informal) modela o comportamento da criança, que segue (imita) o comportamento dos pais, interiorizando gestos que virão a se tornar hábitos.
A influência que o meio exerce pode ser deliberada ou acidental.
DELIBERADA: quando, por exemplo, o pai ensina o filho a respeitar as pessoas.
ACIDENTAL: quando o aprendizado não resulta da intenção dos pais, como é o caso da criança que vê o pai jogando lixo no chão.
Deliberada ou acidental o aprendizado informal se dá através do meio em que o indivíduo está inserido, aprende a cada passo, em casa, na igreja, com os amigos, rádio, TV, etc.
A FAMÍLIA E A SOCIALIZAÇÃO DAS CRIANÇAS
O homem não é um ser solitário, ele se torna ser humano na medida em que convive e se não tiver um papel distinto na sociedade perde sua essência e se massifica.
A família é o suporte, o solo, o horizonte da aprendizagem ‘afetiva”, que prepara o homem para maturidade. No entanto, é necessário desprender a criança dos pais, do contrário a função social do jovem será ameaçada.
O jovem precisa livrar-se dos resíduos infantis para tornar-se adulto, essa necessidade pode ser compreendida através dos mitos e rituais que representam a morte dos pais. ”É PRECISO MATAR PAI E MÃE”
Os próprios pais relutam em se desprender, portanto é necessário que os pais se deixem morrer.
CONCEITO HISTÓRICO DE FAMÍLIA
Apesar de existirem muitos modelos familiares e de variar muito a sua constituição, o que predomina é o aprendizado, ou seja, a forma como essas famílias transmitem o aprendizado aos filhos. Esse aprendizado intermediará as relações da criança com a sociedade e é um fenômeno mutável com o tempo.
Nas comunidades tribais, as famílias são extensas e as crianças aprendem imitando os pais.
Na Idade Média, a família também era extensa e não existia lugar para o sentimento de infância. A criança era tratada como um adulto em miniatura e estudava lado a lado com os adultos. Os nobres mandavam seus filhos a partir dos sete anos para aprender boas maneiras com outras famílias, isso criava um distanciamento familiar e os laços que se formavam eram morais e sociais e não sentimentais.
A criança passou a ser vista de forma diferente a partir do século XIV com as representações de Jesus Menino e da Virgem Maria.
Com a ascensão da burguesia, devido à Revolução Industrial, os padrões econômicos e sociais se refletiram o comportamento das pessoas e surgiu então a família nuclear. Os laços afetivos foram estreitados, passou a existir uma preocupação com a educação, o pudor e a saúde dos filhos, que deixaram de ser apenas herdeiros, mas indivíduos com futuro a zelar.
Porém nesse mesmo período, as crianças do povo não sentiram as mudanças familiares.
Tais mudanças ocorreram devido à necessidade de atender às exigências do mundo capitalista que exigiu a individualização das pessoas.
Em contraposição a essa individualização a família nuclear se fortaleceu, pois os vínculos de sangue permaneceram, garantindo a autoridade do pai que tinha a missão de oferecer condições aos filhos para se adequarem às tarefas exigidas pelo novo sistema social (capitalismo.)
CRISE NA FAMÍLIA
A perda da autoridade paterna, a incapacidade de educar e instruir, ou seja, de transmitir os valores da sociedade são reflexos do
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