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O QUE É A VERDADE

Por:   •  18/4/2016  •  Trabalho acadêmico  •  2.874 Palavras (12 Páginas)  •  248 Visualizações

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FACULDADE ISULPAR

INSTITUTO SUPERIOR DO LITORAL DO PARANÁ

CURSO DE BACHAREL EM DIREITO -  1º SEMESTRE DE 2016

O QUE É A VERDADE[1]

Elton Alves da Silva

Mauro Ricardi Alves da Costa

Samuel Wesley Vieira Armstrong

Sergio Paulo Kawka

[2]

Resumo

A pesquisa a seguir traz uma visão acerca da importância da verdade de acordo com os pensamentos de alguns filósofos que marcaram a história com suas interpretações e ideologias, dentre eles Platão, Aristóteles, Rene Descartes e Michel Foucault. Considerando que cada um desses viveu em épocas e contextos históricos distintos, a investigação busca proporcionar através do pensamento filosófico uma reflexão dos períodos e interpretações de ideias e concepções a busca da verdade de acordo com cada filósofo.

Palavras-chaves: Filosofia, Conceito, Verdade.

O que é a Verdade

Considerando a etimologia da palavra “verdade” tem-se o significado de tudo aquilo que é sincero, verdadeiro em que há ausência da mentira. Verdade é também a afirmação daquilo que é correto, que está dentro da realidade apresentada.

A verdade pode ser desacreditada, isto é o ceticismo, quando há dúvida da verdade. E quando deixa dúvida, deve ser verificada a sua veracidade, para não ser aplicada erroneamente em julgamento de ações.        

Entende-se também que a verdade pode ser relativa, pois algumas situações ou fatos podem ter sido verdade no passado, mas serem mais verdade no futuro, por exemplo a ideia de que o planeta Terra era plano. A verdade pode ser absoluta, tal como a certeza que se tem que todos necessitam do ar para respirar, e que não possível viver ao mesmo tempo no passado e no futuro, isto é verdade para todos.

Todos estão a busca da verdade, e com isto criam suas concepções e interpretações de como alcançá-la. Toda essa investigação resultará em inúmeros significados, pois esta busca vem desde os tempos antigos até os dias atuais, e continuará sendo uma das questões mais abordadas nos últimos tempos.

Conceito da verdade: Platão

Platão nasceu em Atenas, por volta de 428/427 a.C. e morreu em 347 a.C. Ele é considerado um dos principais pensadores gregos, pois influenciou profundamente a filosofia ocidental e sua verdade e ideias baseiam-se na diferenciação do mundo entre as coisas sensíveis (mundo das ideias e a inteligência) e as coisas visíveis (seres vivos e a matéria); Filho de uma família de aristocratas, começou seus trabalhos filosóficos após estabelecer contato com outro importante pensador grego: Sócrates. Platão torna-se seguidor e discípulo de Sócrates. Em 387 a.C, fundou a Academia, uma escola de filosofia com o propósito de recuperar e desenvolver as ideias e pensamentos socráticos. Convidado pelo rei Dionísio, passa um bom tempo em Siracusa, ensinando filosofia na corte; Ao voltar para Atenas, passa a administrar e comandar a Academia, destinando mais energia no estudo e na pesquisa em diversas áreas do conhecimento: ciências, matemática, retórica (arte de falar em público), além da filosofia; Suas obras mais importantes e conhecidas são: Apologia de Sócrates, em que valoriza os pensamentos do mestre; O Banquete, fala sobre o amor de uma forma dialética; e A República, em que analisa a política grega, a ética, o funcionamento das cidades, a cidadania e questões sobre a imortalidade da alma.

Platão nos mostra que a verdade precisa sempre estar sendo buscada. A verdade não é algo concreto, palpável e sim relativo. Vejamos em “O Mito da Caverna”, o que Sócrates afirma para Glauco:

 Pois agora, meu caro GLAUCO, é só aplicar com toda a exatidão esta imagem da caverna a tudo o que antes havíamos dito. O antro subterrâneo é o mundo visível. O fogo que o ilumina é a luz do sol. O cativo que sobe à região superior e a contempla é a alma que se eleva ao mundo inteligível. Ou, antes, já que o queres saber, é este, pelo menos, o meu modo de pensar, que só Deus sabe se é verdadeiro. Quanto a mim, a coisa é como passo a dizer-te. Nos extremos limites do mundo inteligível está a ideia do bem, a qual só com muito esforço se pode conhecer, mas que, conhecida, se impõe à razão como causa universal de tudo o que é belo e bom, criadora da luz e do sol no mundo visível, autora da inteligência e da verdade no mundo invisível, e sobre a qual, por isso mesmo, cumpre ter os olhos fixos para agir com sabedoria nos negócios particulares e públicos. ”

A verdade em a teoria do “mundo das ideias” de Platão

Platão em sua teoria nos mostra que existem pessoas desde sempre em suas gerações, acorrentadas no fundo de uma caverna olhando apenas sombras projetadas por outras pessoas (já fanáticas pela caverna), que manipulam as sombras que dão segurança, satisfação e uma falsa realidade as pessoas que vivem nas sombras da caverna, ou seja, se contentam, se “realizam” com o mundo dos sentidos, o mundo sensível, precisando libertar-se deste mundo das sombras na qual Platão diz que não é verdadeiro.

A visão da verdade em Platão nos mostra que ela está fora da caverna e se ficarmos passivos e encararmos as coisas através dos sentidos e apenas as aparências das coisas, morreremos sem reconhecer o conhecimento, ou achando que somos donos da verdade, quando conhecemos apenas a superfície escura daquilo que aparenta; Para conhecer a verdade (temporária) das coisas, é necessário reconhecer a falsidade das sombras da caverna e tomar atitudes, se movimentar, agir, caminhar, se esforçar e buscar conhecimento ainda que lá fora da caverna, onde está a luz do conhecimento e das ideias, cause impacto devido a sua claridade. Como explicar o porquê existem pessoas na caverna e a sua verdade está dentro da caverna, ou seja, não querem sair para a luz do conhecimento das ideias e enxergar? Para essas pessoas que não saem da caverna, as sombras são toda a verdade.

Segundo Platão as pessoas que vivem através dos sentidos, vivem no senso comum, ou seja, no mundo material, individual, das sensações (que não constroem a verdade segundo Platão), seus sentidos recebem as diversas sensações, deixando-as presas a elas, se conformam com a “verdade” na configuração em que vivem no fundo da caverna, achando que as opiniões são a verdade. Portando a verdade e a essência só é buscada através do pensamento, pois as sombras projetadas no interior da caverna, mudam constantemente, porém são ilusórias porque as sensações mudam o tempo todo e não passam de uma sombra do mundo fora da caverna, o mundo verdadeiro, no mundo real, mundo das ideias, o indivíduo deve sair da caverna e buscar conhecimento neste mundo real e para isso precisa mover-se em direção ao conhecimento mais amplo desse mundo, da vida, da realidade, da essência. Segundo Platão este conhecimento não é conhecer, e sim reconhecer pois ele já está na alma humana que já conhece as ideias gerais, precisando apenas relembrá-las o tempo todo através da filosofia. No mundo fora da caverna, se a verdade é relativa estando no mundo das ideias, é bem possível que algumas verdades anteriores, sejam menos verdade do que as atuais, tais verdades anteriores frente a um conhecimento mais amplo se mostram sombrias, talvez daí a questão da dialética, na verdade de Platão.  

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