Fichamento Base Biológicas do Comportamento
Por: maressat • 18/4/2024 • Resenha • 739 Palavras (3 Páginas) • 78 Visualizações
FICHAMENTO
Disciplina: Base Biológicas do Comportamento
Discentes: Dayanne Reis, Jhuly Simões Miranda, Leandra do Nascimento Barboza e Rhayssa Martins
BARTOSZECK, F. K.; CHANG, Y. C.; BARTOSZECK, A. B. Um Possível Papel da Neurofisiologia Básica na Explicação da Mente pela Psicologia. Revista Psicologia e Saúde, [S. l.], v. 1, n. 8, 2016. DOI: 10.20435/2177093X2016106. Disponível em: https://pssaucdb.emnuvens.com.br/pssa/article/view/486. Acesso em: 14 abr. 2024.
Resumo: O autor discute a interseção entre a fisiologia e a psicologia, buscando entender a atividade mental e comportamental humano. Inicialmente, explora-se a limitação da fisiologia em explicar completamente o comportamento humano devido à dualidade entre o substrato físico e mental. A neurofisiologia emerge como uma ponte entre essas disciplinas, buscando identificar os substratos materiais da atividade psicológica. A neurofisiologia, ao estudar os potenciais elétricos dos neurônios, oferece uma nova perspectiva para compreender o comportamento, como demonstrado em experimentos com a Aplysia sp. e coelhos, onde potenciais elétricos são correlacionados com aprendizagem e memória declarativa e não-declarativa.
Palavras-Chaves: Neurofisiologia; Psicologia; Mente
REGISTRO DE POTENCIAL COM MATERIALIDADE DA MENTE: NASCE A NEUROFISIOLOGIA
O surgimento da Neurofisiologia como a busca por correlações entre atividade mental e eventos físicos no cérebro.
Os métodos são desenvolvidos para registrar e para visualizar o potencial elétrico de uma célula nervosa ou neurônio.
Ling e Gerald (1949), estabeleceram uma possibilidade de identificar o potencial elétrico como substrato material da atividade psicológica, abrindo caminhos para uma compreensão mais profunda da relação entre esses processos elétricos e a função cerebral. A relação definitiva foi demonstrada na experiência feita na década de 70, com o reflaxo de retratação da branquia da Aplysia sp (a lebre do mar) - Kandel, Schwartz, Jessell -.
Observa-se que os estímulos condicionados podiam desencadear potenciais pós sinápticos sem a necessidade de estímulos incondicionados prévios, o que indicava a capacidade do cérebro de aprender novas associações.
Em 2000 a Neurofisiologia consolidou-se como uma disciplina dedicada na busca pelos substratos materiais da atividade mental,especialmente por meio do registro elétrico.
APRENDIZADO E MEMÓRIA DECLARATIVA E NÃO-DECLARATIVAS
Uma experiência, feita com o reflexo de piscadela da pálpebra do coelho, demonstrou que a alteração dos potenciais elétricos é o substrato das duas atividades psicológicas da aprendizagem-memória, declarativa e não-declarativa.
Aprendizagem declarativa: aprendida através de aulas ou instruções verbais, pode ser facilmente descrita oralmente e é armazenada no hipocampo.
Não-declarativa: aprendida através da prática ou experiência sensorial, não é possivel descrever oralmente como foi aprendido.
É conhecido no ser humano (Clark; Squire, 1998) que o CAT induz a aprendizagem-memória declarativa (uma lição no exemplo), e o CAR induz a aprendizagem-memória não-declarativa (bicicleta no exemplo).
Condicionamento Associativo de Traço (CAT): induz aprendizagem e memória declarativa, declara verbalmente.
Condicionamento Associativo Retardado (CAR): nduz aprendizagem e memória não declarativa, sem capacidade de declaração verbal.
O estímulo é aplicado pelo experimentador no condicionamento clássico, esse estímulo evoca uma resposta no sujeito.
O condicionamento operante, o estímulo é gerado pelo próprio sujeito.
O primeiro estímulo gerado pelo sujeito evoca a primeira resposta no mesmo sujeito.
A primeira resposta torna-se o segundo estímulo para evocar a segunda resposta.
Os estímulos e as respostas vão circulando no circuito neuronal da aprendizagem-memória pelo condicionamento operante até que a última resposta satisfatória é consolidada na memória desse sujeito.
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