O Poderoso Chefão
Dissertações: O Poderoso Chefão. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicosPor: Helkix • 14/3/2015 • 1.047 Palavras (5 Páginas) • 611 Visualizações
1. Introdução
A obra “O Chefão” (do inglês “The Godfather”), escrita pelo escritor estadunidense Mario Puzo em 1969 consegue, através de uma ambientação e da criação de personagens com personalidades marcantes, criar um universo que caracteriza com eficácia o sistema da Máfia siciliana em Nova Iorque misturando realidade com ficção.
Girando em torno da Família Corleone, nota-se no decorrer da obra a psicologia empregada para a formação dos personagens e algumas relações claras com a política de Maquiavel (com base em "O Príncipe").
"O Príncipe" foi redigido por Maquiavel durante o governo dos Médici - além de ser dedicada à Lourenço de Médici II - e serviu para que Nicolau Maquiavel obtivesse o cargo de conselheiro da família. Por seus escritos servirem de base para a manutenção do poder na política, Maquiavel ficou conhecido como o maior pensador político da história.
Uma das características mais marcantes de "O Príncipe" é o fato de ter sido a primeira obra escrita em provençal e não em latim. Muitos consideram esta atitude de Maquiavel como uma tentativa de aproximar o povo do livro, "armando" não só os Médici como também a população contra uma forma errônea de governo.
À partir da leitura dos capítulos XV à XIX da obra de Maquiavel e do livro de Mario Puzo, é possível fazer uma análise mais completa da política empregada entre as famílias sicilianas no romance mafioso.
2. Desenvolvimento
2.1 A Família Corleone
O jogo político presente no livro de Mario Puzo gira em torno de Don Vito Corleone que tenta passar para seus herdeiros a mesma capacidade de centralização de poder e como administrar a Família de uma forma racional e "segura".
Os Corleone são uma das famílias mais importantes de Nova Iorque. Além de possuir todos os políticos e juízes em suas mãos, são donos de uma companhia importadora de azeite, e são responsáveis por boa parte dos jogos de azar.
A base para o poder da família são as "amizades" feitas pelo Don. Essas amizades são conservadas por um único motivo, a dívida por conta de uma troca de favores. Por conta dessa dívida, percebe-se a dependência da Família em sua moral e aparência que deveria ser mantida acima de suas próprias ações.
Don Vito é a personagem racional que busca sempre pensar nas consequências e benefícios de seus atos. Evitava sempre utilizar as pessoas que lhe deviam favores para necessidades futuras.
O gênio de Don Corleone é muito divergente do de Santino, seu primogênito mais velho que agia muito impulsivamente diante de problemas. O maior exemplo do impulso de Sonny Corleone é durante a reunião com Virgil Sollozzo, um homem que chega com a proposta de ampliar os negócios da família com a chegada de drogas ilícitas. Don Vito recusa os negócios sem querer ofender Sollozzo.
Porém, Sonny arrisca os negócios da Família ao demonstrar interesse a Sollozzo, interesse esse responsável pela tentativa de assassinato que Don Vito sofre três meses após a reunião. Após esse atentado, é notória a comparação entre Don Vito, Santino e Michael (filho caçula de Don Corleone que era o civil da família).
Michael Corleone é a personagem que mais se assemelha à Don Vito por conta de sua racionalidade ao enfrentar alguma situação mais complexa. Essa racionalidade já nos mostra que, tendo em base as ações de Don Vito, Sonny Corleone não seria a melhor opção para continuar com os negócios da Família, e sim Michael que possui um gênio igual ao do pai.
2.2 Os princípios de Maquiavel
Maquiavel, em seu guia de manutenção do poder, mostra como administrar um Estado de uma forma que o príncipe possa ser temido, porém não odiado. Deve ser racional, saber ser temido quando for preciso e amado quando lhe for conveniente.
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