O Que é o Ceticismo
Trabalho acadêmico: O Que é o Ceticismo. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicosPor: tecdraulica • 1/8/2014 • Trabalho acadêmico • 1.411 Palavras (6 Páginas) • 451 Visualizações
INTRODUÇÃO: CETICISMO
CRIADOR : Pirro de Élis: filósofo grego criador do ceticismo
O Que é o Ceticismo
Ceticismo é um estado de quem duvida de tudo, de quem é descrente.
Um indivíduo cético caracteriza-se por ter predisposição constante para a dúvida, para a incredulidade.O ceticismo é um sistema filosófico fundado pelo filósofo grego Pirro (318 a.C.-272 a.C.), que tem por base a afirmação de que o homem não tem capacidade de atingir a certeza absoluta sobre uma verdade ou conhecimento específico.
No extremo oposto ao ceticismo como corrente filosófica encontra-se o dogmatismo.
O cético questiona tudo o que lhe é apresentado como verdade e não admite a existência de dogmas, fenômenos religiosos ou metafísicos.
O cético pode usar o pensamento crítico e o método científico (ceticismo científico) como tentativa de comprovar a veracidade de alguma tese.
No entanto, o recurso ao método científico não é uma necessidade imperiosa para o cético, podendo muitas vezes preferir a evidência empírica para atestar a validade das suas ideias.
O ceticismo pirrônico é uma corrente filosófica da Antiguidade que se caracteriza pela negação absoluta da possibilidade de conhecimento. Segundo os adeptos dessa corrente, nós simplesmente não sabemos nada. Eles apresentam uma série de argumentos, os quais eu não tratarei aqui, por limites de espaço.
Mas, a título de exemplo, pensemos na seguinte situação: se eu digo que uma maçã é vermelha e apresento como razão para essa declaração o testemunho dos meus sentidos, o pirrônico perguntaria como eu sei que meus sentidos não me enganaram todas as vezes em que olhei uma maçã. Além do mais, o que é uma maçã? Uma fruta. O que é uma fruta? Um tipo de alimento. O que é um alimento? O que é o vermelho? Uma cor existe ou não? Se não existe, como algo pode ser vermelho? Se existe, como pode uma maçã ser vermelha, se ela é maçã? E assim por diante.
Alguém aqui consegue dar uma resposta que interrompa o questionário (chamado de ‘regresso ao infinito’ pelos céticos)? Pois então, a partir daí, o pirrônico declara que você não sabe que a maçã vermelha: você acredita que ela é. Você não sabe nem responder direito o que é uma maçã e o que é o vermelho, quanto mais saber que uma maçã é vermelha! Essa crença não tem fundamento racional. Puro achismo.
Defender que essa corrente é autor refutável, pois, se eu aceito que não sei da verdade de nada, também não posso saber da verdade do pirronismo, o que torna o pirronismo inaceitável, do mesmo modo como ele diz serem inaceitáveis as outras proposições acerca do mundo.
O pirronismo não afirma que algo seja de algum modo. Ele não afirma que “não se pode ter certeza de nada”. Seus defensores limitam-se a apresentar argumentos para pôr em dúvida toda proposição que tente dizer como o mundo é. Chegando a esse resultado, eles dizem: ora, nada disso é certo; então, suspendamos o juízo, ou seja, não diremos nada sobre como as coisas são.
Suspensão do Juízo:
A suspensão do juízo caracterizava a atitude dos céticos gregos, especialmente Pirro. Para os céticos, a epoché era a única atitude capaz de levar à imperturbabilidade. Eles afirmavam que duvidar do caráter bom ou mau de todas as coisas leva o indivíduo a não querer nem rejeitar coisa alguma, tornando-se imperturbável
Na Filosofia moderna, especialmente na obra de Edmund Husserl e outros fenomenologistas, o termo epoché adquire um significado diferente. Ao invés de efetivamente chegar a negar a existência, a epoché fenomenológica implica a "contemplação desinteressada" de quaisquer interesses naturais na existência. Em outras palavras, a suspensão de juízo fenomenológica não põe em dúvida a existência, mas se abstém de emitir juízos sobre ela.1
Husserl conclui que os fenômenos são incompreensíveis. A forma como ele resolve esse problema foi afirmar que os fenômenos podem ser intuídos, ou seja, a essência fica somente no campo sensorial. Sendo assim, ela é pré-reflexiva e se dá no irracional. Portanto para compreendê-los temos que fazer “epoché”, que nada mais é do que deixar de lado o racional, os julgamentos e os pré-conceitos. Com isso, ele reafirma que a realidade é subjetiva
Benefício da Dúvida:
Não é fácil conviver com a dúvida. Se tenho dúvidas, sou obrigado a escolher, a exercitar a minha liberdade, a me responsabilizar pela escolha feita e pelos meus atos, a admitir que “posso estar errado”. A dúvida é a sombra da liberdade e tem por corolário a angústia e a responsabilidade moral.
Penso que a certeza, “a crença na precisão absoluta da minha crença”, é o mais velho antídoto contra a ansiedade que sempre acompanha o ato da escolha. Pois, se não tenho dúvidas acerca do caminho a trilhar, não estou escolhendo, não estou a agir livremente, mas tão-somente obedecendo a um imperativo, que pode ser a palavra de Deus, o Destino ou mesmo a Razão. A certeza absoluta tranquiliza a consciência, nos faz agir sem remorsos e sem ela os genocidas em nome de Deus ou da Razão não dormiriam em paz.
É porque temem a liberdade, é por não quererem assumir responsabilidade
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