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HISTORIA DA FILOSOFIA MODERNA ciclo 1 potifolio 1

Por:   •  14/6/2015  •  Exam  •  1.618 Palavras (7 Páginas)  •  414 Visualizações

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Com base nas leituras realizadas, elabore um texto dissertativo, de no mínimo duas e

no máximo quatro laudas, abordando os motivos que levaram à hierárquica Igreja Medieval a ser alvo de movimentos de reforma, o que representara o rompimento da unidade da Igreja Católica no século 16.

Em seu texto exponha também sobre:

• a proposta humanista de Erasmo;

• a Reforma Religiosa de Martinho Lutero;

• o conjunto de medidas adotadas pela liderança da Igreja Católica que originou o movimento denominado Contra-Reforma.

Para tratar da reforma é importante saber que por mais de 1500 anos, como o surgimento do cristianismo, o comportamento do homem foi moldado com base na determinação da teologia cristã.

Devido a um conjunto de acontecimentos, esse domínio começou a ser questionado e superado, dando espaço então ao que chamamos de filosofia moderna.

Começa então um novo período na filosofia, aonde o homem começa a se libertar da hierarquia imposta na época medieval. Aonde qualquer mudança de posição ocupada pelo individuo era considerado pecado.

O rompimento com essa hierarquia, faz com que comece  a surgir a mudança na construção que homem faz de si, o que provoca uma aproximação gradativa do homem à Deus. O homem começa a se tornar criador e artista da sua própria vida, e vislumbrar a possibilidade de criar “novos mundos”.

Essa nova visão rompe com a tradição medieval. O homem passa a  possuir valor por si mesmo.

Surge então a essência do humanismo Renascentista.

Podemos compreender o renascentismo, ao ressurgimento das idéias greco-romano na arte, na moral, na política e na educação. Sem querer reduzir tal momento a uma réplica do mundo antigo, pelo contrario, surge um tempo de novas descobertas científicas, geográficas e artísticas. E tudo isso começou quando a religião perdeu o monopólio sobre a vida espiritual dos homens.

No mesmo período e com a mesma intensidade surge o humanismo. O homem fora das trevas medievais, e das portas das universidades escolásticas, aprendia um universalismo novo, com um caráter mundano, livre e aberto. E essa efervescência levou pensadores, cientistas e artistas do renascimento, a descobrir uma nova medida para ele, “o universalismo”.

O humanismo se opunha a posição conservadora, estreita e dogmática da igreja. O novo homem tinham interesses enciclopédicos e educação humanitária.

Foi nesse ambiente então que surge uma reforma religiosa.

Estabelece-se o rompimento da unidade cristã, através da chamada “reforma”.

Foram os principais responsáveis pela reforma o humanista Erasmo e o teólogo e filosofo Lutero.

O primeiro introduziu traços humanistas na religião católica, e o segundo deu origem ao protestantismo.

Erasmo de Roterdã, nascido em 1466, filho de um padre, estudioso incansável, critico da cultura escolástica e exaltador da cultura clássica. Humanista, e sua obra mais conhecida é “Elogios da Loucura”.  Na virada do século 15 para 16 alcança seu apogeu, era reconhecido e mantinha contato com grandes intelectuais, autoridades políticas e religiosas, os quais tinham grande admiração e respeito pela sua grande cultura. O que leva a ser reconhecido como maior representante humanista europeu.

Como humanista ansiava, como outros pensadores, por uma mudança nos rumos da igreja daquele período. Com a radicalização de Lutero com relação a reforma, Erasmo preferiu ficar a margem das disputas ente católicos e protestantes. Convidado por Lutero para fazer parte de sua nova igreja, ele recusou afirmando que “preferia reformar a casa, não mudar de casa”.

Erasmo em 1524, resolve escrever uma obra intitulada livre–arbítrio, que se opunha as idéias sobre livre-arbítrio defendida Poe Lutero. Reafirmou sua fidelidade a igreja Romana. Porém por ter assumido uma posição de neutralidade, com o passar do tempo ele ficou isolado e sem segudores.

Algumas críticas de Erasmo são:

Atuando como mais como humanista do que um padre, e pela sua vasta cultura e atividades intelectuais, ele ficou muito mais próximo de um leigo humanista, do que um teólogo. Daí as criticas aos clérigos, a hierarquia católica, as praticas religiosas e a teologia da época. Criticava também, a vida monástica como distante da fé, e monopolizadora dos conteúdos da revelação, distanciando assim dos fiéis, e reduzindo a religião a apenas rituais de manifestações exteriores, ao invés  de torna-la uma atividade ética e espiritual.

Dentro da concepção filosófica de Erasmo, entre outras coisas, ele considerava que os cristãos deveriam renascer em Cristo, retornar a natureza bem criada.

Deste modo ele propunha um cristianismo que retomasse elementos da tradição clássica (pagã), que culminaria numa filosofia, numa ética, e numa forma de viver formulada nas próprias palavras de Cristo, acrescido de toda uma tradição filosófica pagã, e não numa teologia dogmática e especulativa.

Martinho Lutero levou a questão da reforma até as ultimas consequências, interferindo diretamente e de forma impactante na vida espiritual e política da época.

Isso resultou na ruptura da unidade cristã. Assim do ponto de vista da unidade da fé, a idade média chega ao seu termino. Iniciando a fase do mundo moderno.

O contexto histórico que culminou nessa ruptura da igreja era a seguinte:

A Igreja católica estava mergulhada em discussões teológicas, em cerimoniais complexos e de grande ostentação. Sem nenhum exemplo de vida, e cada vez mais distante povo.

Politicamente os reis queriam se livrar do controle excessivo da igreja de Roma. Nesse clima os fiéis cada vez mais aderiam aos movimentos reformadores, que pregavam a desobediência ao papa e ao clero Romano. Quando a igreja Romana tentou reformar-se, era tarde demais.

A reforma protestante ganhou força na Europa, por razões políticas e também como resposta ao anseio popular por uma espiritualidade mais interiorizada, sem exageros de festas, procissões, sinais de fé e da grande riqueza e ostentação da igreja católica.

Entre tantos escândalos surge então a correte protestante, que se torna então símbolo da revolta do povo contra a monopolização e abuso da igreja católica.

Lutero então se rebela definitivamente contra a igreja de Roma. E em 1517 fixa as 95 teses na porta da igreja da cidade de alemã de Wittenberg.

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