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FICHAMENTO: NOÇÕES DE HISTÓRIA DO PENSAMENTO FILOSÓFICO

Por:   •  31/5/2022  •  Trabalho acadêmico  •  1.884 Palavras (8 Páginas)  •  132 Visualizações

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FICHAMENTO:

NOÇÕES DE HISTÓRIA DO PENSAMENTO FILOSÓFICO: Antiguidade e Idade Média

“A proposta desse texto é apresentar uma visão panorâmica das principais ideias de pensadores e filósofos que formam a história do pensamento filosófico, com o objetivo de oferecer subsídios, para em primeiro momento, despertar o interesse pela filosofia e, como consequência, abrir horizontes para um aprofundamento nessa ciência que pensa a si mesma.” (p. 9)

[...]

“[...] A reflexão é identificadora do homem e de sua condição racional.” (p. 9)

“É da natureza humana a tendência de buscar o conhecimento; desse modo se pode afirmar vários níveis de conhecimento. Assim, o saber que faz parte do cotidiano de cada pessoa, fruto da vivência, é aquele chamado de senso comum [...].” (p. 9)

“[...] Alimenta-se das experiências de outros, da tradição, dos costumes, das crenças. As pessoas sabem, mas não sabem explicar o porquê, são incapazes de dar uma fundamentação.” (p. 9)

[...]

“[...] O saber que, fixando a atenção em um objeto, busca metodicamente conhecê-lo, de forma objetiva e sistemática para atingir a evidência dos princípios [...]”. (p. 9-10)

[...]

“O conhecimento científico se constitui em um saber especializado, estruturado conceitualmente, intelectualmente dominado, voltado para descrever, explicar e agir sobre o real. É desse modo um conhecimento objetivo, articulado num conjunto de concepções sistêmicas.” (p.10)

[...]

“[...] A filosofia é a ciência universal que procura as razões últimas, a essência de todas as coisas. Nesse ponto, a filosofia se distingue das demais ciências, pois enquanto estas se focam num recorte do real que transformam em seu objeto, a filosofia se ocupa de todas as coisas [...].” (p. 10)

[...]

“[...] Nesse sentido, pois, é possível dizer que a filosofia se fixa sobre todas as coisas, sobre a totalidade da experiência humana [...].” (p. 11)

[...]

“Ao se pensar uma história das ideias não há como fugir, de imediato, do critério cronológico que atende à sucessão no tempo histórico. Concomitantemente, colocando-se em destaque passagens e textos opta-se pelo processo de leitura que fomenta e estimula a reflexão.” (p. 11)

[...]

“Para quem quer alcançar um conhecimento mais aprofundado, é indispensável o contato com obras de História da Filosofia, que nenhum manual pode substituir [...].” (p. 12)

[...]

[...] São os gregos os iniciadores da filosofia porque, entre eles, estava desenvolvida mentalidade calcada numa clara concepção de homem e no poder da palavra, o que permitiu a valoração da reflexão [...].” (p. 13)

[...]

“[...] Entre esses elementos podem ser listados: a submissão aos governantes, muitas vezes identificados com a divindade, que agem de modo absoluto; o vínculo muito arraigado com as tradições; o culto dos antepassados; a aceitação quase incondicional da sabedoria dos mais idosos; a religiosidade que se impõe pelo temor aos deuses [...].” (p. 13)

[...]

“A Pólis é o centro que consolida a concepção de homem dos gregos, detentores de um comportamento racional que questiona, investiga, procura compreender. Um homem que precisa do espaço público para realizar a condição humana [...].” (p. 14)

“A religião grega, em sua fase primitiva, não é una. Há uma religião pública e há os grupos que se fecham em círculos herméticos revestidos de uma aura de mistério [...].” (p. 14)

“A religião pública compreende os deuses da Pólis, que não são transcendentes na medida em que, na organização cósmica, sua presença é estritamente natural e também não tem cunho escatológico [...].” (p. 14)

[...]

“A religião dos mistérios envolve práticas esotéricas, assinaladas pelo enigma e só dadas a conhecer aos já iniciados, isto é, àqueles aceitos como postulantes, que passam por períodos preparatórios de instrução, provação e doutrinação [...].” (p. 15)

[...]

“[...] A prática dos ritos e de juramentos hieráticos, de acordo com os órficos, purifica a alma e interrompe o ciclo de reencarnações. A libertação da alma é o prêmio para aquele que purgou os pecados [...].” (p. 15)

[...]

“[...] Na mente do homem há a tendência para a imaginação, envolvendo em mistério e sacralizando o que lhe parece inexplicável. A palavra grega mythos significa narração. Os mitos gregos são de uma riqueza e beleza extraordinárias [...].” (p. 17)

“O mito é uma narrativa permeada de sacralidade e segredo que responde aos temores do homem quando explica fenômenos naturais, o mundo da natureza hostil, dá sentido ao que é desconhecido e une os homens e os deuses [...].” (p. 17)

[...]

“[...] Observa-se nesse mito, que relata um evento primordial, que a ação dos deuses é atuar sobre coisas existentes [...].” (p. 17)

[...]

“[...] É possível entender o mito para além dos elementos fantásticos de que se serve. Por meio de metáforas e analogias ele transmite mensagens a serem interpretadas, decifradas para entender a significação e aprender o ensinamento enfatizado [...].” (p. 18)

[...]

“Há que se considerar um outro aspecto do mito: sua verdade. Embora se valendo de elementos de ficção. Em O Banquete, discurso de Aristófanes. 18 constitui uma forma de percepção do real. Ele é verdadeiro não no sentido do que narra, mas como a realidade cultural [...].” (p. 18-19)

[...]

“O poema épico expõe façanhas de deuses e heróis, enaltecendo a nobreza, a glória, o louvável para manter viva, na memória do povo, a grandeza dos feitos e criando modelos idealizados para serem imitados. Avida do comum dos mortais é insípida, maçante e sofrida. Narrados como se fossem vivências pessoais se plenificam na força de motivar para neles outros se espelharem.” (p. 20)

[...]

“Pela análise da religião, do mito e da poesia aparece a contribuição deles para a emergência da filosofia grega [...].” (p. 20)

[...]

“[...] Os conceitos de homem e de liberdade enraizados na religião, no mito e na poesia oportunizam atitude de romper barreiras, superar limites, ousar a convicção de pertencer a um grupo de pessoas ligadas pela isonomia, pela cidadania sem que a isso seja obrigado por imposições extrínsecas, dá ao grego a noção do seu valor por ser partícipe das decisões da própria vida e da Pólis. Do senso de liberdade brota o espírito indagador, do espanto, a investigação.” (p. 21)

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