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HISTÓRIA DA FILOSOFIA NO BRASIL

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Por:   •  14/11/2014  •  Projeto de pesquisa  •  2.215 Palavras (9 Páginas)  •  337 Visualizações

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UNIVERSIDADE FEDERAL DO MARANHÃO – UFMA

CENTRO DE CIÊNCIAS HUMANAS

CURSO: LICENCIATURA EM FILOSOFIA

ADEMAR DE OLIVEIRA FRANÇA

TÓPICOS DE HISTÓRIA DA FILOSOFIA NO BRASIL

SÃO LUIS

20013

SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO 2

2 O CONCÍLIO DE TRENTO E FILOSOFIA METROPOLITANA 3

3 COMPANHIA DE JESUS E A FILOSFIA NA COLÔNIA 4

4 O ILUMINISMO NA ÁREA CULTURAL LUSÍADAS 6

5 CONSIDERAÇÕES FINAIS 8

REFERÊNCIA 9

1 INTRODUÇÃO

Este trabalho destina-se a apresentar de maneira sintética a chegada do pensamento filosófico no Brasil colônia. Busca-se ainda mostrar as raízes históricas da concepção de filosofia que os jesuítas difundiram através da educação, os caminhos do ensino de filosofia no Brasil colonial e sua marca no modo de ensinar filosofia no país.

É importante ressaltar que esse clima cultural escolástico que caracteriza as filosofias, portuguesa e colonial, marca profundamente, desde o início da colonização do país, os rumos da filosofia e da educação brasileira.

2 O CONCÍLIO DE TRENTO E FILOSOFIA METROPOLITANA

O Concílio de Trento é o nome de uma reunião de cunho religioso conhecido também como concílio ecumênico convocado pelo papa Paulo III em 1546 na cidade de Trento, na Itália. Conforme lemos:

O concilio de Trento (1545-1563) foi o mais longo da história da igreja: é chamado Concilio da Contra-Reforma. Pronunciou-se sobre as doutrinas dos grandes reformadores do século XVI e emitiu números decretos disciplinares (Dicionário Barsa p 333)

O Concílio tinha como objetivo estreitar a união da Igreja e reprimir os abusos. Em tal concílio, os teólogos mais famosos da época elaboraram os decretos, que depois foram discutidos pelos bispos em sessões privadas. Interrompido diversas vezes, o concílio durou 18 anos e seu trabalho foi concluído somente em 1562, tendo realizado 25 sessões plenárias em três períodos diferentes (1545 a 1547; 1551 a 1552; 1562 a 1563), quando afinal suas sessões foram solenemente promulgadas em sessão pública.

Para Reale e Antiseri (1990, p 121):

A importância desse concílio esta no fato de que ele a) tomou uma clara posição doutrinária acerca das teses dos protestantes e b) promoveu a renovação da disciplina da Igreja, tão invocada pelos cristão há muito tempo, dando precisas indicações sobre a formação e o comportamento do clero .

Todo o corpo das doutrinas católicas foi discutido à luz das críticas da doutrina protestante. O concílio condenou a doutrina protestante da justificação pela fé, proibiu a intervenção dos príncipes nos negócios eclesiásticos e a acumulação de benefícios; também definiu o pecado original e declarou, como texto bíblico autêntico a tradução de São Jerônimo denominada "vulgata" (popular, ou de uso popular, em latim). Os sete sacramentos foram mantidos, assim como o celibato clerical, indissolubilidade do matrimônio, o culto dos santos e relíquias, a doutrina do purgatório e as indulgências, recomendando a criação de escolas para a preparação dos que quisessem ingressar no clero, denominando-as seminários.

Com o concílio de Trento a Igreja readquire a consciência de ser Igreja. Busca retomar pensamento escolástico. Tem uma ativa militância por parte da companhia de Jesus e dos capuchinhos. Destaca-se a suma teológica de Tomas de Aquino. Com isso, todo pensamento filosófico era configurado em sentido ético e político. Desta maneira, havia um grande empenho na produção filosófica em justificar a supremacia da Igreja Católica.

3 COMPANHIA DE JESUS E A FILOSFIA NA COLÔNIA

O pensamento filosófico e seu ensino no Brasil nos remete ao renascimento e expansão europeia do século XV, a Reforma e a Contra Reforma católica, e a chegada dos Jesuítas juntamente com os portugueses na terra que denominaram de Brasil.

Destaca-se a influência dos jesuítas na ação educativa, ao período em que o país foi colônia de Portugal. Com isso, a constituição do pensamento filosófico brasileiro, desde a sua emergência na terra dos palmares, carrega em seu processo histórico a influência da tradição filosófica europeia, tanto no conteúdo quanto nos seus métodos de ensino marcados pela escolástica jesuítica.

O início da sociedade brasileira, tal como é veiculado pelos livros didáticos , é marcada em primeiro lugar pela colonização portuguesa, exploração e dominação. Com a expansão marítima e as colônias, a nova classe em ascensão busca caminhos alternativos para ampliar a acumulação de capital. Os portugueses garantem exclusividade da exploração diante das demais potências, transformando a colonização em um empreendimento comercial que domina e explora a mão-de-obra indígena e negra para a extração e produção de riquezas naturais e agrícolas para o mercado europeu. Com isso, podemos dizer que o modo como o Brasil foi colonizado marcou e influenciou profundamente o modo de pensar, de ser e de agir do brasileiro. Tanto nas questões econômicas, quanto nas questões políticas, educacionais, culturais e organizacionais da sociedade brasileira.

Desta maneira, a filosofia e o seu ensino atravessam o oceano juntamente com portuguesa. No momento em que a Europa estava passando por significativas transformações tanto socioeconômico quanto no político e cultural. A

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