TrabalhosGratuitos.com - Trabalhos, Monografias, Artigos, Exames, Resumos de livros, Dissertações
Pesquisar

O Bruno Latour

Por:   •  19/11/2019  •  Resenha  •  653 Palavras (3 Páginas)  •  234 Visualizações

Página 1 de 3

FURLAN, Reinaldo. Uma revisão/discussão sobre a filosofia da ciência. Panéia, 12 (24), 2002, PP. 125-138

O autor discorre  sobre  a forma  de pensar e agir alguns filósofos, tais como: Popper, Francis bacon e Kuhn.  Sempre procurando uma afinidade entre a construção do pensamento crítico e o conhecimento científico. Nesse diapasão, busca estimular a reflexão sobre a natureza do saber, com a finalidade  de que a partir da exposição e discussão de algumas idéias associadas à prática científica propriamente dita, possam servir de alicerce para incentivar o pensamento.

Não obstante, discute os conceitos de paradigma e de ciência normal. Sendo que o primeiro atua como um mapa ou roteiro de uma determinada ciência, formando critérios para a solução de seus problemas e das propostas para a resolução desses contratempos.

Para Kuhn, a ciência divide-se em duas áreas: Normal e extraordinária. Na normal, os fatos e dados se acumulam e somam-se, desse modo construindo um pensamento desenvolvido e consistente. Enquanto que a ciência extraordinária  seria aquela em que uma nova ideia chega da forma que as velhas sejam tratadas como ultrapassada , assim  são substituídas  pelas novas.

Kuhn também assume a idéia da importância do papel da teoria nas experiências, ou de que um sentido global de mundo participa sempre do das percepções. Critica, portanto, a possibilidade de uma linguagem neutra na observação, ou o mito de que a experiência dos sentidos é fixa e neutra.

Bacon acreditava na possibilidade de uma experiência despida dessas interferências que distorciam seu verdadeiro sentido, a ser conquistado pela atitude científica. Cautela na observação, suspensão das idéias recebidas da educação e precisão no uso da linguagem. Bem como, o desenvolvimento de experiências criadas especificamente para atender aos fins da interrogação científica. A partir dessas observações a ciência deveria inferir gradualmente os princípios mais gerais da natureza. Sendo assim, o conhecimento científico poderia ser certo e seguro, e por isso ele não admitia hipóteses na Ciência, sobretudo aquelas da metafísica que visavam às razões últimas das coisas, e que ultrapassavam as passíveis de experimentação.

Popper, crítica o  princípio da indução na explicitação do método científico. Pois não possui um fundamento lógico, puramente racional. Nada poderia assegurar a validade lógica do proceder indutivo, pois seria perfeitamente possível, seguindo veementemente o método indutivo atingir conclusões inválidas. Por mais numerosa e exaustiva que a confirmação empírica possa ser, a inferência indutiva, ao pretender justificar um saber universal, não possui legitimidade congruente. O autor aceita, do ponto de vista lógico, isto é, de que a partir da observação da regularidade de determinados eventos, não é possível prever com alto grau de certeza a mesma sucessão de eventos.

Persuasão, portanto, que pode levar a uma nova forma de ver e de pensar o mundo, cuja passagem, entretanto, está mais próxima da conversão religiosa do que do convencimento racional. Isto é, a conversão completa seria uma mudança profunda na "visão" de mundo, havendo boas razões para fazê-la e a possibilidade de "tradução" de parte da linguagem do outro para o novo paradigma, mas o acordo entre os grupos rivais nesse processo de "tradução" não é fundado logicamente, porque o que está em jogo aqui não são leis, passíveis de correção no interior de cada paradigma, mas definições que fundamentam os próprios paradigmas.

...

Baixar como (para membros premium)  txt (4.3 Kb)   pdf (41.5 Kb)   docx (8.2 Kb)  
Continuar por mais 2 páginas »
Disponível apenas no TrabalhosGratuitos.com