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Filosofia e Filosofia da Educação

Por:   •  7/12/2021  •  Resenha  •  2.593 Palavras (11 Páginas)  •  206 Visualizações

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EAD210 FILOSOFIA E EDUCAÇÃO II

PROF. ANDRÉ DUARTE

II PERÍODO – PEDAGOGIA – Polo João Monlevade

Aluna: Monica Maria Fernandes de Paula Santos 

Filosofia da Educação

    1

ARANHA, Maria Lúcia de Arruda, Filosofia da Educação – São Paulo: Moderna, 2006.

3ª Edição

Filosofia e filosofia da educação

Abordagens compreensivas da realidade

Mito, religião, senso comum, ciência, arte, filosofia,

  • Não se excluem
  • Coexistem no nosso cotidiano
  • Fontes de conhecimento que historicamente tem maior ou menor ênfase dependendo da época ou do lugar

MITO

“O mito é um tipo de compreensão intuitiva da realidade.” (p18)

  • Dispensa argumentos e fundamentações
  • Prevalência de Crenças, mistérios
  • Transmitidos pela tradição cultural
  • Apelo ao sobrenatural (origem divina dos fenômenos)

Estrutura dominante nos povos tribais:

  • Abarca o agir, o pensar, o valorar – atuação constante dos deuses.
  • Ritualiza todas as atividades.

“[...] no mundo primitivo tudo é mito e tudo se faz por magia.” (p18)

Deixa de ser compreensão abrangente do real à medida que as relações sociais ficam mais complexas:

  • O saber torna-se menos mítico e mais racional, o agir menos mágico, mais técnico.

“[...] ainda ocupa lugar de destaque como modo fundamental de todo viver humano.” (p18)

  • Oferecidos pela religião, literatura, ideais políticos, mobilizam nossas convicções mais íntimas.

O SENSO COMUM

“Chamamos de senso comum o conhecimento herdado por um grupo social, cujas experiências fecundas continuam sendo levadas a efeito pelos indivíduos da comunidade.” (p19)

  • Não é conhecimento inferior “[...]desde que as pessoas saibam reelaborar a herança recebida” (p19)
  • É fragmentado, difuso, ametódico e assimétrico

O bom senso

  • retoma criticamente os saberes e valores recebidos
  • não depende de erudição ou estudo, mas da sabedoria

Ideologia

  • o que se entende por senso comum nas sociedades em que persiste a dominação ou exploração de um grupo sobre o outro.
  • Garante os interesses de classe

A CIENCIA

“Surgiu no século XVII quando Galileu estabeleceu as bases de um revolucionário método científico que transformou a física e a astronomia vigentes desde a Antiguidade grega em ciências modernas.” (p19)

  • Experimentação, materialização
  • Leis gerais e teorias
  • Saber rigoroso e elaborado
  • Transformações tecnológicas
  • Não exclui outros tipos de conhecimento
  • Reduz nossa experiência de mundo “[...] que se constitui também de intuições, imaginação, crenças, emoções e afetividade”. (p19)

A ARTE

  • Constitui um entendimento intuitivo de mundo
  • Não recorre a conceito logicamente organizados
  • Usa recursos que falam ao sentimento e à imaginação
  • Imaginação: mediadora entre o vivido e o pensado

A FILOSOFIA

Busca da verdade

O processo de filosofar

“[...] é amplo o campo de indagação da filosofia.” (p20)

  • A filosofia tem qualquer tema como objeto de reflexão.
  • O filósofo tem um outro olhar para os mesmos temas tratados pela ciência, pela religião e pela arte.
  • Filosofia não é um conhecimento, é atitude de questionar certezas e costumes
  • O filósofo desestabiliza certezas, questiona as verdades dadas e o que é convencional
  • Primeira atitude do filósofo: admirar-se - condição para problematizar
  • Dúvida – desencadeadora do processo crítico
  • Reflexão filosófica – pensar o já pensado e colocar em questão o que já se conhece.

“Segundo o professor Dermeval Saviane a reflexão propriamente filosófica é radical, rigorosa e de conjunto.” (p20)

  • Radical – busca as raízes da questão, explicita os fundamentos do pensar e do agir. “[...] ao questionarmos os fundamentos da educação fazemos filosofia da educação.” (p21)
  • Rigorosa – método explicitado, proceder rigoroso que garantem a coerência e o exercício da crítica. Linguagem rigorosa que evita ambiguidade
  • De conjunto – relaciona os diversos aspectos do todo, nada escapa ao interesse da filosofia, que pode examinar tudo.

Interdisciplinaridade da filosofia – permite estabelecer o elo entre os diversos tipos do saber e do agir humanos.

“[...] a reflexão e o pensamento crítico não são prerrogativas apenas do filósofo.” (p20)

À ciência compete a função de explicar a realidade, diferentemente a filosofia quer compreender a realidade. Compreensão que supõe a busca do sentido das coisas e da vida, processo de construção do vivido.

“[...] não entendemos o ser humano, o mundo, a vida fora de sua temporalidade. (p21)

ORIGEM DA FILOSOFIA

Começando nas colônias gregas Jônia e magna a filosofia ocidental surgiu na Grécia por volta dose séculos VII e VI a.C.

Antes da filosofia predominava o pensamento mítico, sobretudo representado pelas epopeias de Homero (Ilíada e Odisseia) e Teogonia de Hesíodo.

Pitágoras atribuiu ao novo tipo de reflexão o nome de filosofia. Os gregos inventaram conceitos, estimularam o debate argumentativo dessacralizando a natureza.

Filosofia filha da cidade (Jean Pierre Vernant) “[...]na pólis grega se desenvolveu o gosto pela discussão em praça pública. (p22)

Pré socráticos

  • primeiros filósofos - temas cosmológicos
  • Anteciparam a filosofia do período clássico, representada por Sócrates, Platão e Aristóteles.
  • Começaram a teorizar sobre o universo e a natureza

Período clássico

  • Ampliaram-se os temas, refletia-se sobre todos os setores da indagação humana
  • “Aristóteles estabeleceu a íntima ligação entre a filosofia e a ciência ao abordar a física, a astronomia e a biologia, o que persistiu durante toda a Antiguidade e a Idade Média “[...] o pensamento de Platão e depois de Aristóteles foram adaptados à visão cristã do mundo medieval.” (p22)

Revolução científica (Sec. XVII)

  • Separação entre filosofia e ciência (esvaziamento do conteúdo)
  • Especialização do saber - ciências particulares: física, astronomia, química, biologia, psicologia, etc
  • Ciências humanas - séc XX

“[...] cada cientista se especializa em recortes do real, o filósofo jamais renuncia considerar o objeto do ponto de vista da totalidade. “[...] cada ciência particular merece da filosofia um outro olhar que possibilite a reflexão do saber e da prática humanos. (p23)

Em todos os setores do conhecimento e da ação, a filosofia está presente como reflexão crítica a respeito desse funcionamento e desse agir.

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