O Mito De Dedalo E A Filosofia
Exames: O Mito De Dedalo E A Filosofia. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicosPor: lucasgimenez • 26/6/2014 • 351 Palavras (2 Páginas) • 658 Visualizações
Interpretação Simbólica do Mito
Como vimos em aula, existem pelo menos três formas pelas quais os mitos tem sido interpretadas: a literal, a simbólica e a que afirma que o mito não tem valor algum, senão o narrativo. Segue um exemplo de interpretação simbólica do Mito.
O Mito do Progresso & do Desenvolvimento
Gostaria de recorrer à mitologia e citar Dédalo − que é, no meu ponto de vista, o exemplo típico do engenheiro de hoje− para ilustrar o mito do Progresso. Minos tomou emprestado um touro de Zeus e não o devolveu. Zeus, para puni-lo, infunde em Pasífae, a esposa de Minos, uma paixão pelo touro. Pasífae quer copular com o touro. Minos, que é um homem declaradamente muito aberto, concorda e chama seu engenheiro Dédalo. Este fabrica uma vaca de couro e madeira (mais ou menos do jeito que se utiliza hoje nos centros de inseminação artificial) e Pasífae copula com o touro. Dessa união, nasce o Minotauro. Novamente Dédalo é solicitado para solucionar o problema. Dédalo inventa seu famoso labirinto para ali confinar o monstro, mas o Minotauro devora alguns e algumas atenienses a cada ano. É preciso, portanto, livrar-se dele. Encarregam Teseu de matar o Minotauro, mas permanece uma dúvida:como Teseu sairá do labirinto após ter cumprido sua missão? Ariane, a filha de Minos, que está apaixonada por Teseu, pergunta a Dédalo como proceder. Dédalo indica-lhe a técnica do fio. Teseu mata o Minotauro e sai graças ao fio de Ariane, mas infelizmente esquece Ariane no caminho. Minos, furioso, acha um bode expiatório na pessoa de Dédalo, que ele encerra no labirinto com seu filho Ícaro. Para escapar, Dédalo, que declaradamente tem fé nas soluções técnicas para resolver os problemas apresentados por suas próprias técnicas, fabrica asas e foge com seu filho; mas este se aproxima muito do sol e morre, para desespero de seu pai. Esta história mostra como, a partir de uma necessidade ilegítima salva pela técnica, o recurso sistemático à solução técnica somente causa novos problemas.
PIERRE-HENRY GOUYON
In: Zanoni, Magda & Ferment, Gilles (Org). TRANSGÊNICOS PARA QUEM? Agricultura Ciência Sociedade. Ministério do Desenvolvimento Agrário, Brasília, 2011, Pg. 05.
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