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O CONCEITO E HISTÓRIA DO TERMO ESTÉTICA

Por:   •  10/11/2017  •  Seminário  •  2.262 Palavras (10 Páginas)  •  4.124 Visualizações

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SUMÁRIO

1. INTRODUÇÃO 2

2. DESENVOLVIMENTO 2

2.1. CONCEITO E HISTÓRIA DO TERMO ESTÉTICA 2

2.2. O BELO E O FEIO: A QUESTÃO DE GOSTO 3

2.3. GOSTO E SUBJETIVIDADE 5

2.4. ATITUDE ESTÉTICA 5

2.5. A RECEPÇÃO ESTÉTICA 6

2.6. A COMPREENSÃO PELOS SENTIDOS 7

3. CONCLUSÃO 7

REFERÊNCIAS 9

1. INTRODUÇÃO

A estética é o ramo da filosofia que se ocupa em investigar a essência da beleza, compreendendo as emoções, ideias e juízos que são despertados na observação e interpretação simbólica do mundo e da arte. Simultaneamente é uma ciência autônoma que tem por objeto o juízo de apreciação que distingue o belo e o feio, e que envolve sempre a relação entre um objeto e um sujeito. No entanto, a área é ainda mais ampla, pois possui subdivisões, como a recepção, atitude e a estética teórica, bem como a compreensão pelos sentidos que envolvem questões subjetivas e o gosto (RAMOS, 2017).

Pensando assim, podemos afirmar que a estética discute o gosto, um conceito ligado ao julgamento dos objetos pela sensibilidade, conhecimento e reconhecimento. Concepções categorizadas pelo senso comum como preferência, mas que depende de valores, contextos, momentos históricos. Neste sentido, é importante mencionar que o significado da beleza sofreu alterações no decorrer da história e este fato, é claro, interfere diretamente nas compreensões e possíveis conceitualizações da própria arte (RAMOS, 2017).

2. DESENVOLVIMENTO

2.1. CONCEITO E HISTÓRIA DO TERMO ESTÉTICA

Etimologicamente, a palavra estética vem do grego aisthetiké, que se refere a tudo aquilo que pode ser notado, percebido ou compreendido pelos sentidos. A estética é uma ciência que remete para a beleza e também aborda o sentimento que alguma coisa bela desperta dentro de cada indivíduo. A ligação da estética com a arte é ainda mais estreita se considerada que o objeto artístico é aquele que se oferece ao sentido e a percepção, por isso podemos compreender que enquanto disciplina filosófica, a estética tenha também se voltada para a teoria da criação e percepção artística, sendo conhecida como a filosofia da arte, ou estudo do que é belo nas manifestações artísticas e naturais (VILHENA, 2006).

2.2. O BELO E O FEIO: A QUESTÃO DE GOSTO

O conceito de estética foi introduzido na filosofia por Alexander Baumgarten em 1750, para descrever aquilo que na sua altura se chamava de "crítica do gosto", referindo-se à cognição por meio dos sentidos. Para ele a estética tinha exigências próprias, pois alia a sensação e o sentimento à racionalidade. Nesse contexto, Baumgarten define a beleza estética como “a perfeição” à medida que é observável como fenômeno do que é chamado gosto. Kant daria continuidade a esse uso, utilizando a palavra "estética” para designar os julgamentos de beleza, tanto na arte quanto na natureza. A partir do século XX, a constatação da existência de muitos valores estéticos além da beleza levou o objeto da estética a deixar de ser "a produção voluntária do belo". Com esta ampliação o conceito passa a se referir, além de aos julgamentos e às avaliações, também às qualidades de um objeto, às atitudes do sujeito para considerar o objeto e, principalmente, à experiência prazerosa que o indivíduo pode ter diante de uma obra de arte. Mais importante do que tudo, o estético passou a denominar outros valores artísticos, que não só beleza no sentido tradicional (VIEIRA, 2017).

Vieira (2017) conta que de Platão ao classicismo, os filósofos tentaram fundamentar a objetividade da arte e da beleza. Para Platão, a beleza é a única ideia que resplandece no mundo. Se, por um lado, ele reconhece o caráter sensível do belo, por outro, continua a afirmar sua essência ideal, objetiva. Segundo o pensamento platônico, somos obrigados a admitir a existência do "belo em si" independentemente das obras individuais que, na medida do possível, devem se aproximar desse ideal universal.

Ainda segundo o autor, o classicismo vai ainda mais longe, pois deduz regras para o fazer artístico a partir do belo ideal, fundando a estética normativa. É o objeto que passa a ter qualidades que o tornam mais ou menos agradável, independentemente do sujeito que as percebe.

Vilhena (2006) menciona que nos séculos XVII e XVIII, do outro lado da polêmica, os filósofos empiristas Locke e Hume relativizam a beleza ao gosto de cada um, da presença ou ausência de prazer em nossas mentes ao julga-la. Neste sentido, a beleza ela não é uma qualidade das coisas, mas só um sentimento na mente de quem a contempla. Aquilo que depende do gosto e da opinião pessoal não pode ser discutido racionalmente, donde o ditado: "Gosto não se discute". O belo, portanto, não está mais no objeto, mas nas condições de recepção do sujeito.

O autor ainda comenta, que no século seguinte, Kant, numa tentativa de superação dessa dualidade objetividade-subjetividade, afirma que o belo é "aquilo que agrada universalmente, ainda que não se possa justificá-lo intelectualmente". Para ele, o objeto belo é uma ocasião de prazer, cuja causa reside no sujeito. O princípio do juízo estético, portanto, é o sentimento do sujeito, e não o conceito do objeto. No entanto, há a possibilidade de universalização desse juízo subjetivo porque as condições subjetivas da faculdade de julgar são as mesmas em todos os homens. Belo, portanto, é uma qualidade que atribuímos aos objetos para exprimir um certo estado da nossa subjetividade. Sendo assim, não há uma ideia de belo nem pode haver regras para produzi-lo. Há objetos belos, modelos exemplares e inimitáveis.

Hegel, em seguida, introduz o conceito de história ao estudo do belo, e, a partir do século XIX, a beleza muda de face e de aspecto através dos tempos. Essa mudança (devir), que se reflete na arte, depende mais da cultura e da visão de mundo vigentes do que de uma exigência interna do belo (VILHENA, 2006).

Hoje em dia, de uma perspectiva

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