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O Empirismo De John Locke

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Por:   •  24/3/2015  •  806 Palavras (4 Páginas)  •  370 Visualizações

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O Empirismo de John Locke

A investigação do homem em torno do conhecimento é algo que acompanha toda a história da filosofia. No decorrer da história várias teorias, vários sistemas foram apresentados a fim de dar respostas a tão complexo problema.

Este trabalho visa a apresentar a concepção do filósofo empirista John Locke em torno desta problemática, e uma breve análise do seu pensamento.

LOCKE E O CONHECIMENTO

John Locke, em seu Ensaio Acerca do Entendimento, defende a impossibilidade de princípios inatos na mente. Para ele, a teoria do inatismo é insustentável por contradizer a experiência, ou seja, se houvesse idéias inatas todas as pessoas, inclusive as crianças e os idiotas gozariam delas. Locke diz ainda que os argumentos que fundamentam a teoria do inatismo não têm valor de prova, por exemplo, o fato de haver certos princípios, tanto teóricos como práticos, universalizados não servem como prova para o inatismo porque os mesmos também só podem ser adquiridos mediante a experiência e alguns dos princípios considerados como universais não o são devido ao fato de boa parte da humanidade ignorá-los.

Locke deixa bem claro que as capacidades são inatas, mas o conhecimento é adquirido. Pelo uso da razão somos capazes de alcançar certos conhecimentos e com eles concordar, e não de descobrir. Locke diz que “...se os homens têm verdades inatas impressas originalmente, e antes do uso da razão, permanecendo delas ignorantes até atingirem o uso da razão, consiste em afirmar que os homens, ao mesmo tempo, as conhecem e não as conhecem”.

Para Locke, o conhecimento segue os seguintes passos: Os sentidos tratam com idéias particulares → a mente se familiariza → deposita na memória e dá nomes → a mente vai abstraindo, apreendendo gradualmente o uso dos nomes gerais. Ele aprofunda esta explicação mais adiante.

No segundo livro do seu Ensaio Acerca do Entendimento, Locke descreve as fases do processo cognitivo; no momento do nascimento a alma é uma tábula rasa, como uma folha de papel em branco e o conhecimento começa com a experiência sensível.

As fases do processo cognitivo seguem por quatro estágios:

Intuição: é o momento em que as idéias simples são recebidas. Existem dois tipos de idéias simples, as que são frutos da experiência externa e as que são fruto da experiência interna.

Síntese: as idéias simples formam por combinação as idéias complexas.

Análise: por análise, as várias idéias complexas formam as idéias abstratas. Idéia abstrata, aqui, não representa a essência das coisas porque a essência é incognoscível.

Comparação: diferentemente de síntese ou associação, é colocando-se uma idéia ao lado da outra e comparando-as que se formam as relações, ou seja, as idéias que exprimem relações.

Nos livros posteriores, da mesma obra, Locke afirma que o homem não pode conhecer a essência das coisas, mas só a sua existência. Através de um raciocínio baseado no nexo causal pode-se conhecer a existência do mundo e de Deus. Do mundo porque, sendo passivos em nossas sensações, temos de admitir uma realidade distinta de nós que seja causa de nossas sensações; de Deus porque partindo do estudo dos seres finitos, devemos

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