O Estudo de Caso
Por: Vitor Florêncio Gonçalves • 16/5/2022 • Trabalho acadêmico • 382 Palavras (2 Páginas) • 127 Visualizações
TRECHO.1
“Pois, na hora de produzir o texto da redação, a força da cultura se pôs – talvez fosse melhor dizer,
acachapou-se – por inteiro sobre os estudantes. Afinal, um discurso pré-constituído dirigiu a mão
– talvez fosse melhor dizer, dirigiu a cabeça – dos vestibulandos, discurso que brotou das
sugestões que o tema trazia e que se encaixam muito bem numa sociedade que discrimina a
mulher e que faz da busca do prazer o principal vetor de suas aspirações. De um modo geral, as
redações se conduziram pelos mesmos caminhos, o que pode ser sintetizado numa delas, que
apresento a seguir:1”
TRECHO.2
Não se desconhece que elas hão de encontrar dificuldades e obstáculos para serem plenamente
eficientes no alcance de seus objetivos. Elas hão de dar trabalho, sim, hão de exigir sacrifícios,
dedicação, desprendimento e zelo, tanto da parte dos estudantes quanto da dos professores. O
certo, porém, é que elas, nessa perspectiva do aprender a aprender, estarão formando cidadãos
conscientes, sujeitos que se inserem no mundo da cultura, sabendo fazer a leitura inteligente de
todos os seus fenômenos. E para se ter certeza de que esses resultados se projetam num
horizonte de francas possibilidades é só lembrar mais uma vez Nietzsche e ter-se em mente que
o conhecimento só se produz à custa de esforço e de luta. A pesquisa e a extensão, lembrando o
exemplo do filósofo, hão de ser aquela chama do conhecimento que brilha como fagulha
coruscante depois do entrechoque das espadas.
Quando o autor utiliza o exemplo do trecho 1, fica muito fácil de entender o quão forte é o braço
cultural em nosso modo de viver, pensar e agir. Evidente que a cultura afunila nossa visão de
mundo, tornando difícil imaginar uma ruptura desse “processo de aculturamento”, mas podemos
ao menos expandir continuamente este funil cultural, e de uma forma constante nos tornar
cidadãos mais críticos e coerentes com o nosso modo de pensar e de nos expressar. O segundo
trecho tem como foco a parte sacrificial do aprendizado, essa dedicação em aprender a aprender
nos faz cidadãos mais independentes do padrão cultural, nos trazendo soluções menos
enviesadas e mais produtivas socialmente. A universidade junto com o tripé de ensino, pesquisa
e extensão, torna o aluno capaz de buscar e aprender, não de forma difícil, mas eventualmente
de maneira trabalhosa
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