FILOSOFIA E EDUCAÇÃO, CIDADANIA
Seminário: FILOSOFIA E EDUCAÇÃO, CIDADANIA. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicosPor: thaissantos8413 • 7/11/2014 • Seminário • 373 Palavras (2 Páginas) • 438 Visualizações
FILOSOFIA E EDUCAÇÃO , CIDADANIA.
Ninguém escapa da Filosofia. Mais dia, menos dia e o ser humano acaba deparando com o que Jaspers denomina de “questões fundamentais da vida”. Nessa hora, as ciências particulares emudecem. A mera opinião, alheia aos “porquês” do homem e da mulher, não dá uma palavra sequer. A Filosofia, ao contrário, “procura” e busca “ver” para ter algo a dizer.
A Filosofia sempre foi tratada no âmbito da educação básica brasileira como produto requintado, acessível à elite. Decantada nos discursos oficiais, mas maltratada na prática educativa, sua história é marcada pela exclusão. Já no período jesuítico, entre 1553 e 1758, só os colonos brancos podiam estudá-la. Enquanto isso, índios, negros, mestiços e pobres recebiam uma educação catequético-religiosa de segunda ordem. A partir daí, as “reformas” havidas no ensino passarão a responder pelo seu constante vai-e-vem n currículo escolar.
Até 1980 a Filosofia não se fez presente na educação básica, salvo honrosas exceções. De 1985 para cá, estão acontecendo ensaios diversos de introdução da Filosofia nos hoje ensino fundamental e médio. A Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional, de 1996, previu genericamente a volta da Filosofia, ao menos no ensino médio. Recentemente, o Ministério da Educação, a Câmara dos Deputados e o Senado Federal emitiram documentos nos quais estabelecem a obrigatoriedade do ensino de Filosofia e de Sociologia no ensino médio.
Dessa maneira, sob o saber filosófico nenhum preconceito pode abrigar-se. Mais: condicioná-lo a “pré-requisitos” como os aludidos anteriormente é perverter na raiz sua natureza de saber instituíste e que pode potencializar a liberdade. Ademais, apropriar-se da Filosofia é um direito inalienável de todo indivíduo, muito mais o será dos estudantes da educação básica de nosso país.
O vai-e-vem nas “reformas” marca a história da Filosofia entre nós. Como massa de modelagem nas mãos do artista, a Filosofia tem ganhado as mais diferentes formas nos currículos nacionais, menos, contudo a de um saber socialmente produzido e fundamental. Como massa continua massa ao poder da forma provisória que lhe é impressa, o saber filosófico continua o que sempre foi: saber importante, mas a pleitear seu pleno lugar ao sol. Ou será que ainda haverá escolas e colégios que tentarão negar a obrigatoriedade da filosofia que agora ela alcançou por força de lei?
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