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Metafisica

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Por:   •  19/3/2015  •  1.268 Palavras (6 Páginas)  •  242 Visualizações

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.Os filósofos hoje ditos "pré-socráticos", procurando explicar a existência física do mundo, teriam considerado apenas a causa material em sua formação 4 , ao passo que Aristóteles aponta a existência de outras três, a eficiente, a formal e a final. As quatro causas seriam quatro sentidos de responder à pergunta por quê? E encontrar o que é primeiro em algo é conhecer o que lhe é próprio, seus atributos essenciais, opostamente aos atributos acidentais. A ciência superior do ser enquanto ser, portanto, seria também a ciência dos primeiros princípios e das primeiras causas. Delimitar os contornos desta ciência 5 , é o que é tratado na Metafísica. Substância, qualidades (como a beleza e a fealdade), quantidade (como a extensão ou duração) e relações (como a igualdade ou desigualdade, superioridade e inferioridade) são alguns princípios ou categorias do pensamento, de acordo com Aristóteles, este eleva algumas vezes, até dez o número de categorias, mas tudo termina por reduzir-se aos ter grupos principais que são além do ser em si mesmo, que se diz que uma coisa é, a saber: por acidente, como verdadeiro e como falso e em potência e em ato. 6

Veja o que diz Aristóteles:

INTRODUÇÃO

Vamos adentrar um pouco no universo Aristotélico conhecendo os conceitos sobre a natureza da existência onde, Aristóteles como fundador da anatomia e da fisiologia comparada, chama a Ciência do Ser, como “Filosofia primeira” ou Metafísica. Porém o que podemos entender por verdadeiro Ser? Segundo ele o verdadeiro Ser não é algo universal. Existe em cada Ser algo simples e indivisível que se opõe a todo o resto e se distingue dele. Somente os indivíduos são verdadeira e propriamente seres, substâncias, unidades, pois somente eles existem em si. No indivíduo mesmo,

As palavras sem combinação umas com as outras significam por si mesmas uma das seguintes coisas: o que (substância), o quanto (quantidade), o como (qualidade), com o que se relaciona (relação), onde está (lugar), quando (tempo), como está (estado), em que circunstância (hábito), atividade (ação) e passividade (paixâo). Dizendo de modo elementar, são exemplos de substância, homem, cavalo; de quantidade, de dois côvados de largura, ou de três côvados de largura; de qualidade, branco, gramatical; de relação, dobro, metade, maior; de lugar, no Liceu, no Mercado; de tempo, ontem, o ano passado; de estado, deitado, sentado; de hábito, calçado, armado; de ação, corta, queima; de paixão, é cortado, é queimado (Cat., IV, 1 b).

Se diz que uma coisa é, a saber: por acidente, como verdadeiro e como falso e em potência e em ato. 6 O ser acidental pode ser dito como verdade, mas não uma verdade necessária ou habitual, e sim contingente. O ser como verdade implica aceitar que dizer que uma coisa é, é aceitar que ela é verdadeira, ao passo que dizer que uma coisa não é, é dizer que ela não é verdade, isto tanto na afirmação como na negação. O ser como verdade e falsidade está ligado, portanto, à lei de não contradição que Aristóteles formulou. A "metafísica" não estuda o ser 7 como acidente nem o ser como verdade. O primeiro não pode receber nenhum tratamento científico, pois existem infinitos atributos acidentais.” A casa que agrada a mim pode não agradar você “ explica Aristóteles 8. Oser como verdade não é estudado pela Metafísica porque este pertence não a objetos, mas a estados de espírito. Esse estudo caberia mais à lógica do que à metafísica. Os outros dois sentidos, o ser como essência – que subsiste por si mesmo, o qual diz que uma coisa é propriamente – e o ser em ato e potência são tratados pela Metafísica. A substância é a categoria primeira no que diz respeito ao ser, anterior às outras categorias por existir à parte (como coisa individual) e por ser anterior no conhecimento. Ou seja, a substância é anterior no logos (na definição, pois ao definirmos as outras categorias precisamos definir uma substância ao mesmo tempo, ou seja, as outras categorias dependem dela), na ordem de conhecimento (conhecemos melhor uma coisa ao saber o que ela é, mais do que sabendo suas qualidades, quantidades, etc.) e no tempo (a substância é anterior às outras categorias que subjazem a ela). 10 A substância é aquilo "que não pode ser afirmado de um sujeito, mas aquilo de que todo o resto é afirmado". Ou como afirma Aristóteles em 1028 a 29-30, é em virtude da substância que as outras categorias também são. A substância não é a ausência de determinações, visto que tudo o que é, é um isto, ou seja,

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