FEB - Marilena chaui- escolas helenisticas
Por: Bruna Mateus • 2/12/2015 • Resenha • 986 Palavras (4 Páginas) • 313 Visualizações
Marilena Chauí
Sistemas helenísticos divididos em dois períodos: o antigo (referente ao momento grego de sua elaboração), e o romano ou imperial (quando são reformulados sob a ação da cultura de Roma e da língua latina).
Para Políbio os romanos são os únicos tanto pela extensão de seu império (nenhum dos povos imperiais, os persas, os espartanos e o macedônios, alcançou poderio de igual tamanho) quanto pela velocidade com o que conseguiram (em 50 anos dominaram não algumas partes do mundo, mas aproximadamente todo ele).
Como todas as sociedades patriarcais e todos os estados antigos, Roma nasceu sob forma da monarquia. No entanto, como os gregos, os romanos também inventaram a política: embora o paterfamílias tivesse poder absoluto (dominium) sobre a casa (domus), havia separação entre o espaço doméstico e o público, este constituído por três assembléias ou comícios:
Centurial | Poder para ratificar ou vetar as decisões do rei. |
Curial | Função consultiva |
Tribal | Era responsável pela eleição das magistraturas inferiores, classificando os cidadãos de acordo com sua tribo de origem. |
Havia também o senado (conselho composto pelos chefes das gens), que discutiam e votavam as leis, além de elegerem os magistrados. O senado possuía o poder soberano por ter a função legislativa. O rei era eleito por seus pares, com função executiva e judiciária.
Disputas e guerras civis entre o senado e o rei levaram ao fim da monarquia e à instalação, em 510 a.C, da república, que durará ate 46 a.C, até que Roma passe à condição de império, em 31 a.C.
Roma era socialmente divida entre patriciado (pais fundadores, grandes proprietários de terras e chefes de tribos e famílias) e plebe (descendentes dos pais fundadores, pequenos agricultores, comerciantes e artesãos pertencentes às camadas não proprietárias das tribos). Roma era uma republica oligárquica, governada pelos patrícios que detinham a magistratura, constituíam o senado e monopolizavam o poder religioso e militar. Uma das marcas da história romana é a reivindicação constante da plebe de participar no poder, uma vez que pagava impostos elevados e prestava serviço militar. Ao final de uma das guerras civis, em 470 a.C, a plebe conseguiu ter representantes no senado, os tribunos da plebe (patrícios eleitos pelas assembléias tribais, nas quais a plebe era majoritária). Dessa vitoria resultou a publicação da célebre Lei das Dozes Tábuas que reconhecia os direitos políticos da plebe. Após conquistar vários cargos, os plebeus tiveram sua vitória final em 287 a.C com a publicação da Lei Hortensia, que determinava que as decisões tomadas pelas assembléias plebéias, tornavam-se obrigatórias para todo o povo, aprovadas ou não pelo senado.
Os romanos se organizavam em ordens e estamentos, as ordens vieram da organização militar romana e os estamentos das condições econômicas e políticas impostas pela história de Roma. O funcionamento de ambos se realizava por intermédio do instrumento jurídico. Uma ordem é um grupo de indivíduos que goza de determinados privilégios, mas também é submetido a certas incapacidades em vários domínios e atividade (governamental, militar, legal, religiosa, econômica, matrimonial). Havia, em Roma, duas ordens fundamentais: patrícios e plebeus. Essa divisão social não significa necessariamente uma divisão de pobres e ricos, pois havia patrícios pobres e plebeus ricos. A ascensão dos plebeus à aristocracia instituiu a figura dos “homens novos”, plebeus ricos de uma pequena nobreza não hereditária. A nobreza, oposta à plebe pobre, aos escravos e aos estrangeiros sem cidadania romana, constitui um grupo social com poder econômico formado por patrícios, homens novos e amigos de Roma (título dado aos chefes e governantes locais na instituição da Pax Romana).
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