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O Imperialismo

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Por:   •  12/12/2013  •  2.278 Palavras (10 Páginas)  •  417 Visualizações

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O Imperialismo Americano no séc. XIX

Carlos Eduardo de Freitas Lima, Cynthia Stolze Trisuzzi, Paulo Victor Almeida Galvão

Os Estados Unidos após a independência

O Tratado de Paris estabeleceu a independência dos Estados Unidos em 1783. A partir de então, os Estados Unidos puderam se estabilizar (economicamente e politicamente), iniciando um processo de expansão territorial que chegaria até o Oceano Pacífico em menos de um século. O país das treze ex-colônias britânicas atingiu a marca dos cinquenta estados, incorporados à medida que a expansão para o Oeste seguia seu curso (além de compras e outras guerras, como veremos).

Na passagem do século XVIII para o XIX, os Estados Unidos ainda formavam um pequeno país, que se estendia entre os atuais estados do Maine e do Mississipi. No primeiro censo, em 1790, o país já tinha 2,3 milhões de quilômetros quadrados e 3,9 milhões de habitantes. Porém, as terras do Oeste ainda não podiam ser colonizadas por conta da Lei do Quebec (Leis Intoleráveis, 1774), que proibia que os colonos ocupassem as terras entre os Montes Apalaches e o Mississipi. Mas em 1787, a Lei Noroeste já visava consolidar o futuro expansionismo, ao estabelecer que as terras ocupadas com população de até 60 mil habitantes formariam um novo território que seria incorporado à União como Estado.

A Doutrina Monroe e suas conseqüências para a expansão

Após esse início da independência estadunidense, o século XIX começou bem movimentado. Depois da derrota napoleônica, a Europa experimentava a retomada dos ideais do Antigo Regime. O maior exemplo disso é a Santa Aliança, criada no Congresso de Viena (1815) e composta por Prússia, Rússia e Império Austríaco. Esta aliança pretendia, portanto, entre outras coisas, intervir na América, recolonizando-a. Os Estados Unidos, entretanto, se defendem com “A América para os americanos.” Esta frase foi o grande lema da Doutrina Monroe (1823), que pretendia impedir todo e qualquer indício de retorno da América à condição de colônia.

Com influências fornecidas pelo Iluminismo, a Doutrina Monroe foi mais além. O conhecido lema agora dizia respeito ao caráter nacionalista da doutrina. Mais que a repulsa ao intervencionismo e à recolonização, crescia o sentimento nacionalista norte- americano.

“Progresso Americano”, de John Gast

Columbia, a Deusa do Progresso, significando a própria América para os americanos do norte. Note que o território já visitado pela deusa é claro, e mostra ferrovias e plantações, enquanto que a parte ainda a ser conquistada se mostra escura, enevoada e cheia de índios em fuga para o Oeste.

FONTE: filosofiasepoliticas.blogspot.com

Enquanto os EUA realizavam sua expansão territorial em direção ao Oeste (e as antigas colônias latino-americanas da Espanha e de Portugal obtinham a independência), ocorria na Europa a restauração do absolutismo monárquico, seguindo a lógica proclamada pela Santa Aliança. Nesse mesmo período, a Rússia, uma das nações ligadas à Santa Aliança, conquistava o Alasca, no noroeste do continente americano. Todos esses fatos levaram os EUA a por em prática a Doutrina Monroe. Baseando-se nessa doutrina, os EUA deixavam claro que não tolerariam a influência de potências européias na América, e a Doutrina Monroe teria as seguintes funções:

* fornecer justificativa ideológica para o expansionismo territorial estadunidense rumo ao Oeste, onde, através da compra ou da guerra, adquiriam-se terras pertencentes à Rússia, França, Inglaterra, Espanha, México e, sobretudo, territórios pertencentes aos indígenas;

* promover e estabelecer a tutela dos EUA sobre as nações latino-americanas.

“A expansão territorial foi conseguida, em parte, pela expropriação de terra dos índios, pela compra de territórios de potências européias e principalmente pela tomada da metade do território mexicano.” [AQUINO: 2002, p. 268] A partir da Guerra de Secessão, na qual o Norte industrial (favorável à expansão para o oeste e contra a escravidão) derrotou o Sul agrário (contrário à expansão e a favor da escravidão), os Estados Unidos começam a ter destaque no cenário internacional e sua economia começa a crescer.

Além da Doutrina Monroe, o cenário político-ideológico estadunidense também foi marcado pela presença do Destino Manifesto, que apregoava a predestinação dos

EUA para empreender um processo civilizatório no mundo todo, sobretudo na América. O Destino Manifesto tinha como arcabouço teórico a certeza de que o povo norte- americano fora predestinado por Deus a ocupar e colonizar as terras que se estendiam até o Pacífico.

Deus o havia escolhido para propagar valores morais, religiosos e civilizadores a territórios em poder de outras nações ou pertencentes aos povos indígenas. A maior parte dos primeiros habitantes dos EUA era protestante, tendo em conta o lucro e as riquezas como conseqüências de uma escolha divina e fruto do trabalho, e não como um pecado. Essa “ética” protestante constituiria um importante fator cultural, que se tornou mais um motivo para justificar a expansão territorial norte-americana, considerada, dessa forma, como algo natural e benéfico, que deveria ser aceito pelos povos que habitavam os territórios pretendidos e nunca como uma agressão à soberania ou às tradições.

Formação territorial dos Estados Unidos

Algumas anexações territoriais americanas.

FONTE: marlivieira.blogspot.com

A formação territorial

Tomando todos esses ideais acima como base, o processo de formação territorial ganhou corpo com os pioneiros, que eram aventureiros que objetivavam enriquecer rapidamente, e ganhou ainda mais força com a chegada dos imigrantes europeus.

A pouca quantidade de terras cultiváveis no litoral leste, a busca por matérias- primas agroindustriais, metais preciosos e a necessidade de construção de ferrovias (visando escoar a produção da agricultura comercial) foram fatores que propiciaram a conquista do oeste.

O caso do Texas, que era parte do norte do México, merece aqui destaque. Seu território foi povoado por plantadores sulistas dos EUA, que aproveitaram a situação política instável do México para se declarar independentes, desejando a integração aos EUA. A jovem república reluta em anexar o território, principalmente porque não queria

mais um estado

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