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EMPIRISMO INGLÊS.

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Por:   •  28/10/2013  •  928 Palavras (4 Páginas)  •  526 Visualizações

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1. Introdução.

Durante a Idade Moderna, a investigação filosófica tinha como preocupação a busca pelo conhecimento. Contudo, para que o conhecimento fosse válido era necessário que existisse um método rigoroso em que pudesse basear tal busca. Assim, surge o Racionalismo, que, a partir de Descartes, propunha um método.

Para Descartes, somente através da Razão era possível alcançar o verdadeiro conhecimento. Desse modo, o pensador afirmava a existência das ideias inatas, pois, para ele, a experiência não proporcionava nenhum conhecimento universal, mas contigente, onde, embora fosse possível, permanecia como algo incerto.

Contrário ao Racionalismo, surge ainda na Idade Moderna, uma corrente filosófica que defende a experiência como base para o verdadeiro conhecimento, denominada Empirismo. Que tinha como suas principais preocupações a pesquisa de uma teoria do conhecimento e de um método de investigação que equivalesse às necessidades das ciências experimentais, tais como a botânica, química e astronomia, que floresciam nas ilhas Britânicas.

2. Após as formulações cartesianas para o Racionalismo, o eixo da investigação filosófica se desloca do Ser para o Conhecer. Como se dá esse deslocamento nas filosofias de Hobbes e de Locke?

Como teoria oposta ao Racionalismo, o Empirismo critica a metafísica e conceitos como os de substância e causa. Também nega a existência de ideias inatas, pois, Locke concebe a mente como "um papel em branco" ou uma "tábula rasa", em que se vão gravando as impressões vindas do exterior. E não aceita a existência do conhecimento universal e necessário. Outro filósofo importante do Empirismo é Hobbes.

Thomas Hobbes foi consideravelmente influenciado pelo racionalismo de Descartes no que diz respeito à busca de uma fundamentação para a ciência e a confiança na razão. Todavia, diferentemente de Descartes, para esse pensador, o conhecimento somente era possível pelas sensações, ou seja, tem sua origem na experiência empirica.

Para Hobbes, a natureza é nada mais do que corpos em movimento completamente descritos por leis matemáticas, onde o movimento e os corpos explicam as coisas. Desse modo, não há distinção entre corpo e alma, pois a alma também é um corpo que obedece às leis mecânicas.

Segundo Osmair Severino Botelho e Ricardo Bazílio Dalla Vecchia (2011), dessa relação entre corpo e movimento ocorre a sensação, responsável pelo conhecimento.

“A sensação é um estado do sujeito reagindo ao movimento dos corpos sensíveis; quando o sujeito reage (movimenta) ao movimento sensível, ele cria imagens e representações. Se a alma não fosse um corpo, ela não reagiria. Por isso, na concepção de Hobbes, os processos cognitivos não podem ter outro tipo de explicação senão no mecanicismo. […] A sensação permanece no homem mesmo que o objeto deixe de afetar os sentidos; aos poucos ela vai diminuindo, já que é obscurecida por outras sensações. Ao tentar exprimir essa diminuida, criamos a imaginação. Quando queremos exprimir essa imaginação que se envelhece, que é antiga e passada, recorremos à memória. Para tentar não perder as sensações, o homem utiliza-se de um instrumento que lhe é próprio: a linguagem”.

Um filosófo que merece considerações é John Locke (1632 – 1704), que, embora empirista, não era partidário dos exageros de Hobbes. Porém, assim como Hobbes, também não aceitava a existência das ideias inatas prpostas por Descartes, pois, para ele, se as ideias fossem inatas não seria possível explicar as grandes diferenças existentes, especialmente, nos costumes, na religião, nos gostos, na moral etc..

Locke entendia que

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