FILOSOFIA: “A Pseudo Neutralidade Positivista Segundo Karl Otto Apel ”
Por: pradrianocosta • 2/5/2015 • Artigo • 6.063 Palavras (25 Páginas) • 758 Visualizações
FACULDADE ENTRE RIOS DO PIAUI - FAERPI
FILEMOM ESCOLA SUPERIOR DE TEOLOGIA - FEST
GRADUAÇÃO: LICENCIATURA EM FILOSOFIA
DISCIPLINA: FILOSOFIA
Autor: Adriano de Oliveira Costa
CPF: 88273440630
FILOSOFIA: “A Pseudo Neutralidade Positivista Segundo Karl Otto Apel ”
Nova Venécia – ES
2015
ADRIANO DE OLIVEIRA COSTA
“A Pseudo Neutralidade Positivista Segundo Karl Otto Apel”
Trabalho acadêmico apresentado à faculdade Entre Rios do Piauí – FAERPI, como requisito parcial para obtenção de grau de LICENCIATURA EM FILOSOFIA, Sob orientação da Filemon, Escola Superior de Teologia.
Nova Venécia,
2015
À minha esposa Elsemara, companheira leal; e ao meu filho Asaph por todo suporte dado em mais essa etapa de minha vida. Mas, principalmente a Deus, pois tudo o que tenho, o que pretendo e o que vier a ser, pertence a Ele.
RESUMO
No nosso mundo contemporâneo vivemos a era da globalização de forma intensa o que provoca uma troca entre as diferentes culturas. O resultado disso tem sido a constituição de um estado global que se instaurou com a sociedade do conhecimento. A geração técnico-científica tende a desprezar a influência que as concepções morais dos grupos particulares desempenham no cenário global. O fazer tecnológico influencia decisivamente todas as atividades produtivas do homem, que agora vê os seus anseios materiais satisfeitos de forma instantânea pela tecnologia. Deste modo, a atenção ao fator tecnológico parece suplantar mandamentos morais que desde outros tempos guiavam a ação e a convivência social das pessoas.
Nesse trabalho vamos analisar os estudos filosóficos de Karl Oto Apel, da segunda geração de pensadores da Escola de Frankfurt, no que diz respeito à crítica ao positivismo científico e suas prerrogativas de neutralidade. Desde a sua inauguração, o positivismo se coloca como um juiz imparcial nas suas análises, estas mediadas pelos métodos científicos para se comprovar uma teoria ou validar uma ideia. Apel vem a demonstrar que isso não passa de uma falácia exacerbada, fruto de uma análise temerária e subjetiva, mas, que se assume na forma objetiva e imparcial do cientificismo moderno.
SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO ...................................................................................................... 05
2. A FUNDAMENTAÇÃO DA ÉTICA ..................….................................................. 06
3 A QUESTÃO PARADOXAL .................................................................................. 08
4 UMA ÉTICA UNIVERSAL ..................................................................................... 09
5 O MITO DO POSITIVISMO ................................................................................. 10
5.1 O MITO DO PROGRESSO CONTÍNUO ............................................................ 13
5.2 O MITO DO TÉCNICO ESPECIALISTA ............................................................. 13
5.3 O MITO DA NEUTRALIDADE CIENTÍFICA ....................................................... 14
6 COMO SUPERAR O PARADOXO ....................................................................... 16
7 A TRANSFORMAÇÃO DA FILOSOFIA ............................................................... 17
8 CONCLUSÃO ........................................................................................................ 18
BIBLIOGRAFIA ......................................................................................................... 20
1 Introdução
Karl Otto Apel é um filosofo alemão que pertence a segunda geração da Escola de Frankfurt. Esta surgiu em 1923 e partiu da iniciativa de um grupo de pensadores alemães, entre eles Walter Benjamin, Max Horkheimer, Herbert Marcuse e Theodor W. Adorno, em formarem o Instituto de Pesquisa Social de Frankfurt. O objetivo desse instituto era proceder a um exame crítico da sociedade, em geral, e em seus aspectos econômicos, culturais e de produção de conhecimento, a partir de uma perspectiva marxista renovada, isto é sem estar presa, ao historicismo ou ao materialismo. Essa escola foi fundada em uma época de grandes transformações político/sociais alemã, que vinha de uma derrota arrasadora na I Grande Guerra (1914-1918). Adolf Hitler (1889-1945) chega ao posto de chanceler, em 1933, fazendo o instituto se mudar de endereço várias vezes, fixando-se primeiro em Genebra (Suíça), depois Paris (França) e finalmente Nova York (EUA), onde permaneceu até o final da II Guerra Mundial.
Em 1950 o instituto retorna para a Alemanha. Nessa época, já começava a se formar uma nova geração de pensadores políticos em Frankfurt, os mais proeminentes: Jürgen Habermas e Karl Oto Apel. Este último tornara-se doutor em filosofia pela Universidade de Bonn, em 1950. Depois de ter alcançado o título de Livre Docente na Universidade de Mainz em 1961, passou por diversos centros acadêmicos alemães até chegar a Frankfurt. Suas obras iniciais estavam voltadas para uma crítica da hermenêutica e do uso pragmático da linguagem, isto é à compreensão de todos os enunciados da língua como atos de fala que exercem uma ação no mundo. Em 1973, Apel publicou o artigo "O A priori da Comunidade de Comunicação" incluído na coletânea Transformação da Filosofia, onde lançou as bases de um novo paradigma pragmático para a filosofia. Karl Oto Apel é um dos críticos mais influentes do positivismo por considerá-lo redutor da razão. Ele elaborou trabalhos sobre a ética da discussão e é um dos transformadores da filosofia prática. A obra de Apel recebe influências tanto da filosofia analítica quanto do pragmatismo e da Teoria Crítica da Escola de Frankfurt. Vamos demonstrar por meio desse trabalho como os estudos desse filósofo alemão refutam o positivismo em sua autoafirmação de neutralidade e cientificidade como meio de se chegar a uma verdade.
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