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O FICHAMENTO-REGRAS RELATIVAS A OBSERVAÇÃO DOS FATOS SOCIAIS

Por:   •  31/3/2022  •  Resenha  •  1.118 Palavras (5 Páginas)  •  290 Visualizações

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UNIVERSIDADE FEDERAL DO VALE DO SÃO FRANCISCO

Faculdade de Ciências Sociais

Disciplina: Método do Trabalho Científico

Professora: Paula Galrão

Aluna: Lusan Silva Paiva

 DURKHEIM, Emile. As regras do método sociológico. São Paulo: Companhia Editora Nacional,1990, CAP 2: REGRAS RELATIVAS À OBSERVAÇÃO DOS FATOS SOCIAIS (p. 15-47)

 CAP. I

  • A primeira regra e a mais fundamental é a de considerar os fatos sociais como coisas. (A coisa é algo que não é uma ideia. A ideia da coisa é que ela é algo material também. O fato social é algo que existe, algo que pode ser medido, classificado e reconhecido. Ele não é modificado apenas pela vontade ou desejo de alguém).  Pg. 15

  • Um indivíduo não pode viver no meio de objetos sem ter uma ideia deles que lhe permita regular sua conduta. Pg. 15

  • Em vez de ciência de realidades, temos uma mera análise ideológica. Pg. 16
  • É necessário afastar sistematicamente todas as noções prévias: Significa que o sociólogo deve romper com as representações, ideias e conceitos elaborados pelo senso comum a respeito da vida social em geral. O sociólogo não pode ter um mundo particular, familiar ou político. Ele precisa se livrar das pré-noções e pré-conceitos. Entender que as manifestações sociais por mais diferentes que sejam das que ele vivenciou, para ele, aquilo tem que ser visto como algo imparcial, sem julgamentos. Durkheim reconhece ser esta, uma tarefa difícil. Pg. 16-17
  • Emile Durkheim dá afirma que não devemos investigar as ideias que formamos sobre coisas. Devemos partir das coisas para formar ideias. Pg. 16
  • Os conceitos que nós formamos sobre as coisas dizem exatamente o que as coisas são.  Pg. 16
  • A organização familiar, do contrato, da repressão, do Estado, da sociedade aparece assim um simples desenvolvimento das ideias que temos sobre sociedade. Sendo essas ideias seus germes, tornando-se assim, desde logo, a matéria da sociologia. Como esta não está suficientemente próxima a nós, julgo que não está ligada a coisa alguma. É como se fosse algo que morasse na ideia e que não acontece na vida real. Pg. 18-19
  • Podemos usar representações esquemáticas, mas não podemos deixar de acreditar que isso ou aquilo existe de verdade. Não podemos deixar de encarar como realidade aquilo que se opõe a nós. Pg. 19
  • Tomar sempre como objeto de investigação um grupo de fenômenos previamente definidos por características exteriores que sejam comuns, e incluir na mesma investigação todos os que correspondem a esta definição: O sociólogo deve ter o cuidado de quando enxergar o todo como sociedade, para agrupar fatos sociais que são próximos, ao invés de considerar outros que são mais distantes. Pg. 19-20
  • Comte reconheceu o caráter das coisas, visto que na natureza só há coisas. Pg.20
  • Na teoria ou modo de investigar do Comte, o mesmo tenta provar que quando as sociedades acabam, surge uma nova sociedade desenvolvida, incrementada. Porém sabemos que não é bem assim. Os povos seriam diferentes, com novas individualidades. Pg. 20-21
  • Já para Spencer, uma sociedade só existe a partir do momento em que a justaposição se junta uma cooperação. Spencer divide a sociedade em duas classes: “ Há uma cooperação espontânea que se efetua sem premeditação quando se tenta atingir fins de caráter privado; e a cooperação conscientemente instruída que supõe fins de interesse público nitidamente reconhecidos”. A primeira seria a sociedade industrial, e a segunda as sociedades militares.  Pg. 21-22
  • Noções vulgares são usadas constantemente. São empregadas palavras em discussões como se soubéssemos o que elas significam, quando na verdade, causam em nós noções confusas, misturadas de impressões vagas. Pg. 23
  • Nos ramos especiais da sociologia, o caráter ideológico é mais acentuado. O moralismo, por exemplo, passa as ideias secundárias de família, de responsabilidade, de pátria e de justiça, e é sempre as ideias que ele aplica a sua reflexão. Pg. 24-25
  • É apenas quando a explicação dos fatos está bem avançada que se pode definir o fim para o qual se aproximam. Pg. 25
  • No entanto, os fenômenos sociais são coisas e devem ser tratados como coisas. Para demonstrar tal proposição, não é necessário filosofar sobre natureza. É coisa com efeito tudo que é observável. Tratar fenômenos como coisas é trata-los na qualidade de data que constituem o ponto de partida da ciência: Coisa é tudo aquilo que eu posso dizer que é algo. Quando Emile Durkheim define os fatos sociais como maneiras de pensar, fazer e sentir reconhecíveis pela particularidade de exercer sobre nós um poder de coerção, nessa definição, está de certo modo, incluída essa afirmação. Pg. 28
  • Devemos manter certa distância do fenômeno social estudado, para garantir a exterioridade do mesmo. Pg. 28
  • Uma coisa não pode ser modificada apenas por vontade própria. Pg. 29
  • É necessário que a sociologia passe do estágio subjetivo, para o estágio objetivo, se ainda não tiver alcançado. Pg. 31

CAP. II

  • É preciso descartar todas as pré-noções que temos sobre os fenômenos que as ciências investigam. É necessário que o sociólogo se liberte de evidências falsas que o dominam e saber fazer a separação de suas crenças, como por exemplo, as crenças políticas e religiosas. Pg.32-33
  • O sentimento não é critério de verdade científica, mas sim, objeto da ciência. Pg. 33

  • O primeiro procedimento do sociólogo deve ser definir as coisas de que ele trata, a fim de que se saiba bem o que está em questão. O sociólogo tem que primeiramente definir seu objeto de estudo, já que a mesma estuda realidades específicas. Pg. 32-33
  • Para ser objetiva é preciso exprimir os fenômenos em cima das propriedades concretas. Pg. 35
  • O sociólogo deve ter o cuidado de quando for enxergar o todo como sociedade, para agrupar fatos sociais que são próximos, ao invés de considerar outros mais distantes.  Pg. 36
  • Tomar cuidado com os significados e definição das palavras e tomar cuidado com a definição dos objetos de pesquisa. (Dá o exemplo de Garofaldo que no início de sua criminologia diz que o ponto de partida da ciência é a noção sociológica do crime e faz comparação em apenas alguns casos).  Pg. 38-40
  • O exterior das coisas nos é dado pela sensação. Pg. 44
  • A sensação por ser muito subjetiva, é necessário afastar dados que sejam pessoais, deixando apenas os que possuem uma certa objetividade. Portanto, quando o sociólogo empreende a exploração de uma qualquer ordem de fatos sociais, deve esforçar-se por considera-los sob um ângulo em que eles se apresentem isolados de suas manifestações individuais. Ex: Quando o sociólogo está em contato com as pessoas, ele deve entender que a fala de um indivíduo não vale para toda a sociedade, ou a representação de um fato social. Pg. 45-46
  • A ciência para ser objetiva, deve partir das sensações, e não de conceitos formados sobre a mesma. Pg. 45

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