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Historia Da Educação Na Idade média

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Por:   •  23/3/2014  •  1.963 Palavras (8 Páginas)  •  3.415 Visualizações

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INTRODUÇÃO

A Idade Média conhecida também como idade das trevas, abrange um período de mil anos, desde a queda do Império Romano até a tomada de Constantinopla. Após a queda do Império Romano o Império do Oriente, o Islã e a cristandade latina gestaram os novos tempos. A cultura medieval é uma mistura homogenia de elementos greco-romanos, germânicos, cristãos e também das civilizações de Bizâncio e do Islã.

Escolas monacais:

Com a queda do Império, escolas leigas e pagãs continuaram funcionando precariamente em algumas cidades e com a decadência da sociedade merovíngia as escolas entraram também em desagregação, então surgiram as escolas cristas, ao lado dos mosteiros e catedrais, e com isso os funcionários leigos do Estado passaram a ser substituídos por religiosos, que eram os únicos que sabiam escrever e ler. O monarquismo é um movimento religioso que começou lentamente com a vida solitária dos monges e com o tempo exerceu influência na cultura da Alta Idade Média. Criar escolas não era a finalidade principal dos mosteiros, porém as atividades pedagógicas tornaram-se inevitável à medida que era preciso instruir os novos irmãos, então começaram a surgir novas escolas monacais em que se aprendiam o latim e as humanidades, os melhores alunos coroavam a aprendizagem com o estudo da filosofia e a teologia. Os Mosteiros foram assumindo o monopólio da ciência, tornando-se principal reduto da cultura medieval, guardavam nas bibliotecas grandes tesouros da cultura greco-latina e traduziam obras para o latim adaptando algumas e reinterpretavam outras à luz do cristianismo.

ESCOLAS PALATINA

Durante o reinado de Carlos Magno (768-814), a Europa experimentou um notável desenvolvimento cultural que se tornou conhecido sob o nome de “Renascimento Carolíngio”. Incrementando o número de escolas nos mosteiros, conventos e abadias, Carlos Magno criou uma quase obrigatoriedade de fornecer instrução aos leigos por parte de uma Igreja. Estas escolas deveriam ser presididas por um eclesiástico - scholasticus - dependente diretamente do bispo, daí o nome de “escolástica” dado à doutrina e à prática de ensino assim veiculada.

Carlos Magno funda ainda, junto da sua corte e no seu próprio palácio, a assim chamada Escola Palatina que servirá de modelo a outras escolas que vão surgir, especialmente em França. Para apoio do seu plano de desenvolvimento escolar, Carlos Magno chamou o monge inglês Alcuíno. É sob a sua inspiração que, a partir do ano 787, foram emanados osdecretos capitulares para a organização das escolas o organizados os respectivos programas. Estes incluíam as sete artes liberais, repartidas no trivium e no quadrivium. O trivium abraçava as disciplinas formais: gramática, retórica, dialéctica, esta última desenvolvendo-se, mais tarde, na filosofia; o quadrivium abraçava as disciplinas reais: aritmética, geometria, astronomia, música, e, mais tarde, a medicina. Para cada matéria existiam determinadas obras fundamentais: o estudo da gramática é feito pelos manuais de Donato e Prisciano; o da retórica, tinha por base fundamentalmente Cícero complementado pela leitura de alguns poetas antigos, como Virgílio ou Ovídio;Aristóteles é o autor fundamental para a lógica (através do que da sua obra havia sido traduzido por Boécio). O programa incluía ainda a leitura da Bíblia acompanhada dos comentários dos Padres, particularmente de Gregório Magno.

EDUCAÇÃO DO CAVALEIRO

A cavalaria era uma instituição da nobreza, segundo o costume, o filho primogênito herdava as terras e com isso seus irmãos herdavam o clero ou a cavalaria. A aprendizagem das armas obedecia a um ritual severo, culminando a cerimônia religiosa. Na primeira etapa dos 7-15 anos, o menino servia como pajem em outro castelo, a segunda etapa começava quando o jovem tornava escudeiro, pondo-se a serviço de um cavaleiro, eles aprendiam a montar em cavalo, adestrava-se no manejo das armas e exercitava-se nas calçadas, aos 21 anos, as provas eram de valentia e destemor, os escudeiros eram sagrados cavaleiros de grande pompa civil e religiosa.

A EDUCAÇÃO DAS MULHERES

A sociedade feudal era um mundo predominantemente masculino. Em teoria, as mulheres eram consideradas inferiores aos homens; na prática, estavam sujeitas à autoridade masculina. Os pais promoviam os casamentos das filhas. As moças de famílias aristocráticas eram casadas geralmente aos 16 anos, ou ainda mais jovens, com homens muito mais velhos; as jovens aristocratas que não se casavam, tinham, com freqüência, de entrar para o convento. A mulher do Senhor estava à mercê do marido; se o aborrecesse, podia ser espancada. Mas a senhora do castelo desempenhava funções importantes, distribuía tarefas aos criados, preparava remédios, preservava alimentos, ensinava às jovens costurar, tecer e fiar, e, apesar da sua posição subordinada, era responsável pelo castelo na ausência do marido. Embora a igreja ensinasse que homens e mulheres eram preciosos aos olhos de Deus e que o casamento era um rito sagrado, alguns religiosos viam as mulheres como agentes do demônio, sedutoras malignas que, como a Eva da Bíblia, levava os homens ao pecado.

A formação das gentes de ofício e dos servos

Nas cidades, os servos libertos se ocupavam com diversos ofícios como o alfaiate, ferreiro, boticário, sapateiro, tecelão, marceneiro etc. Para alguém possuir uma oficina, precisava dispor de economias e provar que era capaz de produzir matérias-primas em sua especialidade, se fosse aprovado pagava uma taxa, recebia titulo de mestre e a licença para montar seu próprio negocio. Os aprendizes eles viviam na casa do mestre sem pagamento, alimentados por ele até o momento de se submeterem a um exame para se tornarem companheiros ou oficiais, portanto podiam trabalhar por conta própria. Como já sabemos, o trabalho nos feudos era realizado pelos servos. Cada servo, com sua família, plantava em um pedaço de terra. O servo era educado a respeitar as normas dos senhores feudais. Dentre as normas, citamos as seguintes: Se um senhor conquistasse ou herdasse um feudo, recebia também com ele os servos; recebia do Senhor a posse da terra( direito de morar e plantar ), com isso poderia sustentar-se e à sua família; Recebia a garantia de que o Senhor o protegeria contra qualquer inimigo externo; Não podia abandonar o feudo. Se ele fugisse o Senhor tinha o direito de persegui-lo e trazê-lo de volta; se conseguisse um outro Senhor que lhe desse acolhida, as coisas não mudariam em nada – continuaria submetido à servidão; Por intermédio de um contrato entre o servo e o Senhor, em troca

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