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Por: Deyvid Isaias • 12/11/2015 • Artigo • 810 Palavras (4 Páginas) • 423 Visualizações
Fichte e Schelling
Chirleidy de Medeiros Silva, 04, 3° F.
Segundo Fichte a última condição do processo de conhecer é a existência do eu como principio da consciência. É a existência do sujeito como centro que torna possível o conhecimento e lhe dá forma, pois é o sujeito que organiza o conhecimento do objeto, ao passo que este apenas se encaixa nos moldes da percepção humana. Schelling discorda de Fichte no que se refere à ideia de que a realidade exterior seria produto da concepção do eu. Para Schelling, existe um único princípio, uma coisa, isto é, o ser humano ou, mais geralmente, oque chamamos razão.
Palavras-chaves: Pensamento sistêmico, saber absoluto, Idealismo Alemão, Liberdade, Natureza, Razão.
Fichte foi um pensador sistemático. O pensamento sistêmico tem pelo menos três implicações. Primeira, que nosso conhecimento e juízos, seguem-se ou podem ser inferidos de pressuposições frequentemente não provadas e inconscientes. Segunda, que as estruturas fundamentais do saber estão conectadas. Se na terceira implicação, o saber, que as pressuposições subjacentes aos nossos conhecimentos e juízos e as estruturas que mediam entre eles podem ser reduzidos a um ponto de partida, um princípio, e dele podem ser derivados:
Epistemologia (Ramo da filosofia que se ocupa dos problemas que se relacionam com o conhecimento humano, refletindo sobre a sua natureza e validade.) tenta deduzir de uma determinação fundamental da consciência, não cabe aqui dizer de qual, todas estão necessariamente conectadas com uma principal. Assim, as exigências de princípio e de consistência do pensamento sistêmico são elevadas. Por mais estranha, problemática e até mesmo perigosa que essa exigência sistemática possa parecer ao nosso pensamento afeito ao pluralismo e refratário (Rebelde) à univocidade (Qualidade ou caráter de unívoco), para compreender-se o pensamento de Fichte é necessário refletir profundamente sobre esses problemas filosóficos, ou seja, a relação de multiplicidade vs. unidade, principalidade (Qualidade do que é principal) vs. Arbitrariedade (Procedimento caprichoso), e as respectivas consequências epistemológicas, mas também éticas e ideológicas.
A área mais interessante e fértil da Fichte-Forschung atual consiste provavelmente em perseguir e analisar a mudança semântica de conceitos filosóficos fundamentais sob as perspectivas sistemáticas escolhidas circunstancialmente por Fichte. Absolutizados, os pontos de vista empírico, moral, jurídico, religioso e científico são unilaterais e, por consequência, falsos ou inválidos. Somente a clarificação dos limites entre validade e exigência ou pretensão nos quadros de uma fundamentação sistemática propicia de um ponto, de apoio seguro e verdade a seu saber. A Doutrina da Ciência de Fichte revela-se nesse aspecto uma precursora de um agora sistematicamente fundido e perspectivo.
Schelling foi um filosofo idealista. Entre 1797 e 1800 publicou em rápida sucessão de trabalhos sobre a sua filosofia da natureza, ("Ideias para uma filosofia da natureza") e ("Sistema do idealismo transcendental"). Ele foi outro daqueles filósofos idealistas de maior destaque na Alemanha, no primeiro quarto do século XIX, ocupado em demonstrar o erro do kantismo, para o qual a liberdade e Deus constituíam a uma coisa única, o "absoluto", e a filosofia de Hegel, para quem o absoluto era um sistema lógico universal, que regia o mundo. Para Schelling o homem era absoluto, uma matriz única da qual se diversificam todos os seres. Em tudo quanto é e quanto existe há, segundo ele, uma fundamental identidade. Todas as coisas, por mais diferentes que pareçam vistas de certo ponto, vêm fundir-se na matriz idêntica de todo ser que é o absoluto. A realidade é uma evolução, e se manifesta por etapas sucessivas. Passa de natureza inorgânica, a natureza orgânica, e desta a espirito. No fenômeno da vida a natureza está unida com algum elemento espiritual. Também na natureza inorgânica está presente o espírito, imprimindo ordem aos átomos, como nos cristais. No caso do cristal hexaedro há um espírito hexaédrico dentro dele. Em qualquer coisa que tomamos encontramos a identidade profunda do absoluto. Criticou Hegel e Fichte que tinham sempre visto a natureza somente como um objeto em sua subordinação ao Homem. A filosofia de Schelling ganhou importância em conexão com o a filosofia existencialista e a antropologia filosófica que valorizam o pensamento dele da natureza humana determinada não apenas pela razão, mas também por obscuros impulsos naturais.
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