Immanuel Kant

Immanuel Kant

Immanuel Kant (1724 - 1804) nasceu no dia 22 de abril de 1724, em Königsberg (hoje Calingrado), cidadezinha da Prússia Oriental, era filho de um negociante de origem escocesa e considerado o pai da filosofia crítica – considerado um dos maiores da história e dos mais influentes no ocidente.

Kant veio de família pobre e foi criado no seio da religião protestante. Sua educação foi baseada no pietismo – movimento encetado dentro do protestantismo, pelos fins do século XVII, na Alemanha, segundo o qual a verdadeira religiosidade baseava-se na autonomia da consciência, na piedade particular e nas obras de misericórdia, sendo o dogma secundário ou supérfluo.

Estudou no Colégio Fridericianum e na Universidade de Königsberg; nesta última tornou-se professor catedrático, depois de alguns anos como preceptor de famílias ricas. Kant não casou nem teve filhos. Era um homem extremamente metódico de estatura pequena e de físico frágil.

Outros acontecimentos relatados sobre sua vida (a impressão causada pela leitura das obras de David Hume, a admiração incontida pelo pensamento de Rousseau, a timidez ao proferir a primeira aula) são todos episódios com um único denominador comum: um cérebro que passou a vida investigando o universo espiritual do homem, à procura de seus fundamentos últimos, necessários e universais.

Kant era extremamente meticuloso, acordava sempre às 5 da manhã e tinha o dia rigorosamente dividido entre seus afazeres. A certa hora do dia, hora pela qual seus vizinhos podiam ajustar os relógios, fazia um passeio à pé. Ao que se sabe, por duas vezes faltou a esse passeio: quando estava lendo o ÉMILE, de Rousseau, e quando soube dos acontecimentos da noite de 4 de agosto de 1789, em Paris (evento fundamental dentro da Revolução Francesa, já que, no decurso de uma sessão acontecida nesta data, a Assembléia Nacional Constituinte Francesa pôs fim ao que restava do feudalismo na França).

A obra de Kant foi dividida em duas principais fases: pré-crítica e crítica.

A fase pré-crítica (período que dura até 1770) diz respeito à filosofia conhecida como dogmática – as idéias colocadas apresentam-se como certas e indiscutíveis – recebeu influência de Gottfried Wilhelm von Leibniz (1646 – 1716), filósofo, cientista, matemático, diplomata e bibliotecário alemão e Christian von Wolff (1679 – 1754), importante filósofo alemão.

Desempenha admiráveis estudos na área que abrange as ciências naturais e no que diz respeito à física estudada por Newton.

De todas as obras editadas nesta fase salienta-se “A História Universal da Natureza” e “Teoria do Céu”, de 1775, obra na qual discursa sobre a famosa teoria cosmológica da “nebulosa” para esclarecer como surgiu e progrediu o nosso sistema solar.

A segunda fase fala sobre o período em que se sai do transe da “letargia dogmática” graças ao choque que a filosofia do famoso filósofo Hume provocou.

Kant publica “A Crítica da Razão Pura”, “Crítica da Razão Prática”, “Critica da Faculdade de Julgar”, obras nas quais evidencia o contrassenso de se estabelecer um princípio filosófico que estude a essência dos seres antes que se tenha antecipadamente averiguado o alcance de nossa capacidade