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Idealismo de Platão

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Por:   •  11/2/2015  •  Seminário  •  1.157 Palavras (5 Páginas)  •  299 Visualizações

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O pensamento grego se funde com a fé judaico-cristã, mudando o foco filosófico para o teológico. A ética é transformada em moral, e tem o supremo princípio: “fazer o bem e evitar o mal”. Mas o recionalismo predominou por um período e manteve a pretenção de criar uma lei universal. A ética está além da moral, e esta por sua vez é perpassada pela cultura (tradição), pelas leis (Estado) e pela religiosidade (dogmas).

Em Platão e Aristóteles vocês conseguiram colocar as idéias principais e suas diferenças analisando o texto. Conforme vocês já comentaram, ambos procuram a felicidade como finalidade da vida humana, mas se diferenciam quanto ao enfoque, e dessa visão nascem suas teorias.

• Platão visa um ideal de bem, na busca das virtudes, e Aristóteles está mais direcionado para a prática dessas virtudes.

• Platão preocupa-se com o interior, e Aristóteles com o exterior.

• Agostinho e Tomás de Aquino seguiram por caminhos diferentes, assumindo as teorias dos dois pensadores acima, Agostinho optou por Platão e Tomás seguiu Aristóteles.

• Kant existe uma razão pura e prática, que por si só é capaz de determinar a vontade, sem recorrer a qualquer coisa empírica. Esse filósofo prima pela vontade e pela razão, que para ele exerce um papel universal. As ações são subjetivas, mas o imperativo é objetivo, pois vale para todos.

o idealismo de Platão também me impressiona mais, mas não descarto o realismo aristotélico em tese. O problema, a meu ver, seria o racionalismo exacerbado, não que Aristóteles esteja errado em buscar a justiça e a razão, e centrar sua ética em fatos concretos. Na verdade, a “realidade” pretendida nem sempre é a realidade vivida pelo sujeito, ela é em grande parte, ilusão, como muitos de vocês ressaltaram. Em minha opinião, Platão foi mais prudente, ao notar que nossas impressões dependem da linguagem, e que precisamos aprender a “olhar” o real, tomar consciência, ou dar-se conta, do que ele nos traz, cuidando para que nossas inferências não sejam precipitadas. Embora me posicione dessa forma, considero importantíssima a teoria

• aristotélica, pois ela nos chama a atenção para a busca do bem, da justiça e a felicidade, através do equilíbrio, do meio termo na busca dos bens, e procurar uma sociedade justa com a prática das virtudes.

Também discursamos em Kant sobre a razão movida pela vontade e pela liberdade, mas incentiva o individualismo. O racionalismo foi levado às ultimas conseqüências, e ainda hoje, racionalizamos praticamente tudo sem conhecer profundamente a própria realidade do que falamos. Em

• Habermas, compreendemos os meios em que a linguagem pode alcançar o consenso através da ética do discurso, mas foi pouco discutido por vocês quanto à credibilidade dos mesmos hoje, pois hoje vale ser convincente, mas nem sempre ético. Jonas nos faz refletir sobre a responsabilidade para com o planeta e com a vida, pensemos no destino da humanidade, e na destruição que está ocorrendo em nosso tempo. Rawls foi bem lembrado, é um ideal ético, mas pouquíssimo praticado e até utópico quanto à justiça social pretendida, mas é muito motivador. Lèvinas e Dussel trazem uma visão mais consciente da ética, destacando a descoberta do outro, a alteridade é o ponto máximo da ética, pois sem o reconhecimento do outro perdemos nossa identidade, uma ética que pode nos inspirar muito.

Destaco a presença de duas correntes que contribuem originariamente as discussões éticas acerca da riqueza como virtude, que gostaria de comentar: o idealismo platônico e o realismo aristotélico. Sabemos que Platão e Aristóteles, além do mestre Sócrates, pensaram em um ideal de vida pautado na razão, embora em diferentes vertentes, visando as questões da alma e do corpo. Os dois autores têm em comum a virtude em busca da felicidade. Certamente vocês não encontrarão diretamente uma resposta em Platão sobre os limites da riqueza, mas podem discursar sobre a justiça e as diferenças hierárquicas das classes, começando da classe trabalhadora, em que todos vivem em prol da sociedade organizada (polis). Ser um cidadão justo é o ápice da perfeição moral na busca do sumo bem. Em Aristóteles existe uma hierarquia de bens que são as virtudes, amizade, saúde, a suficiência de bens materiais e uma sociedade justa. A sua ética é finalista (finalidade), portanto, não descarta a possibilidade da “riqueza”, desde que esta não seja apenas o acúmulo de bens, pois ela serve apenas como um meio, não fim em si mesma (ter o necessário). Portanto, na visão social em Platão e Aristóteles não percebemos claramente que a elevação

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