Irmãos Naves

RELATO DO CASO

Em 1937 na cidade mineira de Araguari os irmãos Naves, Sebastião e Joaquim eram trabalhadores que compravam e vendiam cereais. Joaquim também era sócio de seu primo, Benedito Pereira Caetano.

Benedito compra muitas sacas de arroz, gasta 136:000$000 (cento e trinta e seis contos de réis), esperando revender e ter um bom lucro. Mas com a grande queda dos preços Benedito vende o carregamento por uma pequena quantia, vendo que não conseguiria ter lucro e ainda teria uma parte da divida para pagar, sacou todo o dinheiro e no dia 29 de Novembro desapareceu.

Os irmãos Naves, constatando o desaparecimento, procuram Benedito, pela vizinhança, no comprador de sacas de arroz e até na casa do fornecedor. Com o passar do tempo, eles procuram a polícia, relatando, ao delegado Ismael do Nascimento, o que havia ocorrido. O Delegado inicia as investigações e não demora a formular de que os irmãos Naves seriam os responsáveis pela morte de Benedito.

Submetidos a torturas as mais cruéis possíveis, privados de alimentação e visitas, os irmãos resistiram até o esgotamento de suas forças físicas e morais. Também as esposas e até mesmo a mãe deles foram covardemente torturadas.

O advogado dos irmãos (João Alamy Filho), jamais desistiu de provar a inocência de seus clientes. Os irmãos Naves são pronunciados para serem levados ao Tribunal do Júri, dos sete jurados, seis votam pela absolvição dos irmãos Naves.

Após cumprirem 8 anos e 3 meses de pena, os irmãos, por comportamento exemplar, são livres condicionalmente, em agosto de 1946.

Joaquim Naves falece como indigente após longa e penosa doença, em 28 de agosto de 1948,

Sebastião inicia a busca pela prova de sua inocência, ele vai até Nova Ponte acompanhado de policiais onde seu primo diz ter visto Benedito chegando lá confirmou que Bendito estava vivo, alguns dias depois foi preso. Dias após sua prisão, a família de Benedito que iria esclarecer sobre seu desaparecimento, morre tragicamente em um acidente de avião.