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Netodo de analise

Por:   •  29/4/2015  •  Trabalho acadêmico  •  832 Palavras (4 Páginas)  •  234 Visualizações

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Anápolis, 29 de abril de 2015        
Disciplina: Introdução à Filosofia        
Professor: Antônio Alves de Carvalho        
Aluno: Eduardo Sousa Guedes

AS REGRAS PARA SE BEM CONDUZIR A RAZÃO

As verdades matemáticas foram às primeiras que Descartes adotou como certas e inquestionáveis. Certamente é por isso que o Discurso sobre o método se inspira na matemática. Isso se deve, provavelmente, por causa da sua certeza, seu rigor e clareza, pré-requisitos essências para construir uma filosofia sob um fundamento sólido e universal. Na citação a seguir fica bem claro como as incertezas acerca das opiniões que adquirira, na época da escola, perturbaram o seu processo de fundamentação das ciências.

Há já algum tempo eu me apercebi de que, desde meus primeiros anos, recebera muitas falsas opiniões como verdadeiras, e de que aquilo que depois eu fundei em princípios tão mal assegurados não podia ser senão mui duvidoso e incerto; de modo que me era necessário tentar seriamente, uma vez em minha vida, desfazer-me de todas as opiniões a que até então dera crédito, e começar tudo novamente desde os fundamentos, se quisesse estabelecer algo de firme e de constante nas ciências (DESCARTES, 1988, p. 17).

Depois de optar pelas vantagens da matemática, o filósofo propõe um conjunto de regras, que servem para organizar o pensamento. Elas derivam de partes mais simples, (originárias da intuição1), e alcança as mais complexas (originárias da dedução2).

A primeira regra é a da evidência ou da verdade, que consiste em não reconhecer nenhuma coisa como verdadeira se eu não a conhecer como tal, através dos diversos questionamentos. Ou seja, é preciso evitar todo e qualquer tipo de precipitação e desconfiança, só se deve aceitar aquilo que for verdadeiro, claro e distinto. A prática e o exercício dessa atitude é que vai representar o critério primeiro para construção da verdade, segundo Descartes.

A segunda regra é a da análise que consiste em dividir as dificuldades em partes menores para poder resolvê-las, ou seja, partir das dificuldades mais complexas para as mais simples.

A terceira regra é a da síntese que consiste em ordenar o pensamento a partir dos assuntos mais simples para, posteriormente, alcançar os mais complexos.

A quarta e última regra é a da enumeração que consiste em fazer desmembramentos exaustivos para evitar omitir qualquer coisa. Na verdade, na prática, é trabalhar com especificações tão exatas e revisões tão abrangentes, que possa garantir que nada seja esquecido. Essas longas cadeias de razões, tão simples e fáceis, de que os geômetras costumam servir-se para chegar às suas mais difíceis demonstrações, levaram-me a imaginar que todas as coisas que podem cair sob o conhecimento dos homens encadeiam-se da mesma maneira, e que, com a única condição de nos abstermos de aceitar por verdadeira alguma que não o seja, e de observarmos sempre a ordem necessária para deduzi-las umas das outras, não pode haver nenhuma tão afastada que não acabemos pra chegar a ela e nem tão escondida que não o descubramos (DESCARTES, 2007, p. 36).

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