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Humilhação social

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Por:   •  14/10/2014  •  Tese  •  911 Palavras (4 Páginas)  •  242 Visualizações

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Humilhação social

Nas pesquisas podemos ver que muitas pessoas saem do interior para a cidade grande para melhora de vida, um exemplo: um trabalhador vindo do nordeste para São Paulo passam dias e mais dias a procura de um emprego e moradia e sendo muitas das vezes discriminados até pelo sotaque da cidade de onde nasceu, tendo preconceito da pobreza que lá existe, ao invés de recebê-los e ajuda-los frisam como pessoas atrasadas e analfabetas. Esses trabalhadores ficam chocados com a inospitalidade da cidade grande, mas solidariedade antiga de sua cultura não os compensaria á pobreza. Onde seus familiares sofrem muitas dificuldades, ganham pouco e vivem do trabalho já que em toda parte vive-se do trabalho, e assim a vida parece-lhes mais promissora em cidades grandes como São Paulo.

Isso os torna trabalhadores impedidos deixam de valer como resultados de colaboração e tornam-se indivíduos isolados. E sofrem humilhação social. São pessoas simples e humildes que só necessitam de oportunidades e um trabalho para sobreviver, muitos não percebem o mal que causam a essas pessoas, tristeza amargura, baixo estima e sem esperanças e com tudo o psicológico abalado, deixando seus familiares para trás em busca de uma vida melhor, eles o esperam com muitas esperanças, onde se frustram esses trabalhadores sem oportunidades viram até moradores de rua, ficando sem condições para voltarem para suas cidades.

Jessé Souza em seus livros discutiu e criticou as ideias de autores como Sergio Buarque de Hollanda e Luís Eduardo Soares entre outros. Os autores criticados por Jesse Souza são personalistas, patrimonialistas. Segundo Souza (2000), autores da clássica sociologia brasileira, ao tentarem construir em suas obras uma identidade nacional do povo brasileiro recai em uma “teoria emocional da ação que embora exalte as qualidades desse povo, não aborda as principais causas da desigualdade no país”.

A questão destacada por Souza (2000, p. 166, grifo do autor) é que esta ligação induzida na teoria de Buarque de Hollanda é demasiadamente direta: O que salta aos olhos na elaborada e refinada argumentação de Buarque e a afirmação de uma certa causalidade atávica, um principio ativo que atravessa séculos com diferenças apenas epidérmicas, meros disfarces do eterno retorno do mesmo: o personalismo gestado na colônia e herdado de Portugal. Ao analisar a obra de Raimundo Faoro, Souza (2000) identificará o mesmo personalismo já previamente defendido por Buarque de Hollanda. Avritzer (2001) afirma que ambos os autores poderiam ser enquadrados em uma categoria que Jessé Souza denomina de culturalismo atávico.

Para Souza (2006) os esquemas explicativos utilizados por Hollanda, Faoro e Da Matta tendem a perder sua relação com qualquer realidade mais ampla a partir do momento que eles tentam explicar o comportamento do brasileiro simplesmente pelo próprio comportamento do brasileiro e pela colonização portuguesa, abandonando uma interlocução mais totalizadora que abarque as construções singulares das modernidades periféricas, como é o caso do Brasil. Os autores idealizam outro Brasil mostrando somente as qualidades já Jesse os criticam em uma tentativa de mostras a realidade do Brasil onde o foco é a desigualdade social do povo brasileiro.

O psicólogo Fernando Braga da Costa por sua vez, aborda no livro Homens invisível: relatos de uma humilhação social, de 2004, o tema da invisibilidade e da humilhação social a partir de casos empíricos registrados em uma pesquisa realizada por ele. Ao cursar uma disciplina de psicologia social durante a graduação, este autor

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